+ história


Programa de Educação Tutorial
Universidade Federal Fluminense

O projeto


Desenvolvemos atividades, voltadas ao segmento básico, de temáticas diversas sobre a História do Brasil. Nosso objetivo é auxiliar professores a dinamizar o ensino de História e proporcionar aos alunos uma experiência de aprendizagem mais instigante.

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Por
Beatriz Carvalho
Caio Manzoli
Eduarda Monteiro
Erick Moraes
Frederico Schornbaum Côrtes Costa
Gabriel Masello Pequeno
Lucas silva felix
Luisa do Amaral Mansur
Paulo Cesar Nascimento
Pedro Valença Reis

© PET HISTÓRIA UFF. 2021.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO PET HISTÓRIA UFF.
PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DE QUALQUER MATERIAL DISPONÍVEL NESTE SITE.

Quero ser parceiro do projeto e contribuir com atividades autorais

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APRESENTAÇÃO

Estes jogos são parte das atividades desenvolvidas para fins educativos pelo Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) e está vinculado ao projeto Mais História.Nosso objetivo é demonstrar que também é possível aprender História por vias não tradicionais. Acreditamos que existe muito potencial na internet e que ela pode ser uma excelente ferramenta didática e pedaógica para ampliar o engajamento dos alunos na produção de conhecimento.Lembrando que este material não substituirá as aulas nem excluirá o professor do processo de ensino, mas ele pode ser um complemento às atividades propostas.

** JOGOS **

TEMAS

TEMAS

TEMAS

APRESENTAÇÃO

A partir das reflexões traçadas até aqui, sobre como as mudanças estruturais na cidade causam impactos sociais e modificam o dinamismo que orienta a vida urbana, construa um memorial que transpasse a história do seu lugar de escolha a sua própria história.

ORIENTAÇÕES

  • Escolha um lugar que você possui vivência. (Pode ser sua cidade, bairro, rua, escola, ou uma praça, por exemplo);

  • Descreva sua relação com esse lugar indicando o que motivou sua escolha;

  • Pesquise sobre a história dele e registre informações que considere relevantes;

  • Reúna fotos ou outros tipo de registros antigos que você conseguir. (Pode tentar encontrá-los na internet, em revistas e jornais antigos que estejam guardados na sua casa, ou até mesmo fotos autorais registradas por alguém que você conheça);

  • Converse com os mais velhos sobre esse lugar. Um aspecto muito importante das transformações urbanas são as impressões subjetivas, por isso, colete informações com seus familiares ou outras pessoas de gerações anteriores próximas a você. Dessa forma conseguirá enriquecer o seu memorial com impressões que você não pôde ser capaz de captar;

  • Agora é sua vez de escrever suas próprias impressões acerca desse lugar e sobre quais elementos você acha que não serão mais os mesmo no futuro relativamente próximo.

  • Reúna todo esse material e apresente aos seus colegas.

APRESENTAÇÃO

A partir das reflexões traçadas até aqui, sobre como as mudanças estruturais na cidade causam impactos sociais e modificam o dinamismo que orienta a vida urbana, construa um memorial que transpasse a história do seu lugar de escolha a sua própria história.

ORIENTAÇÕES

  • Escolha um lugar que você possui vivência. (Pode ser sua cidade, bairro, rua, escola, ou uma praça, por exemplo);

  • Descreva sua relação com esse lugar indicando o que motivou sua escolha;

  • Pesquise sobre a história dele e registre informações que considere relevantes;

  • Reúna fotos ou outros tipo de registros antigos que você conseguir. (Pode tentar encontrá-los na internet, em revistas e jornais antigos que estejam guardados na sua casa, ou até mesmo fotos autorais registradas por alguém que você conheça);

  • Converse com os mais velhos sobre esse lugar. Um aspecto muito importante das transformações urbanas são as impressões subjetivas, por isso, colete informações com seus familiares ou outras pessoas de gerações anteriores próximas a você. Dessa forma conseguirá enriquecer o seu memorial com impressões que você não pôde ser capaz de captar;

  • Agora é sua vez de escrever suas próprias impressões acerca desse lugar e sobre quais elementos você acha que não serão mais os mesmo no futuro relativamente próximo.

  • Reúna todo esse material e apresente aos seus colegas.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOApresentar transformações importantes no Brasil decorrentes das reformas urbanas em diferentes temporalidades e promover uma reflexão sobre como essas transformações afetaram a população. Sendo assim, esse exercício torna-se uma oportunidade de compreender o presente através da reconstrução de camadas do passado.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOOriente os alunos a estabelecer uma relação entre espaço e memória. No final da atividade o aluno deverá ser capaz de conseguir perceber como o indivíduo também é um importante elemento de composição do espaço, como as transformações urbanas podem impactá-lo e sobre a importância da memória para essa relação.Discuta com os alunos o impacto das reformas urbanas para a população que vive em torno, ressaltando a importância da memória para a preservação da história do espaço.REFERÊNCIASALBERGARIA, Danilo. Motivações e consequências sociais das reformas urbanas no Rio. Com Ciência [online]. 2010, n.118, Campinas, 2010. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000400003&lng=pt&nrm=is>JESUS, Gilmar Mascarenhas. Espaço, Tempo e Paisagem no Morro do Castelo: obsolescência e morte de um lugar. Revista do Departamento de Geografia UERJ, n. 8, p.67-77, Rio de Janeiro, 2002.SEEMANN, J. O espaço da memória e a memória do espaço: Algumas reflexões sobre a visão espacial nas pesquisas sociais e históricas. Revista da Casa da Geografia de Sobral, Sobral, v.4/5, p.43-53, 2002/2003. Disponível em: https://rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/77>

APRESENTAÇÃO

A cidade do Rio de Janeiro foi palco de diversos momentos importantes da História do Brasil. Por isso, traz consigo uma gama de histórias que não estão todas explícitas a partir de sua fisionomia arquitetônica atual.
Portanto, queremos convidar você a tentar recompor essas histórias.

ORIENTAÇÕES

  • Tour pelo Rio Antigo. Através deste mapa interativo desenvolvido pelo projeto ImagineRIO você conseguirá realizar um tour virtual pela cidade do Rio de Janeiro ao longo dos séculos.

  • Listamos algumas sugestões de pontos que possuem um forte simbolismo histórico na região central da cidade do Rio de Janeiro e gostaríamos de desafiá-lo a localizá-los no mapa. Registre os que você conseguir encontrar e aponte o período histórico em que esse local surgiu como componente da cidade do Rio de Janeiro.

Praça XV de Novembro
Praça Mauá
Cais do Valongo
Pedra do Sal
Arcos da Lapa
Rua do ouvidor
Avenida Rio Branco (Antiga Avenida Central)
Avenida Presidente Vargas
Praça da República

  • A partir dos pontos listados na etapa anterior, percorra anos à frente e descreva as principais transformações que você conseguiu perceber no local e em seu entorno, incluindo mudanças em sua função utilitária ou social.

APRESENTAÇÃO

A cidade do Rio de Janeiro foi palco de diversos momentos importantes da História do Brasil. Por isso, traz consigo uma gama de histórias que não estão todas explícitas a partir de sua fisionomia arquitetônica atual. Portanto, queremos convidar você a tentar recompor essas histórias.

ORIENTAÇÕES

  • Tour pelo Rio Antigo. Através deste mapa interativo desenvolvido pelo projeto ImagineRIO você conseguirá realizar um tour virtual pela cidade do Rio de Janeiro ao longo dos séculos.

  • Listamos algumas sugestões de pontos que possuem um forte simbolismo histórico na região central da cidade do Rio de Janeiro e gostaríamos de desafiá-lo a localizá-los no mapa. Registre os que você conseguir encontrar e aponte o período histórico em que esse local surgiu como componente da cidade do Rio de Janeiro.

Praça XV de Novembro
Praça Mauá
Cais do Valongo
Pedra do Sal
Arcos da Lapa
Rua do ouvidor
Avenida Rio Branco (Antiga Avenida Central)
Avenida Presidente Vargas
Praça da República

  • A partir dos pontos listados na etapa anterior, percorra anos à frente e descreva as principais transformações que você conseguiu perceber no local e em seu entorno, incluindo mudanças em sua função utilitária ou social.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOApresentar de maneira interativa as principais transformações urbanas da cidade do Rio de Janeiro ao longo do tempo.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOO professor pode utilizar os pontos sugeridos ou outros que sejam importantes para a história da cidade do Rio de Janeiro. Além disso, é importante contextualizar historicamente os locais ou orientar os alunos a pesquisar sobre elesMATERIAL DE APOIOALBERGARIA, Danilo. Motivações e consequências sociais das reformas urbanas no Rio. ComCiência [online]. 2010, n.118, Campinas, 2010. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000400003&lng=pt&nrm=is>JESUS, Gilmar Mascarenhas. Espaço, Tempo e Paisagem no Morro do Castelo: obsolescência e morte de um lugar. Revista do Departamento de Geografia UERJ, n. 8, p.67-77, Rio de Janeiro, 2002.SEEMANN, J. O espaço da memória e a memória do espaço: Algumas reflexões sobre a visão espacial nas pesquisas sociais e históricas. Revista da Casa da Geografia de Sobral, Sobral, v.4/5, p.43-53, 2002/2003. Disponível em: https://rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/77>

APRESENTAÇÃO

A história das mulheres no Brasil é marcada por estereótipos e rótulos de inferiorização em relação aos homens. Quando analisamos o caso de mulheres indígenas e negras, a questão de gênero se junta com a racial e é possível observar uma maior marginalização desses grupos específicos. Tendo em consideração que os processos históricos são compostos por continuidades/ permanências e rupturas/ mudanças, faça a atividade abaixo que tem como objetivo trazer reflexões acerca do lugar da mulher indígena no Brasil Colonial.

ORIENTAÇÕES

  • Analise em grupo a Fonte 1, que é uma gravura produzida a partir dos relatos dos viajantes europeus que estiveram no Brasil durante os séculos XVI e XVIII, onde está representada as mulheres indígenas na visão deles.

  • Analise a Fonte 2 intitulada “As bruxas”, que é uma gravura do alemão Hans Baldung Grien. Além da gravura em si, utilize as informações do documento para realizar a análise.

  • Compare as gravuras produzidas a partir dos relatos sobre as mulheres indígenas no Brasil (Fonte 1) com a Fonte 2, estabelecendo diferenças e semelhanças a partir dos seus contextos de produção.

  • Pesquise e escolha pelo menos uma personagem histórica, que seja uma mulher de origem indígena, do Brasil Colonial.

  • A partir da pesquisa e do conhecimento da história da(s) personagem(s), produza uma reflexão em forma de texto escrito sobre ela(s) e como sua história se relaciona com os estereótipos produzidos acerca de mulheres indígenas no mesmo período.

Nome do livro onde é encontrada: America tercia pars
Autor: Theodor de Bry, gravurista belga e também editor de livros de
relatos de viajantes da América
Tipo de fonte: Gravura
Ano: 1592

Nome da obra: The witches (“As bruxas”)
Autor: Hans Baldung Grien, gravurista alemão
Tipo de fonte: Gravura em madeira
Ano: 1510

APRESENTAÇÃO

A história das mulheres no Brasil é marcada por estereótipos e rótulos de inferiorização em relação aos homens. Quando analisamos o caso de mulheres indígenas e negras, a questão de gênero se junta com a racial e é possível observar uma maior marginalização desses grupos específicos. Tendo em consideração que os processos históricos são compostos por continuidades/ permanências e rupturas/ mudanças, faça a atividade abaixo que tem como objetivo trazer reflexões acerca do lugar da mulher indígena no Brasil Colonial.

ORIENTAÇÕES

  • Analise em grupo a Fonte 1, que é uma gravura produzida a partir dos relatos dos viajantes europeus que estiveram no Brasil durante os séculos XVI e XVIII, onde está representada as mulheres indígenas na visão deles.

  • Analise a Fonte 2 intitulada “As bruxas”, que é uma gravura do alemão Hans Baldung Grien. Além da gravura em si, utilize as informações do documento para realizar a análise.

  • Compare as gravuras produzidas a partir dos relatos sobre as mulheres indígenas no Brasil (Fonte 1) com a Fonte 2, estabelecendo diferenças e semelhanças a partir dos seus contextos de produção.

  • Pesquise e escolha pelo menos uma personagem histórica, que seja uma mulher de origem indígena, do Brasil Colonial.

  • A partir da pesquisa e do conhecimento da história da(s) personagem(s), produza uma reflexão em forma de texto escrito sobre ela(s) e como sua história se relaciona com os estereótipos produzidos acerca de mulheres indígenas no mesmo período.

Nome do livro onde é encontrada: America tercia pars
Autor: Theodor de Bry, gravurista belga e também editor de livros de
relatos de viajantes da América
Tipo de fonte: Gravura
Ano: 1592

Nome da obra: The witches (“As bruxas”)
Autor: Hans Baldung Grien, gravurista alemão
Tipo de fonte: Gravura em madeira
Ano: 1510

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOpromover o conhecimento dos estudantes em relação aos estereótipos produzidos sobre as mulheres indígenas durante o Brasil Colonial, além da reflexão desses estereótipos em comparação com a história dessas personagens.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOSugestão para etapa 1 a 3:Nessa primeira parte da atividade, as análises e comparação das gravuras deve levar em conta os contextos de produção de cada uma. Na segunda gravura (Fonte 2), o contexto é anterior e refere-se à produção de estereótipos negativos das mulheres da Europa Moderna. Uma dessas imagens é justamente a de mulheres bruxas, que não se encaixavam nos moldes considerados aceitáveis para a cultura moderna. Logo, os viajantes que vieram ao Brasil posteriormente (contexto da Fonte 1) e os gravuristas que produziram imagens a partir desses relatos estavam inseridos também nessa mentalidade.Sugestões de nomes para a etapa 4:Damiana da Cunha
D. Potência
Clara Camarão
Catarina Paraguaçu
REFERÊNCIASRAMINELLI, Ronald. “Mulheres Canibais”. Imagens da Colonização: a representação do índio de Caminha a Vieira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1996, p. 84 a 108.
Link:https://www.academia.edu/12204341/IMAGENSDACOLONIZA%C3%87%C3%83Oarepresenta%C3%A7%C3%A3odo%C3%ADndiodeCaminhaaVieiralivrona%C3%ADntegra?auto=download
RAMINELL, Ronald. “Eva Tupinambá”. In: Mary del Priore (ed.) História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997. Disponível em:https://www.academia.edu/21846699/EVATUPINAMB%C3%81In_
MarydelPrioreed.Hist%C3%B3riadasmulheresnoBrasil.S%C3%A3oPauloContexto1997
Para breve biografia das indígenas. Disponível em: https://osbrasisesuasmemorias.com.br/biografias/ (é sugerível que busque outros sites para pesquisar sobre as personagens que o grupo desejar aprofundar)JULIO, Suelen Siqueira. “As índias na História”. Damiana da Cunha: uma índia entre a “sombra da cruz” e os caiapós do sertão (Goiás, c. 1780-1831) / Suelen Siqueira Julio,2015, p. 73 a 107. Disponível em: https://www.historia.uff.br/stricto/td/1948.pdf

APRESENTAÇÃO

A história das mulheres no Brasil é marcada por estereótipos e rótulos de inferiorização em relação aos homens. Quando analisamos o caso de mulheres indígenas e negras, a questão de gênero se junta com a racial e é possível observar uma maior marginalização desses grupos específicos. Tendo em consideração que os processos históricos são compostos por continuidades/ permanências e rupturas/ mudanças, faça a atividade abaixo que tem como objetivo trazer reflexões acerca do lugar da mulher indígena no Brasil, assim como a condição social desse grupo em relação a atuação política.

ORIENTAÇÕES

  • Com o seu grupo, observe os dados sobre todos os candidatos e candidatas que se elegeram nas eleições de 2018 no Brasil, para os cargos de deputado federal (focando no estado do Rio de Janeiro), senador ou governador. Os dois últimos cargos pensando em todo o país.

  • A partir dos dados, destaque as mulheres eleitas e liste as candidatas negras ou indígenas (de acordo com as definições do IBGE) que conquistaram algum desses cargos no estado do Rio de Janeiro e no Brasil.

  • Junto com seu grupo, reflita sobre os números que encontrou a partir dessas pesquisas. Qual seria a porcentagem de mulheres eleitas em relação aos homens? E quando pensamos nas mulheres indígenas? E quando pensamos nas mulheres negras? Registre esses dados em uma tabela simples.

  • Produza um levantamento sobre as candidatas negras e indígenas eleitas, colocando dados como: nome, etnia, partido, profissão, idade, cargo que conquistou, total de votos, experiência política (se ela já teve experiência em algum movimento social ou mesmo cargo político). Também pode ser registrado por meio de uma tabela.

  • A partir do material pesquisado e registrado pelo grupo, assim como do material de apoio, reflita sobre o lugar da mulher negra e indígena na política na sociedade brasileira atual.

  • Escolha pelo menos uma personagem da Etapa 4 da Atividade 1 e pelo menos uma política (negra ou indígena) eleita nas eleições de 2018, independente do cargo conquistado. Produza um resumo criativo sobre essas personagens que contenha seus dados biográficos (nome, data de nascimento, local e época em que viveu/ vive, importância histórica e/ ou política, entre outros). O resumo deve ser feito de uma forma não tradicional, podendo ser feito através de vídeo, colagens ou qualquer outro recurso possível que o grupo queira utilizar. Também deve haver uma foto ou ilustração (produzida pelo grupo ou não) delas. No final do processo, o grupo deve colocar um nome para esse resumo que simbolize as reflexões feitas até aqui.

APRESENTAÇÃO

A história das mulheres no Brasil é marcada por estereótipos e rótulos de inferiorização em relação aos homens. Quando analisamos o caso de mulheres indígenas e negras, a questão de gênero se junta com a racial e é possível observar uma maior marginalização desses grupos específicos. Tendo em consideração que os processos históricos são compostos por continuidades/ permanências e rupturas/ mudanças, faça a atividade abaixo que tem como objetivo trazer reflexões acerca do lugar da mulher indígena no Brasil, assim como a condição social desse grupo em relação a atuação política.

ORIENTAÇÕES

  • Com o seu grupo, observe os dados sobre todos os candidatos e candidatas que se elegeram nas eleições de 2018 no Brasil, para os cargos de deputado federal (focando no estado do Rio de Janeiro), senador ou governador. Os dois últimos cargos pensando em todo o país.

  • A partir dos dados, destaque as mulheres eleitas e liste as candidatas negras ou indígenas (de acordo com as definições do IBGE) que conquistaram algum desses cargos no estado do Rio de Janeiro e no Brasil.

  • Junto com seu grupo, reflita sobre os números que encontrou a partir dessas pesquisas. Qual seria a porcentagem de mulheres eleitas em relação aos homens? E quando pensamos nas mulheres indígenas? E quando pensamos nas mulheres negras? Registre esses dados em uma tabela simples.

  • Produza um levantamento sobre as candidatas negras e indígenas eleitas, colocando dados como: nome, etnia, partido, profissão, idade, cargo que conquistou, total de votos, experiência política (se ela já teve experiência em algum movimento social ou mesmo cargo político). Também pode ser registrado por meio de uma tabela.

  • A partir do material pesquisado e registrado pelo grupo, assim como do material de apoio, reflita sobre o lugar da mulher negra e indígena na política na sociedade brasileira atual.

  • Escolha pelo menos uma personagem da Etapa 4 da Atividade 1 e pelo menos uma política (negra ou indígena) eleita nas eleições de 2018, independente do cargo conquistado. Produza um resumo criativo sobre essas personagens que contenha seus dados biográficos (nome, data de nascimento, local e época em que viveu/ vive, importância histórica e/ ou política, entre outros). O resumo deve ser feito de uma forma não tradicional, podendo ser feito através de vídeo, colagens ou qualquer outro recurso possível que o grupo queira utilizar. Também deve haver uma foto ou ilustração (produzida pelo grupo ou não) delas. No final do processo, o grupo deve colocar um nome para esse resumo que simbolize as reflexões feitas até aqui.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOPromover o conhecimento dos estudantes em relação a inserção de mulheres negras e indígenas na política formal atualmente no Brasil. A atividade também pode possibilitar uma reflexão sobre permanências e rupturas ao longo da história em relação ao lugar dessas mulheres na sociedade, além de trazer reflexões sobre racismo, machismo e representatividade.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOSugestão para a etapa 3:Para ajudar na análise dos dados e na compreensão da situação política das mulheres, principalmente negras e indígenas, no Brasil pode-se incluir informações estatísticas das últimas eleições.Sugestão para a etapa 6:O formato do resumo criativo pode ser escolhido pelo grupo e pela professora, podendo ser feito a mão ou digitalmente, por meio colagens, artes ou produção de mini vídeos. O importante é que os estudantes conheçam diferentes mulheres negras e indígenas e as reconheçam enquanto personagens históricos (seja no Brasil Colônia ou na atualidade) e produzam um material para divulgação dessas histórias, que muitas vezes são silenciadas.REFERÊNCIAShttp://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitoraisSugestão de artigo sobre conceito de gênero: SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade.Porto Alegre, vol. 20, nº 2, 1995.Sugestões de vídeos para os estudantes: Mulheres Indígenas - Vozes por Direitos e Justiça
Link:https://www.youtube.com/watchv=iXMiJECs1zY&feature=youtu.be
Mulheres e Política: como é ser mulher na política?
Link:https://www.youtube.com/watchv=MOdYWMcmclo&feature=youtu.be

APRESENTAÇÃO

A proclamação da República em 1889 significou para muitos a esperança de novos tempos, baseados em valores capazes de integrar a sociedade e ampliar os direitos civis, políticos e sociais, necessários ao estabelecimento da democracia. Era a promessa de uma nova era em que, abolidas as formas de trabalho escravo, abriam-se possibilidades de novas formas de inclusão em prol de maior justiça social.Diferente do esperado, a passagem do regime político monárquico para o republicano trouxe poucas mudanças no sentido de superação dos maiores entraves para o estabelecimento de uma democracia social no nosso país: a grande propriedade rural, a escravidão e o comprometimento do Estado com o poder privado.Embora a escravidão tenha sido abolida legalmente, na prática não houve uma inserção dos escravos na sociedade, relegando-os à marginalidade, sem escola, sem-terra e sem trabalho.Sob o ponto de visto político, pode-se dizer que houve até mesmo um retrocesso, na medida em que se manteve a limitação do direito ao voto aos homens alfabetizados numa sociedade em que a larga maioria da população era analfabeta.Quanto a organização política, estabeleceu-se o regime presidencialista com autonomia dos Estados, sob o molde federalista. No papel, essa descentralização política poderia aproximar o governo de seu povo. Na prática, representou o fortalecimento do poder das elites oligárquicas locais, que em eleições fraudulentas mantinham um forte controle autoritário. Não é à toa que a Primeira República ficou conhecida como a “república dos coronéis”.A grande propriedade rural foi se perpetuando na medida em que, ao mesmo tempo em se libertava os escravos do trabalho compulsório e se importava grandes quantidades de trabalhadores oriundos da Europa, criava-se leis e regras que limitavam o acesso à terra.Uma famosa frase acerca da proclamação da República diz que o povo assistiu “bestializado” o desenrolar dos fatos, sem entender o que estava acontecendo e muito se fala sobre a pouca participação política e apatia da população nesse contexto.Mas o que podemos considerar como participação política? Será que o fato de que a ampla maioria da população não podia votar significava que eles estavam totalmente alienados do processo histórico e não possuíam nenhuma reivindicação ou demanda?Se o povo não podia votar nas eleições e não teve participação importante nos grandes acontecimentos que marcaram a história desse período, ele encontrava outras formas de se manifestar e foram muitas as revoltas e movimentos contestatórios que ocorreram ao longo da nossa história. As revoltas de Canudos e Contestado marcaram a Primeira República através dos conflitos causados entre o Estado e a população sertaneja na tentativa de limitação do papel da Igreja em uma sociabilidade profundamente marcada pela religiosidade.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

Em Canudos, no interior da Bahia, sob a liderança de Antônio Conselheiro, reuniram-se milhares de sertanejos depois que a polícia o perseguiu por ter destruído listas de novos impostos decretados após a proclamação da República. Ele tentou criar uma comunidade pautada por valores religiosos e morais alheios aos ideais republicanos e o resultado foi um massacre e o Arraial de Canudos foi destruído pelo poder dos canhões, em nome da República e da modernidade.

  • A partir do breve esboço apresentado na introdução e das fontes audiovisuais sugeridas, realize uma breve pesquisa sobre as principais demandas e reivindicações da revolta de Canudos e elabore um resumo contendo as informações que achar relevante.

ETAPA 2

Em uma região contestada entre os Estados de Santa Catarina e Paraná, sob a liderança do monge José Maria, seus seguidores formaram povoados autônomos pautados pela rejeição às novas práticas trazidas República. O conflito foi impulsionado pela chegada de uma Companhia estrangeira que seria responsável pela construção da ferrovia São Paulo-Rio Grande e foi violentamente reprimido pelo exército, deixando mais de 10 mil mortos, vítimas dos combates, da fome e de doenças.

  • Como na etapa anterior, realize um levantamento das principais demandas e reivindicações da revolta do Contestado e elabore um breve resumo.

ETAPA 3

  • A partir da análise do levantamento realizado nas tarefas 1 e 2, elabore uma pequena reflexão sobre a resposta do Estado Brasileiro frente à essas duas manifestações populares fazendo uma relação com a atualidade. Como o Estado lidou com as reivindicações dos sertanejos? Como você encara a atuação do Estado nas manifestações que ocorrem na atualidade? Esse processo é marcado por negociações ou repressão?

Monge José Maria, um dos líderes inspiradores do movimento.

Caricatura na Revista Ilustrada, retratando Antônio Conselheiro, com um séquito de bufões armados com antigos bacamartes, tentando "barrar" a República.

Mapa da região onde ocorreu o conflito do Contestado.

Sobreviventes da Guerra de Canudos (Flavio de Barros/Acervo Museu da República).

Arraial de Canudos (Flávio Barros/Acervo Museu da República).

APRESENTAÇÃO

A proclamação da República em 1889 significou para muitos a esperança de novos tempos, baseados em valores capazes de integrar a sociedade e ampliar os direitos civis, políticos e sociais, necessários ao estabelecimento da democracia. Era a promessa de uma nova era em que, abolidas as formas de trabalho escravo, abriam-se possibilidades de novas formas de inclusão em prol de maior justiça social.Diferente do esperado, a passagem do regime político monárquico para o republicano trouxe poucas mudanças no sentido de superação dos maiores entraves para o estabelecimento de uma democracia social no nosso país: a grande propriedade rural, a escravidão e o comprometimento do Estado com o poder privado.Embora a escravidão tenha sido abolida legalmente, na prática não houve uma inserção dos escravos na sociedade, relegando-os à marginalidade, sem escola, sem-terra e sem trabalho.Sob o ponto de visto político, pode-se dizer que houve até mesmo um retrocesso, na medida em que se manteve a limitação do direito ao voto aos homens alfabetizados numa sociedade em que a larga maioria da população era analfabeta.Quanto a organização política, estabeleceu-se o regime presidencialista com autonomia dos Estados, sob o molde federalista. No papel, essa descentralização política poderia aproximar o governo de seu povo. Na prática, representou o fortalecimento do poder das elites oligárquicas locais, que em eleições fraudulentas mantinham um forte controle autoritário. Não é à toa que a Primeira República ficou conhecida como a “república dos coronéis”.A grande propriedade rural foi se perpetuando na medida em que, ao mesmo tempo em se libertava os escravos do trabalho compulsório e se importava grandes quantidades de trabalhadores oriundos da Europa, criava-se leis e regras que limitavam o acesso à terra.Uma famosa frase acerca da proclamação da República diz que o povo assistiu “bestializado” o desenrolar dos fatos, sem entender o que estava acontecendo e muito se fala sobre a pouca participação política e apatia da população nesse contexto.Mas o que podemos considerar como participação política? Será que o fato de que a ampla maioria da população não podia votar significava que eles estavam totalmente alienados do processo histórico e não possuíam nenhuma reivindicação ou demanda?Se o povo não podia votar nas eleições e não teve participação importante nos grandes acontecimentos que marcaram a história desse período, ele encontrava outras formas de se manifestar e foram muitas as revoltas e movimentos contestatórios que ocorreram ao longo da nossa história. As revoltas de Canudos e Contestado marcaram a Primeira República através dos conflitos causados entre o Estado e a população sertaneja na tentativa de limitação do papel da Igreja em uma sociabilidade profundamente marcada pela religiosidade.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

Em Canudos, no interior da Bahia, sob a liderança de Antônio Conselheiro, reuniram-se milhares de sertanejos depois que a polícia o perseguiu por ter destruído listas de novos impostos decretados após a proclamação da República. Ele tentou criar uma comunidade pautada por valores religiosos e morais alheios aos ideais republicanos e o resultado foi um massacre e o Arraial de Canudos foi destruído pelo poder dos canhões, em nome da República e da modernidade.

  • A partir do breve esboço apresentado na introdução e das fontes audiovisuais sugeridas, realize uma breve pesquisa sobre as principais demandas e reivindicações da revolta de Canudos e elabore um resumo contendo as informações que achar relevante.

ETAPA 2

Em uma região contestada entre os Estados de Santa Catarina e Paraná, sob a liderança do monge José Maria, seus seguidores formaram povoados autônomos pautados pela rejeição às novas práticas trazidas República. O conflito foi impulsionado pela chegada de uma Companhia estrangeira que seria responsável pela construção da ferrovia São Paulo-Rio Grande e foi violentamente reprimido pelo exército, deixando mais de 10 mil mortos, vítimas dos combates, da fome e de doenças.

  • Como na etapa anterior, realize um levantamento das principais demandas e reivindicações da revolta do Contestado e elabore um breve resumo.

ETAPA 3

  • A partir da análise do levantamento realizado nas tarefas 1 e 2, elabore uma pequena reflexão sobre a resposta do Estado Brasileiro frente à essas duas manifestações populares fazendo uma relação com a atualidade. Como o Estado lidou com as reivindicações dos sertanejos? Como você encara a atuação do Estado nas manifestações que ocorrem na atualidade? Esse processo é marcado por negociações ou repressão?

Monge José Maria, um dos líderes inspiradores do movimento.

Caricatura na Revista Ilustrada, retratando Antônio Conselheiro, com um séquito de bufões armados com antigos bacamartes, tentando "barrar" a República.

Mapa da região onde ocorreu o conflito do Contestado.

Sobreviventes da Guerra de Canudos (Flavio de Barros/Acervo Museu da República).

Arraial de Canudos (Flávio Barros/Acervo Museu da República).

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOSAmpliar a compreensão dos movimentos sociais da Primeira República, evidenciando como questões sociais, políticas e culturais desses grupos se relacionam com o contexto nacional da época, marcado pela profunda desigualdade social e conflitos por terra e como esse cenário persiste até os dias atuais na realidade do nosso país.Demonstrar que apesar da falta de institucionalização desses dois movimentos, eles foram parte indivisível da dinâmica da política na nossa sociedade, na medida em que o fato de esses movimentos nem sempre tornarem explícitos, desde o início, seus objetivos políticos, não invalida as implicações políticas que eles sempre apresentaram.Recuperar a relação desses movimentos com a práxis política.Abordar conceitos como parlamentarismo, presidencialismo, monarquia,messianismo.Abordar as rupturas e continuidades trazidas pela Proclamação da República.REFERÊNCIASPaulo Pinheiro Machado - Um estudo sobre as origens sociais e a formação política das lideranças sertanejas do contestado.
Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/imagens/dossies/contestado/trabalhos/MACHADOPauloPinheiro.pdf
Há 100 anos o fim da sangrenta Guerra do Contestado. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/07/01/ha-100-anos-o-fim-da-sangrenta-guerra-do-contestado120 anos da Guerra de Canudos: uma ferida em aberto no Brasil. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2017/11/27/artigo-or-120-anos-do-fim-da-guerra-de-canudos-uma-ferida-em-aberto-no-brasilJacqueline Herann - Canudos Destruído em Nome da República -Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre de 1897. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/download/cp/HISTORIA%20DO%20BRASIL/LEITURA%20ANEXA%20MODULO%20III%20-%20d.pdf

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

  • Observa e descreva as três imagens

  • Pesquise outra imagem do pintor (Debret) e faça uma breve apresentação dela. Após explique os motivos de ter escolhido essa pintura

  • Aponte as semelhanças e diferenças de todas essas pinturas

Carregadores de Café rumo a caminho da cidade, Debret, 1826.

Loja de Sapateira, Debret, 1835.

Engenho Manual de caldo de cana, Debret, 1822.

ETAPA 2

ORIENTAÇÕES

Charada: através das dicas descubra os nomes dos produtos de cada atividade econômicas.

CHARADA A

  • 1ª Dica: Utilizava mão de obra escrava.

  • 2ª Dica: É matéria prima do álcool, melado e combustível.

  • 3ª Dica: No Brasil a sua produção teve uma intensa concentração no Nordeste, sendo assim uns dos produtos mais exportados no Brasil Colonial.

CHARADA B

  • 1ª Dica: Utilizava mão de obra escravizada.

  • 2ª Dica: Foi o produto mais importante da pauta de exportação do Brasil Império.

  • 3ª Dica: Inicialmente o plantio era localizado no Centro Sul do Brasil, pois nesse local o clima, topografia e o solo eram perfeitos para a produção deste produto.

CHARADA C

  • 1ª Dica: Utilizava trabalho escravizado.

  • 2º Dica: O produto endêmico a mata atlântica

  • 3ª Dica: Era utilizado como matéria prima para a construção de violinos, móveis e para tingir tecidos.

ETAPA 3

ORIENTAÇÃO

  • Levando em conta as reflexões desenvolvidas nos dois últimos exercícios explique a frase: “Sem escravidão não há Brasil”

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

  • Observa e descreva as três imagens

  • Pesquise outra imagem do pintor (Debret) e faça uma breve apresentação dela. Após explique os motivos de ter escolhido essa pintura

  • Aponte as semelhanças e diferenças de todas essas pinturas

Carregadores de Café rumo a caminho da cidade, Debret, 1826.

Loja de Sapateira, Debret, 1835.

Engenho Manual de caldo de cana, Debret, 1822.

ETAPA 2

ORIENTAÇÕES

Charada: através das dicas descubra os nomes dos produtos de cada atividade econômicas.

CHARADA A

  • 1ª Dica: Utilizava mão de obra escrava.

  • 2ª Dica: É matéria prima do álcool, melado e combustível.

  • 3ª Dica: No Brasil a sua produção teve uma intensa concentração no Nordeste, sendo assim uns dos produtos mais exportados no Brasil Colonial.

CHARADA B

  • 1ª Dica: Utilizava mão de obra escravizada.

  • 2ª Dica: Foi o produto mais importante da pauta de exportação do Brasil Império.

  • 3ª Dica: Inicialmente o plantio era localizado no Centro Sul do Brasil, pois nesse local o clima, topografia e o solo eram perfeitos para a produção deste produto.

CHARADA C

  • 1ª Dica: Utilizava trabalho escravizado.

  • 2º Dica: O produto endêmico a mata atlântica

  • 3ª Dica: Era utilizado como matéria prima para a construção de violinos, móveis e para tingir tecidos.

ETAPA 3

ORIENTAÇÃO

  • Levando em conta as reflexões desenvolvidas nos dois últimos exercícios explique a frase: “Sem escravidão não há Brasil”

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVODemonstrar a dependência direta da economia ao trabalho escravo, desta forma oferecendo ao aluno uma argumentação de viés econômica sobre o prolongamento do fim da escravidão.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOEtapa 1:Esta atividade foi elabora por conta de dois motivos, a primeira se caracteriza em demostrar o aluno que seja nos grandes produtos da economia Brasileira ou no cotidiano existiam fundamentalmente o uso de pessoas escravizados. O segundo ponto é demostras a multiplicidade de funções desempenhadas pelos escravos. Portanto ao olhar essas diferentes imagens feita pelo Debret o aluno pode perceber a diversidade de tarefas desempenhados pelos negros escravizados e assim compreender a sua importância para a economia.Etapa 2:A tarefa vai contar com alguns produtos (café, açúcar e Pau-Brasil) cada tópico têm três dicas, por sua vez cabe ao aluno a descobrir qual produto pertence as charadas. Se o aluno não descobrir, com as dicas isso pode realizar a pesquisa e descobrir a resposta das charadas.
COLOCAR A RESPOSTA DA CHARADA.
Etapa 3:Esta etapa tem pretensão de conectar as atividades anteriores, portanto convida ao aluno refletir sobre a importância do uso da mão-de-obra escrava nas atividades econômicas desenvolvidas no Brasil. Por outro lado, essa tarefa serve para verificar se os alunos conseguiram desenvolver o pensamento proposto pelo tema e pelos exercícios.

APRESENTAÇÃO

Repressão e violência política são dois elementos presentes em toda a história do Brasil, pois não foram poucas as vezes em que o autoritarismo, muito longe de um problema foi na verdade uma arma no arsenal da classe dominante do Brasil, usando as forças policiais e armadas para controlar os rumos do país sem interferência e oposição.Na história contemporânea do Brasil os exemplos mais claros foram a ditadura de Getúlio Vargas e a ditadura militar de 1964, mas desde a época da Colônia, passando pelo Império e adentrando a República esses elementos estão presentes em nossa história.Na atual conjuntura presenciamos movimentos negacionistas, que partem de o ponto negar desde a existência dos regimes autoritários na história do Brasil- principalmente a ditadura de 1964 - até a escravidão e o próprio racismo. Esses movimentos negam os fatos buscam falsificar história do Brasil. A História (com H maiúsculo), entretanto, é uma ciência, se baseia na análise da realidade e estudo das fontes históricas, logo, é incompatível com a negação dos fatos e a repressão política no Brasil é um fato.Portanto, a atividade a seguir objetiva familiarizar os alunos com a pesquisa histórica e busca pelas fontes, pois elas existem, ainda que pareçam difíceis de encontrar em um primeiro momento, além de fomentar uma reflexão sobre a repressão no Brasil no passado e no presente

Aviso aos alunos: O tema das atividades a seguir entra na categoria que, na História, chamamos de “temas sensíveis”, por envolverem situações de forte violência e violação dos direitos humanos. Se por acaso o aprofundamento no tema e a realização das atividades causarem desconforto, não tenha medo ou vergonha de informar ao professor, pois essa é uma reação perfeitamente compreensível e justificável.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

  • Acessar o site do Memorial da Resistência de São Paulo, um dos mais importantes institutos de preservação da memória da repressão no Brasil

  • Clicar na opção “Coleta de Testemunhos

  • Assim que abrir a nova seção, ir à opção “Busca” para acessar o acervo de entrevistas, atentando que no guia de pesquisa estão listados a categoria, atividade profissional e o ano da prisão política dos entrevistados, olhe com bastante atenção esses três aspectos

  • Por fim, assistir as entrevistas de não mais do que três pessoas e fazer um pequeno resumo (sem máximo ou mínimo de laudas) sobre o entrevistado, coordenando os três aspectos citados no item anterior: Quem ele(a) é? Por que foi preso? O que sofreu no DEOPS? Qual era sua atividade profissional e categoria? Vamos refletir sobre quais grupos e condutas eram (e em alguns casos ainda são) criminalizados e reprimidos no Brasil. De preferência escolha entrevistados de diferentes categorias, profissões e anos, para acessar uma gama mais diversa de entrevistas.

ETAPA 2

Essa etapa foi pensada focando na relação passado-presente e na continuidade da repressão como elemento cotidiano da sociedade brasileira. Sendo assim, o marco temporal da questão será de 1988 para frente por conta da constituinte e da redemocratização.

ORIENTAÇÃO

  • Pesquise, escolha e explique em um curto texto um caso de repressão que tenha acontecido na Nova República, no pós-ditadura militar, para refletir sobre a continuidade desse aspecto da sociedade

APRESENTAÇÃO

Repressão e violência política são dois elementos presentes em toda a história do Brasil, pois não foram poucas as vezes em que o autoritarismo, muito longe de um problema foi na verdade uma arma no arsenal da classe dominante do Brasil, usando as forças policiais e armadas para controlar os rumos do país sem interferência e oposição.Na história contemporânea do Brasil os exemplos mais claros foram a ditadura de Getúlio Vargas e a ditadura militar de 1964, mas desde a época da Colônia, passando pelo Império e adentrando a República esses elementos estão presentes em nossa história.Na atual conjuntura presenciamos movimentos negacionistas, que partem de o ponto negar desde a existência dos regimes autoritários na história do Brasil- principalmente a ditadura de 1964 - até a escravidão e o próprio racismo. Esses movimentos negam os fatos buscam falsificar história do Brasil. A História (com H maiúsculo), entretanto, é uma ciência, se baseia na análise da realidade e estudo das fontes históricas, logo, é incompatível com a negação dos fatos e a repressão política no Brasil é um fato.Portanto, a atividade a seguir objetiva familiarizar os alunos com a pesquisa histórica e busca pelas fontes, pois elas existem, ainda que pareçam difíceis de encontrar em um primeiro momento, além de fomentar uma reflexão sobre a repressão no Brasil no passado e no presente

Aviso aos alunos: O tema das atividades a seguir entra na categoria que, na História, chamamos de “temas sensíveis”, por envolverem situações de forte violência e violação dos direitos humanos. Se por acaso o aprofundamento no tema e a realização das atividades causarem desconforto, não tenha medo ou vergonha de informar ao professor, pois essa é uma reação perfeitamente compreensível e justificável.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

  • Acessar o site do Memorial da Resistência de São Paulo, um dos mais importantes institutos de preservação da memória da repressão no Brasil

  • Clicar na opção “Coleta de Testemunhos

  • Assim que abrir a nova seção, ir à opção “Busca” para acessar o acervo de entrevistas, atentando que no guia de pesquisa estão listados a categoria, atividade profissional e o ano da prisão política dos entrevistados, olhe com bastante atenção esses três aspectos

  • Por fim, assistir as entrevistas de não mais do que três pessoas e fazer um pequeno resumo (sem máximo ou mínimo de laudas) sobre o entrevistado, coordenando os três aspectos citados no item anterior: Quem ele(a) é? Por que foi preso? O que sofreu no DEOPS? Qual era sua atividade profissional e categoria? Vamos refletir sobre quais grupos e condutas eram (e em alguns casos ainda são) criminalizados e reprimidos no Brasil. De preferência escolha entrevistados de diferentes categorias, profissões e anos, para acessar uma gama mais diversa de entrevistas.

ETAPA 2

Essa etapa foi pensada focando na relação passado-presente e na continuidade da repressão como elemento cotidiano da sociedade brasileira. Sendo assim, o marco temporal da questão será de 1988 para frente por conta da constituinte e da redemocratização.

ORIENTAÇÃO

  • Pesquise, escolha e explique em um curto texto um caso de repressão que tenha acontecido na Nova República, no pós-ditadura militar, para refletir sobre a continuidade desse aspecto da sociedade

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOEstimular nos alunos um senso crítico sobre a violência política na história do Brasil, especialmente nos regimes autoritários do século XX, e sua continuidade atualmente.O Memorial da Resistência e suas entrevistas são uma forma de humanizar, dar rosto e nome aos envolvidos na história da repressão no país, buscando construção de empatia nos alunos.O site do Memorial também é uma excelente ferramenta didática para introduzir a turma nos temas de Memória, Verdade e Justiça.REFERÊNCIASArtigo de Marcos Napolitano, “Recordar é vencer: as dinâmicas e vicissitudes da construção da memória sobre o regime militar brasileiro”: Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/71e3/3780772aa1ef98a60fee326692275f3f8a41.pdfGuia do Consulente (instrumento de orientação a consulta aos acervos produzidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo). Disponível em: http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/memorial/upload/arquivos/Gui adoConsulente.pdfSites de auxílio no estudo da repressão:
Grupo Tortura Nunca Mais. Disponível em: https://www.torturanuncamais-rj.org.br/
Memorias da Ditadura. Disponível: http://memoriasdaditadura.org.br/repressao/Memorias Reveladas:
http://www.memoriasreveladas.gov.br/
Documentos Revelados:
https://www.plural.jor.br/documentosrevelados/
História da Ditadura (existe um canal homônimo no youtube): https://www.historiadaditadura.com.br/

APRESENTAÇÃO

As greves são as formas mais célebres de reivindicações trabalhistas, ocupando o imaginário popular e sendo facilmente associados à sindicatos. No Brasil ela ocupou recentemente, com relevância ímpar, os telejornais com a greve dos caminhoneiros em 2018.Ademais, elas não são algo novo em nossa sociedade, a primeira greve geral no Brasil, e talvez a mais celebrada, é a greve geral de 1917, deflagrada inicialmente em uma fábrica têxtil em São Paulo. Entretanto, as greves no Brasil são ainda mais antigas. A paralisação comumente tida como a primeira greve em terras brasílicas é a dos tipógrafos no Rio de Janeiro, datada de 1858.Todavia ao longo da colônia e do império vigorava no Brasil o regime de trabalho escravo, amplamente difundido pelo território nacional e sobre a qual a economia brasileira tinha suas bases. As condições de trabalho eram notoriamente precárias, com jornadas de trabalho abusivas e a sujeição a castigos físicos. É de se esperar resistência e mobilizações de trabalhadores contra essas condições. Mas é pouco comum encontramos referências a mobilizações de trabalhadores antes da República, como se não houvesse resistência às más condições de trabalho antes do novo regime. Essa imagem ainda é agravada por uma representação quase mítica dos operários europeus anarquistas, como difusores do sindicalismo no Brasil.De fato, o sindicalismo vê sua aurora no século XX, mas isso não impede que houvesse luta por melhores condições de trabalho, inclusive através do abandono de funções. Mas apesar de elas existirem e ser possível encontrar documentação sobre elas em arquivos judiciais, policiais e jornalísticos essas lutas continuam sendo invisíveis à diversas representações em mídia e até na academia.Mas chegou a hora de “botar a mão na massa” e trazer a luz sobre as lutas negras por melhores condições de trabalho antes da República e da ascensão das políticas imigrantistas.

ORIENTAÇÕES

  • Produza uma matéria em formato jornalístico sobre alguma paralisação ou outra forma de mobilização contra condições degradantes de trabalho, podendo essa mobilização ser uma greve - ou parede como era chamada durante o Brasil Império - uma fuga em massa ou até mesmo um levante.

  • Essa matéria de caráter jornalístico precisa ter um início, meio e fim. Contendo onde ocorreu essa mobilização de trabalhadores, quando ocorreu, quanto tempo durou, o nome pela qual ficou conhecida e como ela terminou. Ser for possível determinar um líder ele deve ser informado.

Um texto de caráter jornalístico é constituído por:

  • Manchete - a manchete é um enunciado que inicia o texto, apresenta a temática central do texto e não deve ser muito longo;

  • Título auxiliar - uma frase mais longa que a manchete, que a complementa introduzindo melhor o que será abordado;

  • Lide - a lide é o parágrafo inicial da matéria em si, ela deve apresentar os aspectos centrais que irão ser desenvolvidos ao longo do corpo;

  • Corpo - o corpo nada mais é do que o resto do texto onde o tema é trabalhado.

APRESENTAÇÃO

As greves são as formas mais célebres de reivindicações trabalhistas, ocupando o imaginário popular e sendo facilmente associados à sindicatos. No Brasil ela ocupou recentemente, com relevância ímpar, os telejornais com a greve dos caminhoneiros em 2018.Ademais, elas não são algo novo em nossa sociedade, a primeira greve geral no Brasil, e talvez a mais celebrada, é a greve geral de 1917, deflagrada inicialmente em uma fábrica têxtil em São Paulo. Entretanto, as greves no Brasil são ainda mais antigas. A paralisação comumente tida como a primeira greve em terras brasílicas é a dos tipógrafos no Rio de Janeiro, datada de 1858.Todavia ao longo da colônia e do império vigorava no Brasil o regime de trabalho escravo, amplamente difundido pelo território nacional e sobre a qual a economia brasileira tinha suas bases. As condições de trabalho eram notoriamente precárias, com jornadas de trabalho abusivas e a sujeição a castigos físicos. É de se esperar resistência e mobilizações de trabalhadores contra essas condições. Mas é pouco comum encontramos referências a mobilizações de trabalhadores antes da República, como se não houvesse resistência às más condições de trabalho antes do novo regime. Essa imagem ainda é agravada por uma representação quase mítica dos operários europeus anarquistas, como difusores do sindicalismo no Brasil.De fato, o sindicalismo vê sua aurora no século XX, mas isso não impede que houvesse luta por melhores condições de trabalho, inclusive através do abandono de funções. Mas apesar de elas existirem e ser possível encontrar documentação sobre elas em arquivos judiciais, policiais e jornalísticos essas lutas continuam sendo invisíveis à diversas representações em mídia e até na academia.Mas chegou a hora de “botar a mão na massa” e trazer a luz sobre as lutas negras por melhores condições de trabalho antes da República e da ascensão das políticas imigrantistas.

ORIENTAÇÕES

  • Produza uma matéria em formato jornalístico sobre alguma paralisação ou outra forma de mobilização contra condições degradantes de trabalho, podendo essa mobilização ser uma greve - ou parede como era chamada durante o Brasil Império - uma fuga em massa ou até mesmo um levante.

  • Essa matéria de caráter jornalístico precisa ter um início, meio e fim. Contendo onde ocorreu essa mobilização de trabalhadores, quando ocorreu, quanto tempo durou, o nome pela qual ficou conhecida e como ela terminou. Ser for possível determinar um líder ele deve ser informado.

Um texto de caráter jornalístico é constituído por:

  • Manchete - a manchete é um enunciado que inicia o texto, apresenta a temática central do texto e não deve ser muito longo;

  • Título auxiliar - uma frase mais longa que a manchete, que a complementa introduzindo melhor o que será abordado;

  • Lide - a lide é o parágrafo inicial da matéria em si, ela deve apresentar os aspectos centrais que irão ser desenvolvidos ao longo do corpo;

  • Corpo - o corpo nada mais é do que o resto do texto onde o tema é trabalhado.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOEstabelecer os negros como agentes históricos, combatendo a anomia que inúmeros autores difundem. Para além disso busca também desconstruir o início das lutas trabalhistas a partir da imigração dos europeus, principalmente italianos, para o Brasil, possuidor de um regime de trabalho fundamentalmente contraditório as lutas e negociações por melhores dietas, pagamentos e jornadas de trabalho mais aprazíveis povoaram os mais de 300 que separam o início da colonização no Brasil e o nascer da primeira república.REFERÊNCIASDisponível em: https://www.scielo.br/pdf/eh/v29n59/0103-2186-eh-29-59-0607.pdfDisponível: http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/25988/27719

APRESENTAÇÃO

Muitas eram as formas de organização dos negros, fossem eles cativos ou libertos, para enfrentar a opressão imposta pela sociedade escravista. Dentre elas, as irmandades negras saltam aos olhos por seu grande número, sua longevidade e a forma como elas lidavam com as autoridades.Essas irmandades podem ser encontradas em todo o território nacional, mas chamo a atenção para os estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por terem sido os locais onde eu encontrei mais conteúdo sobre elas.As irmandades conseguiam reunir cativos e libertos de várias etnias africanas, além dos chamados crioulos (pretos nascidos no Brasil). Tornavam-se local de sociabilidade, resistência de tradições e línguas africanas e de solidariedade entre seus integrantes, que promoviam auxílios internos como empréstimo e até mesmo alforrias.Através de negociações e outros artifícios essas instituições conseguiamainda captar influência de autoridades a seu favor para interceder em prol dela ou de seus integrantes.Agora que você(s) conhece(m) um pouco mais sobre essas instituições que reuniam diversos trabalhadores negros, forros (libertos) ou não, chegou a hora de
trabalhar.

ORIENTAÇÕES

  • Crie um verbete sobre uma irmandade negra, abordando nele como essa irmandade surgiu, suas atividades e as principais formas de ajuda promovidas por essa associação. Se possível fale um pouco sobre como ela se organizava.

Um verbete é um pequeno texto informativo que busca esclarecer um tema ou conceito, exemplos de verbete são, por exemplo, os significados de palavras que vemos em dicionários. Cabe aqui apontar que esse verbete, a ser produzido, deve ser mais amplo e explicativo do que os habitualmente vistos em dicionários.

APRESENTAÇÃO

Muitas eram as formas de organização dos negros, fossem eles cativos ou libertos, para enfrentar a opressão imposta pela sociedade escravista. Dentre elas, as irmandades negras saltam aos olhos por seu grande número, sua longevidade e a forma como elas lidavam com as autoridades.Essas irmandades podem ser encontradas em todo o território nacional, mas chamo a atenção para os estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por terem sido os locais onde eu encontrei mais conteúdo sobre elas.As irmandades conseguiam reunir cativos e libertos de várias etnias africanas, além dos chamados crioulos (pretos nascidos no Brasil). Tornavam-se local de sociabilidade, resistência de tradições e línguas africanas e de solidariedade entre seus integrantes, que promoviam auxílios internos como empréstimo e até mesmo alforrias.Através de negociações e outros artifícios essas instituições conseguiamainda captar influência de autoridades a seu favor para interceder em prol dela ou de seus integrantes.Agora que você(s) conhece(m) um pouco mais sobre essas instituições que reuniam diversos trabalhadores negros, forros (libertos) ou não, chegou a hora de
trabalhar.

ORIENTAÇÕES

  • Crie um verbete sobre uma irmandade negra, abordando nele como essa irmandade surgiu, suas atividades e as principais formas de ajuda promovidas por essa associação. Se possível fale um pouco sobre como ela se organizava.

Um verbete é um pequeno texto informativo que busca esclarecer um tema ou conceito, exemplos de verbete são, por exemplo, os significados de palavras que vemos em dicionários. Cabe aqui apontar que esse verbete, a ser produzido, deve ser mais amplo e explicativo do que os habitualmente vistos em dicionários.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOMostrar como os negros, principalmente cativos, tinham a capacidade de se organizar e pôr em prática inúmeras formas de resistência, criando laços e praticando solidariedade entre si.As irmandades chamam especial atenção pois muitas delas foram capazes de erguer edificações que perduram até os dias de hoje.REFERÊNCIASAlbuquerque, Wlamyra R. de. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais. p.93-114. Disponível em: http://www.categero.org.br/wp-content/uploads/2010/10/PDF1.pdf

APRESENTAÇÃO

Todo ano no dia 13 de maio é comemorado o aniversário da assinatura da Lei Áurea e o fim legal da escravidão no Brasil, em redes sociais pessoas se digladiam sobre a sua importância. A princesa Isabel é sem dúvidas uma figura importante para o fim da escravidão legal no Brasil, afinal de contas ela deu o golpe final na legitimidade da instituição escravista no Brasil.Nas décadas finais do século XIX o trabalho escravo estava enfraquecido, ainda que a elite latifundiária escravista se mantivesse forte e influente.Desde o início do século intelectuais e proeminentes figuras políticas tinham projetos de nação que visavam o fim da escravidão, somado a isso a Inglaterra pressionava o Brasil pelo fim do regime de trabalho escravo no Brasil. Após a proibição do tráfico Atlântico em 1850 o ter um escravo se tornou caro e cada vez menos a mão de obra cativa era empregada por setores empobrecidos e médios.Junto a essa conjuntura que se formava a formação de quilombos, levantes e revoltas eram coisas presentes e até frequentes na sociedade brasileira. E com o avançar do século XIX o movimento abolicionista ganhou força, apoio popular e atos prol fim da escravidão ganhavam vulto. Associações abolicionistas surgiam em todo o Brasil. Dispositivos legais foram criados, tornando alforria mais acessível a esses escravizados que com o apoio de associações alcançavam a liberdade.Fugas em massa e de grupos menores e até mesmo individuais eram cada vez mais comuns, ao passo que se tornava cada vez mais difícil o resgate desses ex-cativos.Com o passar do tempo o trabalho escravo se tornou insustentável, ainda que desejado por uma poderosa elite oligárquica, e terminou.

ORIENTAÇÕES

  • Tendo em mente que a abolição teve seu fim após muita luta, das mais diversas formas, escolha um evento, ou uma figura marcante e redija uma carta como se estivesse acompanhando o desenrolar desse evento, ou a atividade dessa figura escolhida. Por exemplo: supondo que você tenha escolhido o José do Patrocínio, escreva uma carta como se você estivesse contando a alguém sobre seus discursos inflamados, sobre uma matéria instigante que ele escreveu e sobre a fundação da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão em 1880.

  • A carta deve ser iniciada com o local de onde a pessoa que está enviando escreveu e a data, no canto superior esquerdo; em seguida há o corpo da carta, que é o texto principal, no qual o escritor aborda seu objetivo em si; ao final há uma despedida; e por último a assinatura.

  • Caso a atividade seja feita em grupo, a equipe deve criar um pseudônimo.

APRESENTAÇÃO

Todo ano no dia 13 de maio é comemorado o aniversário da assinatura da Lei Áurea e o fim legal da escravidão no Brasil, em redes sociais pessoas se digladiam sobre a sua importância. A princesa Isabel é sem dúvidas uma figura importante para o fim da escravidão legal no Brasil, afinal de contas ela deu o golpe final na legitimidade da instituição escravista no Brasil.Nas décadas finais do século XIX o trabalho escravo estava enfraquecido, ainda que a elite latifundiária escravista se mantivesse forte e influente.Desde o início do século intelectuais e proeminentes figuras políticas tinham projetos de nação que visavam o fim da escravidão, somado a isso a Inglaterra pressionava o Brasil pelo fim do regime de trabalho escravo no Brasil. Após a proibição do tráfico Atlântico em 1850 o ter um escravo se tornou caro e cada vez menos a mão de obra cativa era empregada por setores empobrecidos e médios.Junto a essa conjuntura que se formava a formação de quilombos, levantes e revoltas eram coisas presentes e até frequentes na sociedade brasileira. E com o avançar do século XIX o movimento abolicionista ganhou força, apoio popular e atos prol fim da escravidão ganhavam vulto. Associações abolicionistas surgiam em todo o Brasil. Dispositivos legais foram criados, tornando alforria mais acessível a esses escravizados que com o apoio de associações alcançavam a liberdade.Fugas em massa e de grupos menores e até mesmo individuais eram cada vez mais comuns, ao passo que se tornava cada vez mais difícil o resgate desses ex-cativos.Com o passar do tempo o trabalho escravo se tornou insustentável, ainda que desejado por uma poderosa elite oligárquica, e terminou.

ORIENTAÇÕES

  • Tendo em mente que a abolição teve seu fim após muita luta, das mais diversas formas, escolha um evento, ou uma figura marcante e redija uma carta como se estivesse acompanhando o desenrolar desse evento, ou a atividade dessa figura escolhida. Por exemplo: supondo que você tenha escolhido o José do Patrocínio, escreva uma carta como se você estivesse contando a alguém sobre seus discursos inflamados, sobre uma matéria instigante que ele escreveu e sobre a fundação da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão em 1880.

  • A carta deve ser iniciada com o local de onde a pessoa que está enviando escreveu e a data, no canto superior esquerdo; em seguida há o corpo da carta, que é o texto principal, no qual o escritor aborda seu objetivo em si; ao final há uma despedida; e por último a assinatura.

  • Caso a atividade seja feita em grupo, a equipe deve criar um pseudônimo.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOFazer com que os estudantes compreendam que a abolição não veio como uma benesse instituída pela família imperial e elites esclarecidas, mas sim através de um processo histórico, com lutas protagonizadas por uma população negra.REFERÊNCIASCHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 32-115; 218-313.Albuquerque, Wlamyra R. de. Umas histórias do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais. p. 143-199.

APRESENTAÇÃO

O tráfico de escravizados envolvia uma estrutura extremamente complexa distribuída por todo o país. O Brasil possui diversos lugares que são considerados de forte memória do tráfico e do período da escravidão, já que, estima-se que tenha recebido milhões de escravizados entre os séculos XVI e XIX. Montamos essa atividade para trabalhar essa extensa dimensão do tráfico no Brasil.

ORIENTAÇÕES

A atividade consiste na montagem de um infográfico ou infomapa que trace uma rota da trajetória dos escravizados vindos para o Brasil. Pense nele como uma espécie de panfleto informativo, por isso, ele precisa possuir uma forte identidade visual (que chame atenção).Pesquise sobre os chamados lugares de memória que se conectam ao tráfico e a história dos africanos escravizados no Brasil. Para facilitar vamos dividi-los em: portos de chegada; locais de quarentena e venda; trabalho e cotidiano; quilombos; igrejas e irmandades; casas, terreiros de candomblés.Pense em um título para o seu material.Utilize imagens (podem ser desenhos, recortes, ou imagens retiradas da internet) para representar os locais que você escolheu. E disponha-os no seu panfleto de forma que faça sentido. Lembrando que essa distribuição não precisa ser linear, já que, nem todos as pessoas que chegavam aqui iam exercer as mesmas funções nos mesmos locais.Para complementar o sentido do seu trabalho, essas imagens precisam estar acompanhadas de um pequeno texto que contenha alguns detalhes sobre o local e que explique a sua função para a época.Para te ajudar a produzir o seu material, seguem algumas referências que podem ajudá-lo no processo criativo.

APRESENTAÇÃO

Ao contrário do que se imagina, devido à História ser muito centrada no modelo da Europa, o continente africano era politicamente articulado e possuía uma enorme diversidade cultural dentre os países e grupos étnicos que, inclusive, veio para o Brasil junto com os africanos escravizados. Ou seja, há muitas Histórias, majoritariamente por nós desconhecidas, que antecedem o tráfico de escravizados. Mas através de vestígios históricos podemos contá-las.

ORIENTAÇÕES

Através do link disponibilizado abaixo você poderá fazer uma visita virtual ao Museu Afro Brasil (localizado em São Paulo, no parque Ibirapuera) pela plataforma Google Arts & Culture que contém um grande acervo sobre a cultura afro brasileira.

Através do link disponibilizado abaixo você poderá acessar a exposição virtual “Kumbukumbu: cultura africana” do Museu Nacional, do Rio de Janeiro. pela plataforma Google Arts & Culture.

Escolha alguma peça (disponível nas exposições dos links informados ou outra de sua preferência) e pesquise sobre, indicando dados como o seu local de origem, seu significado e/ou função utilitária original, etc.Crie uma história (escrita e/ou ilustrada) que envolva o objeto que você escolheu. Essa história deve conter título, cenário, personagens e um enredo que protagonize sua obra. Lembre-se que o nosso tema é o tráfico e História dos africanos escravizados no Brasil, então sua narrativa não pode fugir a esse assunto.Apresente aos seus colegas a história que você conseguiu recriar a partir do significado da obra escolhida.

APRESENTAÇÃO

Existem alguns elementos que fazem parte da memória do período da escravidão no Brasil. O chamado Navio Negreiro, embarcação que transportava os africanos escravizados nas longas viagens pelo oceano atlântico, certamente é um desses que apresenta forte simbolismo. Sendo assim, o Navio Negreiro carrega significativamente, de fato, toda a violência envolvida no tráfico de escravizados. Entretanto, há algumas outras dimensões nesses elementos da escravização que não são tradicionalmente exploradas. Nosso objetivo com essa atividade é demonstrá-las.

ORIENTAÇÕES

Clique no link abaixo e poderá ver uma simulação em 3D de um Navio Escravagista desenvolvido pelos criadores do Slave Voyage: The Trans-Atlantic Slave Trade Database (Banco de Dados do Tráfico Transatlântico de Escravizados).

Observação: Infelizmente, o vídeo da simulação em 3D se encontra disponível apenas com áudio e legenda em inglês e como não é possível fazer download do material não conseguimos legendá-lo. Mas, fornecemos a legenda no documento/página ao lado que pode auxiliar na compreensão do vídeo. Sobretudo, esta etapa cumpre mais um papel informativo, não sendo completamente essencial para a realização da atividade.Leia o trecho do poema “O navio negreiro” de Castro Alves"Era um sonho dantesco!... o tombadilho,
que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar!...
Tinir de ferros, estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!”

Observe a foto do carro alegórico “Dragão do Mar de Aracati” do desfile de 2019 da escola de samba Mangueira (RJ).

A escola homenageou Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, jangadeiro Cearense que atuou contra o tráfico de escravizados no Brasil. Além disso, o carro trouxe um símbolo tradicional abordando uma nova perspectiva, já que, coloca o navio como recipiente de toda cultura africana que veio junto dos africanos escravizados para o Brasil.Para saber mais sobre o dragão do mar acesse o site:

Pesquise sobre outros elementos (por exemplo, a senzala) e traga pelo menos um que esteja relacionado ao período do tráfico de escravizados e da escravidão no Brasil cuja memória pode ser ressignificada, isto é, pensada de outra forma ou perspectiva. (Caso tenha muita dificuldade peça ajuda ao seu professor ou utilize a figura do navio negreiro dada como exemplo na etapa anterior).Escreva um poema ou uma música que contenha uma dimensão histórica diferente da qual aprendemos tradicionalmente que envolve o elemento que você escolheu.O trabalho de escrita da etapa anterior pode ser uma criação completamente autoral ou a releitura de uma obra já existente. Por exemplo, você poderia utilizar a estrutura do poema de Castro Alves para produzir o seu, mas também pode pesquisar por outros materiais para utilizar como base. Seu professor te auxiliará nesse processo.

APRESENTAÇÃO

Existem alguns elementos que fazem parte da memória do período da escravidão no Brasil. O chamado Navio Negreiro, embarcação que transportava os africanos escravizados nas longas viagens pelo oceano atlântico, certamente é um desses que apresenta forte simbolismo. Sendo assim, o Navio Negreiro carrega significativamente, de fato, toda a violência envolvida no tráfico de escravizados. Entretanto, há algumas outras dimensões nesses elementos da escravização que não são tradicionalmente exploradas. Nosso objetivo com essa atividade é demonstrá-las.

ORIENTAÇÕES

Clique no link abaixo e poderá ver uma simulação em 3D de um Navio Escravagista desenvolvido pelos criadores do Slave Voyage: The Trans-Atlantic Slave Trade Database (Banco de Dados do Tráfico Transatlântico de Escravizados).

Observação: Infelizmente, o vídeo da simulação em 3D se encontra disponível apenas com áudio e legenda em inglês e como não é possível fazer download do material não conseguimos legendá-lo. Mas, fornecemos a legenda no documento/página ao lado que pode auxiliar na compreensão do vídeo. Sobretudo, esta etapa cumpre mais um papel informativo, não sendo completamente essencial para a realização da atividade.Leia o trecho do poema “O navio negreiro” de Castro Alves"Era um sonho dantesco!... o tombadilho,
que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar!...
Tinir de ferros, estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!”

Observe a foto do carro alegórico “Dragão do Mar de Aracati” do desfile de 2019 da escola de samba Mangueira (RJ).

A escola homenageou Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, jangadeiro Cearense que atuou contra o tráfico de escravizados no Brasil. Além disso, o carro trouxe um símbolo tradicional abordando uma nova perspectiva, já que, coloca o navio como recipiente de toda cultura africana que veio junto dos africanos escravizados para o Brasil.Para saber mais sobre o dragão do mar acesse o site:

Pesquise sobre outros elementos (por exemplo, a senzala) e traga pelo menos um que esteja relacionado ao período do tráfico de escravizados e da escravidão no Brasil cuja memória pode ser ressignificada, isto é, pensada de outra forma ou perspectiva. (Caso tenha muita dificuldade peça ajuda ao seu professor ou utilize a figura do navio negreiro dada como exemplo na etapa anterior).Escreva um poema ou uma música que contenha uma dimensão histórica diferente da qual aprendemos tradicionalmente que envolve o elemento que você escolheu.O trabalho de escrita da etapa anterior pode ser uma criação completamente autoral ou a releitura de uma obra já existente. Por exemplo, você poderia utilizar a estrutura do poema de Castro Alves para produzir o seu, mas também pode pesquisar por outros materiais para utilizar como base. Seu professor te auxiliará nesse processo.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOSTrabalhar a memória da escravidão a partir de outras perspectivas para, assim, demonstrar aos alunos que não existe uma história única.CONCEITOSEscravização negra, construção da memória histórica.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOA proposta é que os alunos escolham um elemento e sigam a mesma linha exemplificada pelo desfile de escola Mangueira no carnaval de 2019. Ou seja, que façam um trabalho de ressignificação da memória tradicional.Elementos que podem ser sugeridos: A senzala, o quilombo, a figura da Ama de Leite, e elementos relacionados.

APRESENTAÇÃO

Ao contrário do que se imagina, devido à História ser muito centrada no modelo da Europa, o continente africano era politicamente articulado e possuía uma enorme diversidade cultural dentre os países e grupos étnicos que, inclusive, veio para o Brasil junto com os africanos escravizados. Ou seja, há muitas Histórias, majoritariamente por nós desconhecidas, que antecedem o tráfico de escravizados. Mas através de vestígios históricos podemos contá-las.

ORIENTAÇÕES

Através do link disponibilizado abaixo você poderá fazer uma visita virtual ao Museu Afro Brasil (localizado em São Paulo, no parque Ibirapuera) pela plataforma Google Arts & Culture que contém um grande acervo sobre a cultura afro brasileira.

Através do link disponibilizado abaixo você poderá acessar a exposição virtual “Kumbukumbu: cultura africana” do Museu Nacional, do Rio de Janeiro. pela plataforma Google Arts & Culture.

Escolha alguma peça (disponível nas exposições dos links informados ou outra de sua preferência) e pesquise sobre, indicando dados como o seu local de origem, seu significado e/ou função utilitária original, etc.Crie uma história (escrita e/ou ilustrada) que envolva o objeto que você escolheu. Essa história deve conter título, cenário, personagens e um enredo que protagonize sua obra. Lembre-se que o nosso tema é o tráfico e História dos africanos escravizados no Brasil, então sua narrativa não pode fugir a esse assunto.Apresente aos seus colegas a história que você conseguiu recriar a partir do significado da obra escolhida.

GUA DO PROFESSOR

OBJETIVOSTrabalhar a memória da escravidão a partir do assertiva de que a História dos negros e africanos escravizados no Brasil não se resumem a escravidão, pois há muita História que a antece. Sendo assim, demonstrar aos alunos que essas histórias precisam ser contadas e valorizadas.CONCEITOSEscravização, construção da memória histórica, valorização da cultura africana e afrobrasileira.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOPropomos a escrita de uma história, mas o professor pode adaptar esse formato ao que julga ser mais interessante ao perfil dos seus alunos.

APRESENTAÇÃO

O tráfico de escravizados envolvia uma estrutura extremamente complexa distribuída por todo o país. O Brasil possui diversos lugares que são considerados de forte memória do tráfico e do período da escravidão, já que, estima-se que tenha recebido milhões de escravizados entre os séculos XVI e XIX. Montamos essa atividade para trabalhar essa extensa dimensão do tráfico no Brasil.

ORIENTAÇÕES

A atividade consiste na montagem de um infográfico ou infomapa que trace uma rota da trajetória dos escravizados vindos para o Brasil. Pense nele como uma espécie de panfleto informativo, por isso, ele precisa possuir uma forte identidade visual (que chame atenção).Pesquise sobre os chamados lugares de memória que se conectam ao tráfico e a história dos africanos escravizados no Brasil. Para facilitar vamos dividi-los em: portos de chegada; locais de quarentena e venda; trabalho e cotidiano; quilombos; igrejas e irmandades; casas, terreiros de candomblés.Pense em um título para o seu material.Utilize imagens (podem ser desenhos, recortes, ou imagens retiradas da internet) para representar os locais que você escolheu. E disponha-os no seu panfleto de forma que faça sentido. Lembrando que essa distribuição não precisa ser linear, já que, nem todos as pessoas que chegavam aqui iam exercer as mesmas funções nos mesmos locais.Para complementar o sentido do seu trabalho, essas imagens precisam estar acompanhadas de um pequeno texto que contenha alguns detalhes sobre o local e que explique a sua função para a época.Para te ajudar a produzir o seu material, seguem algumas referências que podem ajudá-lo no processo criativo.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOSTrabalhar a memória da escravidão a partir da exploração da extenção do tráfico de escravizados marcado nos chamados lugares de memória.
Mostrar a complexidade do tráfico de escravizados e apresentar aos alunos lugares que são importantes para a História da escravidão no Brasil e que são, muitas vezes, desconhecidos.
**CONCEITOS** escravização, construção da memória histórica da escravidão, lugares de memóra.ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOO que chamamos de lugar de memória são os locais que os escravizados percorreram de sua chegada no Brasil até a liberdade (entendida aqui principalmente pelos processos autônomos de resistência e não somente pela abolição formal em 1888). Dito isso, a proposta é que os alunos pesquisem esses lugares e tracem uma rota dos possíveis caminhos dos escravizados no Brasil. Ou seja, que produzam uma espécie de mapa ilustrado que represente essa rede do tráfico de escravizados.Nas instruções da atividade dividimos os lugares de memória em algumas categorias: portos de chegada; locais de quarentena e venda; trabalho e cotidiano; quilombos; igrejas e irmandades; casas, terreiros e candomblés. Embora seja mais interessante, o aluno não necessariamente precisa montar uma rede que envolva todos os pontos sugeridos. Essa orientação tem por finalidade, sobretudo, fornecer um apoio para que saibam por onde começar a pesquisar.Você, professor, pode limitar as pesquisas por região, por exemplo, trabalhar somente com os locais de memória do tráfico de escravizados no Rio de Janeiro ou permitir que os alunos montem uma rede que se articule entre os Estados brasileiros.A produção do material pode ser feita manualmente através de desenhos e/ou colagens ou digitalmente para os alunos que possuírem recursos.

APRESENTAÇÃO

O período em que a Ditadura civil-militar ficou vigente no Brasil foi repleto de repressão física, censura e autoritarismo, a busca por legitimação do regime implicou diretamente em silenciar e marginalizar vozes contrárias ao governo. Entretanto músicos, escritores e atores encontram através da sua arte uma forma de superar a censura visando assim externar a insatisfação individual e coletiva acerca do governo ditatorial, portanto essas questões tem como objetivo demonstrar o descontentamento e resistência de uma grande parte da população ao governo militar.

  • Leia os trechos musicais abaixo e faça o que se pede

Apesar de você, Chico Buarque, 1970

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Cálice, Gilberto Gil e Chico Buarque, 1978

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

ORIENTAÇÕES

A.1) O compositor ao escrever sua música ele coloca muito de si na composição, expressa seus desejos, frustrações e angústias. Nas canções acima esta fórmula mesmo que implícita se manteve, portanto através das músicas “Apesar de Você” e “Cálice” podemos entender o contexto em que os músicas e grande parte da sociedade brasileira se encontra, neste caso leia os fragmentos das músicas citadas, encontre as características atuais do Brasil retratadas nas músicas:

B.1) Ambas as músicas foram feitas na década de 1970, as duas transmitem a angustia, medo, apreensão mas sobretudo o desejo de mudança. Portanto quais “Spoilers vocês do futuro” dariam para esses músicos com intuito de incentivá-los a manter convictos no seu propósito:

A.1) Descreva cada imagem:
A.2) Observe as imagens e pontue sua relação e semelhanças:
A.3) Tendo como base as duas músicas acima escolha versos que tenham alguma relação com as imagens apresentadas na atividade 2, após justifique esta relação:

3) Como podemos perceber o direito de livre expressão foi ameaçado durante no período da ditadura e devido à luta incessante de uma parte da população hoje ainda mantemos esse direito. Assim como o Chico Buarque e Gilberto Gil pense em algum aspecto do nosso cotidiano que não te agrade, e o expresse de maneira subliminar, isto pode ser feito através de desenho, texto, música, poesia, meme, ou seja, de acordo com a sua criatividade. Feito isso compartilhe com a turma o seu questionamento oculto e os ajude a descobrir o que se trata seu questionamento

APRESENTAÇÃO

O período em que a Ditadura civil-militar ficou vigente no Brasil foi repleto de repressão física, censura e autoritarismo, a busca por legitimação do regime implicou diretamente em silenciar e marginalizar vozes contrárias ao governo. Entretanto músicos, escritores e atores encontram através da sua arte uma forma de superar a censura visando assim externar a insatisfação individual e coletiva acerca do governo ditatorial, portanto essas questões tem como objetivo demonstrar o descontentamento e resistência de uma grande parte da população ao governo militar.

  • Leia os trechos musicais abaixo e faça o que se pede

Apesar de você, Chico Buarque, 1970

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Cálice, Gilberto Gil e Chico Buarque, 1978

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

ORIENTAÇÕES

A.1) O compositor ao escrever sua música ele coloca muito de si na composição, expressa seus desejos, frustrações e angústias. Nas canções acima esta fórmula mesmo que implícita se manteve, portanto através das músicas “Apesar de Você” e “Cálice” podemos entender o contexto em que os músicas e grande parte da sociedade brasileira se encontra, neste caso leia os fragmentos das músicas citadas, encontre as características atuais do Brasil retratadas nas músicas:

B.1) Ambas as músicas foram feitas na década de 1970, as duas transmitem a angustia, medo, apreensão mas sobretudo o desejo de mudança. Portanto quais “Spoilers vocês do futuro” dariam para esses músicos com intuito de incentivá-los a manter convictos no seu propósito:

A.1) Descreva cada imagem:
A.2) Observe as imagens e pontue sua relação e semelhanças:
A.3) Tendo como base as duas músicas acima escolha versos que tenham alguma relação com as imagens apresentadas na atividade 2, após justifique esta relação:

3) Como podemos perceber o direito de livre expressão foi ameaçado durante no período da ditadura e devido à luta incessante de uma parte da população hoje ainda mantemos esse direito. Assim como o Chico Buarque e Gilberto Gil pense em algum aspecto do nosso cotidiano que não te agrade, e o expresse de maneira subliminar, isto pode ser feito através de desenho, texto, música, poesia, meme, ou seja, de acordo com a sua criatividade. Feito isso compartilhe com a turma o seu questionamento oculto e os ajude a descobrir o que se trata seu questionamento

ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR

APRESENTAÇÃO
O período em que a ditadura ficou vigente no Brasil foi repleto de repressão física, censura e autoritarismo, a busca por legitimação do regime implicou diretamente em silenciar e marginalizar vozes contrárias ao governo. Entretanto músicos, escritores e atores encontram através da sua arte uma forma de superar a censura para demonstrar a insatisfação individual e coletiva acerca do governo ditatorial, portanto nessas questões tem como objetivo explicitar a insatisfação popular e sobretudo o desejo do “amanhã ser um novo dia”
OBJETIVOS
O intuito das questões é fazer com que os alunos percebam o descontentamento de uma parte da população acerca da ditadura militar. Por outro lado demonstrar como a censura e o autoritarismo influenciavam o cotidiano das pessoas na ditadura musical. Portanto o material explicita como as insatisfações sociais eram expressadas e que a sociedade embora pareça pacífica e contente com o regime, internamente resistia e tentava incessantemente romper os laços opressivos.

Explicando as músicas

O período em que a ditadura ficou vigente no Brasil foi repleto de repressão física, censura e autoritarismo, a busca por legitimação do regime implicou diretamente em silenciar e marginalizar vozes contrárias ao governo. Entretanto músicos, escritores e atores encontram através da sua arte uma forma de superar a censura para demonstrar a insatisfação individual e coletiva acerca do governo ditatorial, portanto nessas questões tem como objetivo explicitar a insatisfação popular e sobretudo o desejo do “amanhã ser um novo dia”

Gilberto Gil e Chico Buarque em “Cálice” mantém implicitamente as suas críticas com intuito de conseguir driblar a censura. O verso (Pai, afasta de mim esse cálice) expressa o desejo de livre expressão. Outro questionamento feito na música se torna sobre o silêncio imposto pelo governo, portanto o silenciamento das torturas, perseguições legitimadas em nome da ordem (Como é difícil acordar calado/ Se na calada da noite eu me dano/ Quero lançar um grito desumano/ Que é uma maneira de ser escutado). Todavia mesmo o país passando por essa situação os autores da música acreditava no fim do regime, acreditavam que um dia o Brasil iria se despertar e romper essa realidade (Na arquibancada pra a qualquer momento/ Ver emergir o monstro da lagoa).

REFERÊNCIASMAIA, Adriana Valério. A música popular brasileira e a ditadura militar: vozes de coragem como manifestações de enfrentamento aos instrumentos de repressão. 2015. 13 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2015.Ana Cláudia de Moraes Salles, Sentidos e sujeitos cambiantes: ditadura militar e censura na
Música popular brasileira, Revista Ao Pé da Letra, versão online - ISSN 1984 – 7408

APRESENTAÇÃO

A presente atividade tem a intenção de lidar com a relação entre presente e passado a partir das questões religiosas na América Portuguesa, expondo como os mecanismos utilizados pela Igreja Católica serviram não só para a disseminação de seu poder na época, mas também como o fez para demonizar religiões tanto de matriz africana quanto de povos nativos, os impedindo de professar livremente a sua fé -utilizando meios para a sua resistência e sobrevivência- colaborando para a difusão da intolerância religiosa presente até os dias de hoje. Esta atividade será realizada em duas etapas, utilizando fontes escritas e iconográficas para que se possa refletir sobre a sistematização da intolerância religiosa. Como a atividade visa trabalhar com o passado e o presente, esta primeira etapa irá versar, sobretudo questões envolvendo as religiosidades no período colonial, para que na segunda etapa, as reflexões com relação ao presente possam ser realizadas.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1

Questão 1:Com a ajuda de seu professor, faça uma análise de um dos quadros mais conhecidos da história brasileira apresentado abaixo, “A primeira missa no Brasil”, pintada por Victor Meirelles na segunda metade do século XIX, observando com atenção os diversos traços expostos pelo artista e a intenção do que o quadro pretende passar para aqueles que o observa, refletindo a partir deste sobre como se deu a conquista portuguesa. Após esse processo, apresente pinturas que também tratam sobre a religiosidade no período colonial, acerca de povos nativos, de matriz africana, ou até mesmo com relação ao catolicismo, mostrando como foi importante para a sistematização de seu poder e também para o desdobramento da intolerância religiosa a partir das “demonizações” de outras culturas, proibições, dentre outros.

MEIRELLES, Victor. Primeira Missa no Brasil. Óleo sobre tela, Museu Nacional de Belas Artes, 268 x 356.

Questão 2:A seguir, leia o trecho de uma das cartas de Manuel da Nóbrega ao P. Simão Rodrigues:“Muito desejosos estamos já todos de ir descobrir o sertão, porque nos diz o espírito que está lá grande tesouro de almas, e a nenhuma parte poderemos ir que não haja melhor disposição, para fazer cristãos, que nas Capitanias, por quanto mal têm estas de perto conhecido dos homens brancos, os quais nos não crerão to- . talmente senão com o tempo, depois de muito experimentada nossa verdade e vida. E ainda que as novas que temos dos gentios nos alvoroçam muito, dilatamos a ida até agora, por causa destas casas dos meninos, que queríamos deixar bem começadas, e em que fique fundamento da Companhia, se porventura nos matarem e nos comerem a todos os que formos.”

Após a leitura do trecho e da compreensão acerca do que foram e como funcionavam as missões jesuíticas na América Portuguesa, pesquise outras cartas que exponham este processo ou parte deles (os quais diversas podem ser acessadas pelo link acima), e crie ilustrações, charges ou memes sobre os trechos escolhidos, criticando e retratando este processo que visava, sobretudo a retirada dos povos nativos de sua fé de origem pondo-os na cristandade.

Questão 3:As bolsas de mandinga, que são amuletos ou talismãs vindos da população africana, muito comuns na África ocidental e central, de onde vieram muitos escravos para o Brasil, foram um dos mais populares na diáspora africana. As bolsas eram compostas de pano ou couro, contendo diversos materiais próprios da cultura africana, mas também do catolicismo. Dentro dessas bolsas eram encontradas, por exemplo: pedras, lascas de madeira, raízes, ossos, cabelos, pêlos de animais, penas, pós, hóstias consagradas, pedaços do altar onde se celebra a missa, dentre outros. Claramente, a função das bolsas de mandinga eram mágico-religiosas, e entre muitas se destacam: proporcionar sucessos, proteger contra castigos infligidos dos senhores aos escravos, facilitar a fuga de escravos, proteger contra desgraças. Podia ser usada no pescoço, atado ao braço (esquerdo ou direito, com significados diferentes), atado à cintura ou atravessado sobre o peito. Por conta de sua popularidade, os inquisidores do Santo Ofício classificaram a prática como ocorrência de feitiçaria. Pode-se perceber que na bolsa de mandinga existem tanto traços católicos, quanto das religiões do universo africano, pois houve uma heterogeneidade cultural muito grande na África e no Novo Mundo, onde os escravos reinventavam suas tradições neste último. Estes, estavam abertos à novidades das novas culturas, mas sempre informados pelas orientações cognitivas vindas da África. Os negros ressignificaram os objetos cristãos mágico-religiosos, guiados pelas suas culturas de origem, indo em busca da proteção do mundo sobrenatural através das bolsas de mandinga e principalmente para problemas deste mundo.

Diante da breve apresentação sobre o que eram as bolsas de mandinga e seus usos, pode-se perceber que há uma combinação de diversos elementos tanto africanos, quanto católicos, que se encaixam na questão do sincretismo religioso, amplamente visto no Brasil Colonial. A partir disso, faça um cartaz apresentando algum tipo de sincretismo presente na América Portuguesa, expondo como foram importantes para a conservação e resistência cultural dos indivíduos que o realizavam. Os alunos podem escolher fazer sobre alguma doutrina, ritual ou objetos mágico-religiosos, como é o caso da bolsa de mandinga. Será necessário apresentar o tema explicando como se dava o processo das doutrinas ou rituais; se for um objeto explicar o que era e como se dava sua utilização. É importante colocar imagens caso as encontre. Se ainda estiver presente nos dias de hoje.

ETAPA 2

A partir de tudo que foi visto até aqui, se torna claro que a intolerância religiosa ainda se faz muito presente na sociedade. Mesmo que o país seja considerado laico, pode-se perceber que na prática as liberdades não são as mesmas para as diversas religiões que integram a sociedade brasileira. Diante disso, faça o que se pede:

  • 1. Crie um poema, música (neste caso podendo usar outra como base) ou desenho, se manifestando artisticamente sobre a importância do direito de cada um professar livremente a sua fé, sem nenhum tipo de constrangimento e/ou violência, expondo a diversidade existente em nosso país, sobretudo com relação a questão das religiões, e como este processo é importante para que haja um exercício efetivo da cidadania.

  • 2. Pesquise algum caso de intolerância religiosa em jornais, manchetes ou até mesmo com algum conhecido que já tenha passado por isso, refletindo como a intolerância religiosa ainda é uma questão que precisa ser combatida e pensada. Após isso, apresente sua pesquisa em sala, para que um debate em torno de todas essas questões acerca da intolerância religiosa vistas até aqui possa ser feito com seus colegas e professor.

GUIA DO PROFESSOR

Objetivos: O presente trabalho tem a intenção de lidar com a relação entre presente e passado a partir das questões religiosas na América Portuguesa, expondo como os mecanismos utilizados pela Igreja Católica serviram não só para a disseminação de seu poder na época, mas também como o fez para demonizar religiões tanto de matriz africana quanto de povos nativos, os impedindo de professar livremente a sua fé -utilizando meios para a sua resistência e sobrevivência- colaborando para a difusão da intolerância religiosa presente até os dias de hoje. Esta atividade será realizada em duas etapas, utilizando fontes escritas e iconográficas para que se possa refletir sobre a sistematização da intolerância religiosa.Conceitos: Sincretismo religioso - Racismo religioso – Intolerância religiosa – Laicidade - cidadaniaReflexões: como a atividade possui o objetivo de trabalhar com a relação entre passado e presente, torna-se importante o professor trazer a todo momento as reverberações impostas desde a época colonial até os dias de hoje. É necessário que o professor exponha e leve os alunos a refletirem como a intolerância religiosa vem atrelada ao racismo, e suas consequências para a sociedade brasileira atual, para religiões de matriz africana e indígenas. Explicitando a questão da alteridade, da diversidade cultural e do respeito ao próximo para que o exercício da cidadania e da laicidade do Estado seja efetiva.
Orientações de execução: por ser uma atividade que demanda tempo, pesquisa, dedicação, é sugerido que a mesma seja realizada em dias diferentes.
Primeira Etapa: A primeira etapa foi feita para que os alunos possam entender como funcionava o processo de cristianização dos indígenas e o controle da igreja católica naquele meio, onde mesmo após séculos, houve a construção de uma narrativa como se o processo tivesse sido pacífico. Expondo também como tanto indígenas quanto africanos resistiram a esses processos, fortalecendo os seus traços culturais.Questão 1: nesta questão cabe ao professor levar os alunos a observarem e refletirem sobre o quadro, o criticando a partir de todos os elementos presentes, como os indígenas na periferia da imagem, atentos de forma passiva a missa, dentre outros pontos os desmistificando e a partir do quadro trazer a realidade de como a conquista portuguesa não foi dada de forma passiva, mas sim através do derramamento de muito sangue, imposição do catolicismo a estes indivíduos, dentre outros pontos que podem ser vislumbrados no material de apoio abaixo, contextualizando sempre como a questão religiosa era colocada na época colonial. Além disso, é importante mostrar a intenção da criação do quadro, pois mesmo que retrate o período colonial, o mesmo foi feito na época do império, com objetivos próprios. A ideia desta atividade, é algo dinâmico, feito com a sala inteira, onde logo após os alunos irão em busca de outras pinturas que também façam menção ao período e tema trabalhados. São diversos quadros que os alunos podem utilizar para exporem, por exemplo, a presença do catolicismo, sua influência e poder em terras coloniais, como por exemplo: “Imaculada Conceição”, de João Nepomuceno Correia e Castro; “Glorificação de São Francisco”, de Caetano da Costa Coelho; dentre outros.

REFERÊNCIA

Questão 2: Após a questão de número 1, que trata desde o início da presença católica no Brasil, e de como queria-se criar um imaginário, uma identidade para a nação através dessa ideia de uma “conquista pacífica”, esta próxima questão vai mais a fundo buscando entender como essa presença religiosa portuguesa se dava, como eles iam nos “sertões” (interior) a procura destes povos a fim de tirá-los da fé que possuíam os colocando na cristandade, tornando-se claro a partir do trecho mencionado, onde o professor irá contextualizar todo este processo para os alunos. Após isso, eles irão procurar outras cartas que tratam deste processo, criando charges, ilustrações ou memes, os criticando e expondo tudo que aprenderam sobre o tema até então.

REFERÊNCIA

Questão 3: Na questão de número 3, para além dos processos violentos sofridos pelos povos indígenas, a mesma tem a intenção de dar um panorama acerca do sincretismo religioso -explicado pelo professor- muito presente no Brasil Colonial a partir do exemplo das bolsas de mandinga. Diante disso, os alunos iriam fazer um cartaz pesquisando algum tipo de sincretismo religioso no Brasil Colonial, os quais podem ser com relação às doutrinas, rituais ou objetos mágico-religiosos, como é o caso da bolsa de mandinga.

REFERÊNCIA

ETAPA 2: depois de tudo o que foi visto, a ideia desta etapa é dar um panorama de como a discriminação com pessoas de diversas religiões no Brasil continua a existir. Compreendendo como a intolerância religiosa foi se adaptando ao longo do tempo e se manifesta de diferentes formas, muitas vezes ainda violentas.

  • 1. Nesta questão os alunos estarão livres para se manifestarem artisticamente acerca do direito dos cidadãos professarem a sua fé sem nenhum tipo de constrangimento. É sugerido ao professor explicar o que é cidadania, e como o respeito à diversidade e a alteridade são pontos importantes para que esta possa se dar de forma efetiva em nossa sociedade.

  • 2. No final, para que os alunos possam refletir sobre as ocorrências da intolerância religiosa, é sugerido que eles façam a pesquisa, observando como a violência ainda ocorre nos dias de hoje. A intenção desta questão engloba mais um debate feito com a sala, onde os alunos podem expor suas observações e perspectivas sobre o assunto a partir de tudo que foi visto, mostrando como a intolerância religiosa ainda é uma questão que necessita ser debatida e combatida, para que a cidadania possa ser realmente exercida.

ORIENTAÇÕES

A presente atividade tem a intenção de lidar com a relação entre presente e passado a partir das questões religiosas na América Portuguesa, expondo como os mecanismos utilizados pela Igreja Católica serviram não só para a disseminação de seu poder na época, mas também como o fez para demonizar religiões tanto de matriz africana quanto de povos nativos, os impedindo de professar livremente a sua fé -utilizando meios para a sua resistência e sobrevivência- colaborando para a difusão da intolerância religiosa presente até os dias de hoje. Esta atividade será realizada em duas etapas, utilizando fontes escritas e iconográficas para que se possa refletir sobre a sistematização da intolerância religiosa. Como a atividade visa trabalhar com o passado e o presente, esta primeira etapa irá versar, sobretudo questões envolvendo as religiosidades no período colonial, para que na segunda etapa, as reflexões com relação ao presente possam ser realizadas.

APRESENTAÇÃO

ETAPA 1

Questão 1:Com a ajuda de seu professor, faça uma análise de um dos quadros mais conhecidos da história brasileira apresentado abaixo, “A primeira missa no Brasil”, pintada por Victor Meirelles na segunda metade do século XIX, observando com atenção os diversos traços expostos pelo artista e a intenção do que o quadro pretende passar para aqueles que o observa, refletindo a partir deste sobre como se deu a conquista portuguesa. Após esse processo, apresente pinturas que também tratam sobre a religiosidade no período colonial, acerca de povos nativos, de matriz africana, ou até mesmo com relação ao catolicismo, mostrando como foi importante para a sistematização de seu poder e também para o desdobramento da intolerância religiosa a partir das “demonizações” de outras culturas, proibições, dentre outros.

MEIRELLES, Victor. Primeira Missa no Brasil. Óleo sobre tela, Museu Nacional de Belas Artes, 268 x 356.

Questão 2:A seguir, leia o trecho de uma das cartas de Manuel da Nóbrega ao P. Simão Rodrigues:“Muito desejosos estamos já todos de ir descobrir o sertão, porque nos diz o espírito que está lá grande tesouro de almas, e a nenhuma parte poderemos ir que não haja melhor disposição, para fazer cristãos, que nas Capitanias, por quanto mal têm estas de perto conhecido dos homens brancos, os quais nos não crerão to- . talmente senão com o tempo, depois de muito experimentada nossa verdade e vida. E ainda que as novas que temos dos gentios nos alvoroçam muito, dilatamos a ida até agora, por causa destas casas dos meninos, que queríamos deixar bem começadas, e em que fique fundamento da Companhia, se porventura nos matarem e nos comerem a todos os que formos.”

Após a leitura do trecho e da compreensão acerca do que foram e como funcionavam as missões jesuíticas na América Portuguesa, pesquise outras cartas que exponham este processo ou parte deles (os quais diversas podem ser acessadas pelo link acima), e crie ilustrações, charges ou memes sobre os trechos escolhidos, criticando e retratando este processo que visava, sobretudo a retirada dos povos nativos de sua fé de origem pondo-os na cristandade.

Questão 3:As bolsas de mandinga, que são amuletos ou talismãs vindos da população africana, muito comuns na África ocidental e central, de onde vieram muitos escravos para o Brasil, foram um dos mais populares na diáspora africana. As bolsas eram compostas de pano ou couro, contendo diversos materiais próprios da cultura africana, mas também do catolicismo. Dentro dessas bolsas eram encontradas, por exemplo: pedras, lascas de madeira, raízes, ossos, cabelos, pêlos de animais, penas, pós, hóstias consagradas, pedaços do altar onde se celebra a missa, dentre outros. Claramente, a função das bolsas de mandinga eram mágico-religiosas, e entre muitas se destacam: proporcionar sucessos, proteger contra castigos infligidos dos senhores aos escravos, facilitar a fuga de escravos, proteger contra desgraças. Podia ser usada no pescoço, atado ao braço (esquerdo ou direito, com significados diferentes), atado à cintura ou atravessado sobre o peito. Por conta de sua popularidade, os inquisidores do Santo Ofício classificaram a prática como ocorrência de feitiçaria. Pode-se perceber que na bolsa de mandinga existem tanto traços católicos, quanto das religiões do universo africano, pois houve uma heterogeneidade cultural muito grande na África e no Novo Mundo, onde os escravos reinventavam suas tradições neste último. Estes, estavam abertos à novidades das novas culturas, mas sempre informados pelas orientações cognitivas vindas da África. Os negros ressignificaram os objetos cristãos mágico-religiosos, guiados pelas suas culturas de origem, indo em busca da proteção do mundo sobrenatural através das bolsas de mandinga e principalmente para problemas deste mundo.

Diante da breve apresentação sobre o que eram as bolsas de mandinga e seus usos, pode-se perceber que há uma combinação de diversos elementos tanto africanos, quanto católicos, que se encaixam na questão do sincretismo religioso, amplamente visto no Brasil Colonial. A partir disso, faça um cartaz apresentando algum tipo de sincretismo presente na América Portuguesa, expondo como foram importantes para a conservação e resistência cultural dos indivíduos que o realizavam. Os alunos podem escolher fazer sobre alguma doutrina, ritual ou objetos mágico-religiosos, como é o caso da bolsa de mandinga. Será necessário apresentar o tema explicando como se dava o processo das doutrinas ou rituais; se for um objeto explicar o que era e como se dava sua utilização. É importante colocar imagens caso as encontre. Se ainda estiver presente nos dias de hoje.

ETAPA 2

A partir de tudo que foi visto até aqui, se torna claro que a intolerância religiosa ainda se faz muito presente na sociedade. Mesmo que o país seja considerado laico, pode-se perceber que na prática as liberdades não são as mesmas para as diversas religiões que integram a sociedade brasileira. Diante disso, faça o que se pede:

  • 1. Crie um poema, música (neste caso podendo usar outra como base) ou desenho, se manifestando artisticamente sobre a importância do direito de cada um professar livremente a sua fé, sem nenhum tipo de constrangimento e/ou violência, expondo a diversidade existente em nosso país, sobretudo com relação a questão das religiões, e como este processo é importante para que haja um exercício efetivo da cidadania.

  • 2. Pesquise algum caso de intolerância religiosa em jornais, manchetes ou até mesmo com algum conhecido que já tenha passado por isso, refletindo como a intolerância religiosa ainda é uma questão que precisa ser combatida e pensada. Após isso, apresente sua pesquisa em sala, para que um debate em torno de todas essas questões acerca da intolerância religiosa vistas até aqui possa ser feito com seus colegas e professor.

APRESENTAÇÃO

Não é incomum vermos no 13 de maio o culto a Lei Áurea e a princesa Isabel, como a libertadora. Como não é incomum vermos em livros, programas e até em aulas a perpetuação de um movimento abolicionista organizado e perpetrado pelas elites. Todavia essa não é a única versão da abolição, ou a mais correta.Com o passar dos anos e a exploração de novas fontes e metodologias vozes antes silenciadas passaram a ser ouvidas e retratadas, as elites perderam seu local de redentora humanista e o fim da escravidão passou a ser representado como parte de um processo longo e com diversos agentes históricos.
Nas atividades a seguir conheceremos alguns rostos menos conhecidos e relembraremos alguns personagens já vistos.

  • Atividade 01: Perfil histórico das abolições

As redes sociais são cada vez mais presentes em nossa vida e cotidiano, sendo hoje ferramentais de ensino, aprendizagem e ferramenta profissional. Nessa questão vamos fazer uma pequena brincadeira com isso e você(s) terão que preencher os dados do perfil do Historicbook (rede social fantasia) de cada um dos abolicionistas a seguir: Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Luiz Gama e Princesa Isabel:Nome:
Data de nascimento:
Local de nascimento:
Local onde vive:
Instituição de ensino:
Trabalho:

  • Atividade 02: Meme e abolicionistas

Após ter conhecido, sltakeado e preenchido todos os dados referente aos perfis dos abolicionistas no Historicbook, chegou a hora dos memes. Abaixo terão quatro memes um feito pelo Joaquim Nabuco, outro pelo José do Patrocínio, Luiz Gama e pela Princesa Isabel. Nessa questão vocês terão que descobrir o autor de cada meme e explicar o mesmo:

  • Atividade 03: Escreva algo sobre você:

Seja criativo ao preencher o “Escreva algo sobre você”, pense como se você fosse o personagem preenchendo, busque também ser informativo, apresentando alguns dados que você(s) descobriu/descobriram no estudo para preencher esse pequeno formulário. Tente não se alongar muito no texto.

APRESENTAÇÃO

Não é incomum vermos no 13 de maio o culto a Lei Áurea e a princesa Isabel, como a libertadora. Como não é incomum vermos em livros, programas e até em aulas a perpetuação de um movimento abolicionista organizado e perpetrado pelas elites. Todavia essa não é a única versão da abolição, ou a mais correta.Com o passar dos anos e a exploração de novas fontes e metodologias vozes antes silenciadas passaram a ser ouvidas e retratadas, as elites perderam seu local de redentora humanista e o fim da escravidão passou a ser representado como parte de um processo longo e com diversos agentes históricos.
Nas atividades a seguir conheceremos alguns rostos menos conhecidos e relembraremos alguns personagens já vistos.

  • Atividade 01: Perfil histórico das abolições

As redes sociais são cada vez mais presentes em nossa vida e cotidiano, sendo hoje ferramentais de ensino, aprendizagem e ferramenta profissional. Nessa questão vamos fazer uma pequena brincadeira com isso e você(s) terão que preencher os dados do perfil do Historicbook (rede social fantasia) de cada um dos abolicionistas a seguir: Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Luiz Gama e Princesa Isabel:Nome:
Data de nascimento:
Local de nascimento:
Local onde vive:
Instituição de ensino:
Trabalho:

  • Atividade 02: Meme e abolicionistas

Após ter conhecido, sltakeado e preenchido todos os dados referente aos perfis dos abolicionistas no Historicbook, chegou a hora dos memes. Abaixo terão quatro memes um feito pelo Joaquim Nabuco, outro pelo José do Patrocínio, Luiz Gama e pela Princesa Isabel. Nessa questão vocês terão que descobrir o autor de cada meme e explicar o mesmo:

  • Atividade 03: Escreva algo sobre você:

Seja criativo ao preencher o “Escreva algo sobre você”, pense como se você fosse o personagem preenchendo, busque também ser informativo, apresentando alguns dados que você(s) descobriu/descobriram no estudo para preencher esse pequeno formulário. Tente não se alongar muito no texto.

GUIA DO PROFESSOR

APRESENTAÇÃO

A assinatura da Lei Áurea em 13 de Maio de 1888 foi um evento profundamente marcante para a sociedade brasileira. A lei encerrava em definitivo mais de dois séculos de escravidão racial no país. O processo histórico que levou a Lei foi longo e envolveu diversos atores políticos com interesses distintos. Ao longo do Século XIX grupos abolicionistas e elites econômicas que dependiam da mão-de-obra escrava para o lucro (como os cafeicultores) travaram uma grande disputa sobre a questão escravista. Os grupos favoráveis a abolição conseguiram impor algumas vitórias pontuais que antecederam a Lei Áurea, se destacando a Lei Eusébio de Queirós que aboliu o tráfico negreiro (1850); A Lei do Ventre Livre, que libertava todos os filhos de escravizados nascidos após a lei (1871) e a Lei dos Sexagenários, que libertava os escravizados maiores de 60 anos (1885).Contudo, a força dos escravistas postergou ao máximo a abolição definitiva do trabalho escravo no Brasil.A partir do momento da abolição se inicia um processo de disputa sobre a memória deste acontecimento impactante. Embora os efeitos obviamente positivos do fim da escravidão sejam praticamente consensuais, as figuras históricas que protagonizaram o processo, a forma como ocorreram às disputas políticas e as decorrências imediatas do pós-abolição foram analisadas e retratadas de diferentes formas na historiografia, mas também na cultura, construindo diferentes memórias sobre a abolição. Um dos eventos mais importantes da cultura popular brasileira, o desfile das escolas de samba também foi um espaço para esta disputa. Diversos enredos ao longo dos anos trataram a temática com diferentes abordagens, sendo influenciados pelos contextos político e cultural de suas respectivas épocas. Iremos analisar três sambas-enredos, compostos em momentos diferentes para buscar compreender as formas como a abolição foi retratada ao longo do tempo no carnaval.

ORIENTAÇÕES

  • 1) Se reúna em grupo e reflita coletivamente como cada samba retrata a abolição. Em quais sambas é mostrado como um processo pacífico? Em quais o conflito é mostrado? O que acontece após a abolição em cada samba? Como negros e brancos são retratados?

  • 2) Analise as capas de jornais abaixo, focando na manchete principal. Observe que há a manchete em negrito e letras maiores, abaixo o lide com mais algumas informações, e depois um texto menor trazendo um resumo da notícia.

  • 3) A partir de suas reflexões na atividade 1 escolha um dos sambas produza uma manchete de jornal (com lide e resumo) noticiando a abolição da escravidão de acordo com a visão do samba escolhido.

Samba 1
Sublime Pergaminho (Unidos de Lucas 1968)
Compositores: Zeca Melodia, Nilton Russo e Carlinhos Madrugada
Quando o navio negreiro
Transportava negros africanos
Para o rincão brasileiro
Iludidos
Com quinquilharias
Os negros não sabiam
Que era apenas sedução
Pra serem armazenados
E vendidos como escravos
Na mais cruel traição
Formavam irmandades
Em grande união
Daí nasceram festejos
Que alimentavam o desejo
De libertação
Era grande o suplício
Pagavam com sacrifício
A insubordinação
E de repente
Uma lei surgiu
E os filhos dos escravos
Não seriam mais escravos
No Brasil
Mais tarde raiou a liberdade
Pra aqueles que completassem
Sessenta anos de idade
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
"Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão"

Samba 2
Cem anos de liberdade: realidade ou ilusão ? (Mangueira 1988)
Compositores: Hélio Turco, Jurandir, Alvinho

Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a Lei Áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço...
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso Brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei....
Que Zumbi dos Palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor..
Eis a luta do bem contra o mal
Que tanto sangue derramou
Contra o preconceito racial
O negro samba
Negro joga capoeira
Ele é o rei na verde e rosa da Mangueira

Samba 3
Meu Deus, Meu Deus, está extinta a escravidão? (Paraíso do Tuiuti 2018)
Compositores: Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal
Irmão de olho claro ou da guiné
Qual será o seu valor?
Pobre artigo de mercado
Senhor, eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor
Tenho sangue avermelhado
O mesmo que escorre da ferida
Mostra que a vida se lamenta por nós dois
Mas falta em seu peito um coração
Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz
Eu fui mandiga, cambinda, haussá
Fui um rei egbá preso na corrente
Sofri nos braços de um capataz
Morri nos canaviais onde se plantava gente
Ê calunga, ê! Ê calunga!
Preto velho me contou
Preto velho me contou
Onde mora a senhora liberdade
Não tem ferro nem feitor
Amparo do rosário ao negro benedito
Um grito feito pele do tambor
Deu no noticiário, com lágrimas escrito
Um rito, uma luta, um homem de cor
E assim quando a lei foi assinada
Uma lua atordoada assistiu fogos no céu
Áurea feito o ouro da bandeira
Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel
Meu Deus! Meu Deus!
Seu eu chorar não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social
Não sou escravo de nenhum senhor
Meu paraíso é meu bastião
Meu tuiuti o quilombo da favela
É sentinela da libertação

APRESENTAÇÃO

A assinatura da Lei Áurea em 13 de Maio de 1888 foi um evento profundamente marcante para a sociedade brasileira. A lei encerrava em definitivo mais de dois séculos de escravidão racial no país. O processo histórico que levou a Lei foi longo e envolveu diversos atores políticos com interesses distintos. Ao longo do Século XIX grupos abolicionistas e elites econômicas que dependiam da mão-de-obra escrava para o lucro (como os cafeicultores) travaram uma grande disputa sobre a questão escravista. Os grupos favoráveis a abolição conseguiram impor algumas vitórias pontuais que antecederam a Lei Áurea, se destacando a Lei Eusébio de Queirós que aboliu o tráfico negreiro (1850); A Lei do Ventre Livre, que libertava todos os filhos de escravizados nascidos após a lei (1871) e a Lei dos Sexagenários, que libertava os escravizados maiores de 60 anos (1885).Contudo, a força dos escravistas postergou ao máximo a abolição definitiva do trabalho escravo no Brasil.A partir do momento da abolição se inicia um processo de disputa sobre a memória deste acontecimento impactante. Embora os efeitos obviamente positivos do fim da escravidão sejam praticamente consensuais, as figuras históricas que protagonizaram o processo, a forma como ocorreram às disputas políticas e as decorrências imediatas do pós-abolição foram analisadas e retratadas de diferentes formas na historiografia, mas também na cultura, construindo diferentes memórias sobre a abolição. Um dos eventos mais importantes da cultura popular brasileira, o desfile das escolas de samba também foi um espaço para esta disputa. Diversos enredos ao longo dos anos trataram a temática com diferentes abordagens, sendo influenciados pelos contextos político e cultural de suas respectivas épocas. Iremos analisar três sambas-enredos, compostos em momentos diferentes para buscar compreender as formas como a abolição foi retratada ao longo do tempo no carnaval.

ORIENTAÇÕES

  • 1) Se reúna em grupo e reflita coletivamente como cada samba retrata a abolição. Em quais sambas é mostrado como um processo pacífico? Em quais o conflito é mostrado? O que acontece após a abolição em cada samba? Como negros e brancos são retratados?

  • 2) Analise as capas de jornais abaixo, focando na manchete principal. Observe que há a manchete em negrito e letras maiores, abaixo o lide com mais algumas informações, e depois um texto menor trazendo um resumo da notícia.

  • 3) A partir de suas reflexões na atividade 1 escolha um dos sambas produza uma manchete de jornal (com lide e resumo) noticiando a abolição da escravidão de acordo com a visão do samba escolhido.

Samba 1
Sublime Pergaminho (Unidos de Lucas 1968)
Compositores: Zeca Melodia, Nilton Russo e Carlinhos Madrugada
Quando o navio negreiro
Transportava negros africanos
Para o rincão brasileiro
Iludidos
Com quinquilharias
Os negros não sabiam
Que era apenas sedução
Pra serem armazenados
E vendidos como escravos
Na mais cruel traição
Formavam irmandades
Em grande união
Daí nasceram festejos
Que alimentavam o desejo
De libertação
Era grande o suplício
Pagavam com sacrifício
A insubordinação
E de repente
Uma lei surgiu
E os filhos dos escravos
Não seriam mais escravos
No Brasil
Mais tarde raiou a liberdade
Pra aqueles que completassem
Sessenta anos de idade
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
"Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão"

Samba 2
Cem anos de liberdade: realidade ou ilusão ? (Mangueira 1988)
Compositores: Hélio Turco, Jurandir, Alvinho

Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a Lei Áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço...
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso Brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei....
Que Zumbi dos Palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor..
Eis a luta do bem contra o mal
Que tanto sangue derramou
Contra o preconceito racial
O negro samba
Negro joga capoeira
Ele é o rei na verde e rosa da Mangueira

Samba 3
Meu Deus, Meu Deus, está extinta a escravidão? (Paraíso do Tuiuti 2018)
Compositores: Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal
Irmão de olho claro ou da guiné
Qual será o seu valor?
Pobre artigo de mercado
Senhor, eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor
Tenho sangue avermelhado
O mesmo que escorre da ferida
Mostra que a vida se lamenta por nós dois
Mas falta em seu peito um coração
Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz
Eu fui mandiga, cambinda, haussá
Fui um rei egbá preso na corrente
Sofri nos braços de um capataz
Morri nos canaviais onde se plantava gente
Ê calunga, ê! Ê calunga!
Preto velho me contou
Preto velho me contou
Onde mora a senhora liberdade
Não tem ferro nem feitor
Amparo do rosário ao negro benedito
Um grito feito pele do tambor
Deu no noticiário, com lágrimas escrito
Um rito, uma luta, um homem de cor
E assim quando a lei foi assinada
Uma lua atordoada assistiu fogos no céu
Áurea feito o ouro da bandeira
Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel
Meu Deus! Meu Deus!
Seu eu chorar não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social
Não sou escravo de nenhum senhor
Meu paraíso é meu bastião
Meu tuiuti o quilombo da favela
É sentinela da libertação

GUIA DO PROFESSOR

ORIENTAÇÕES

Buscar compreender com os alunos que a memória é uma construção vinculada aos interesses dos grupos sociais envolvidos. Como a memória histórica sobre determinado acontecimento pode se alterar de acordo com as relações socais estabelecidas no presente. Orientar os alunos sobre transmitir as mesmas ideias a partir de diferentes linguagens.Tendo com objetivo trabalhar os conceitos de memória, racismo, apagamento histórico e o processo histórico da abolição e do pós-abolição.

MATERIAL DE APOIO

APRESENTAÇÃO

As figuras históricas envolvidas no processo da abolição são cercadas de controvérsias. Na historiografia há uma preocupação em retratar estas pessoas dentro de seus contextos de época, e mostrar como influenciaram e foram influenciadas pelo processos históricos dos quais fizeram parte. Em produtos culturais como livros, filmes, peças de teatro e músicas, estas pessoas ganham outras dimensões, sendo retratadas de maneira positiva ou negativa, com maior ou menor nível de fidelidade ao passado, de acordo com a forma como o autor decide conduzir sua narrativa. Embora estes produtos culturais não sejam trabalhos historiográficos, eles têm uma importância fundamental na produção da memória sobre fatos históricos e os personagens envolvidos neles. Um espaço importante para esta a construção de uma memória sobre a abolição tem sido o desfile das escolas de samba. Nos enredos e sambas, diversas figuras históricas da abolição foram retratadas ao longo de décadas de carnaval, muitas vezes de maneiras contraditórias. Analisaremos quatro sambas que abordam de maneira direta e indireta a abolição para analisar quais figuras foram mostradas e como se deu essa representação.

Samba 1Kizomba, a festa da raça (Vila Isabel 1988)
Autores: Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila
Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu!
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu
Vem menininha pra dançar o caxambuÔô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular
Sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa ConstituiçãoQue magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa cede é nossa sede
E que o apartheid se destrua

Samba 2Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós (Imperatriz 1989)
Autores: Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir
Vem, vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria, mãe querida
O império decadente, muito rico, incoerente
Era fidalguia
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu de cultura o Brasil
A música encanta e o povo canta assim
Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro, dançou, comemorou o fim da sina
Na noite quinze reluzente
Com a bravura, finalmente
O marechal que proclamou
Foi presidente
Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós (bis)
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz

Samba 3História de ninar gente grande (Mangueira 2019)
Autores: Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino, Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato
Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati
Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
São verde e rosa, as multidões

Samba 4Em nome do Pai, do Filho e dos Santos, a Vila canta a cidade de Pedro"
Autores: André Diniz, Evandro Bocão, Professor Wladimir, Júlio Alves, Marcelo Valêncio, Dedé Augusto e Ivan Ribeiro
Vila, te empresto meu nome
Fonte de tanta nobreza
Por Deus e todos os santos
Honre a tua grandeza
E subindo, pertinho do céu
A névoa formava um véu
Lembrei de meu pai, minha fortaleza
Esculpida em pedras, pedros e coroados
Os seus guardiões, protetores de raro esplendor
Luar do imperador
Meu olhar lacrimejou
Em águas tão cristalinas
Uma cidade divina
Bordada em nobre metal, a joia imperial
Petrópolis nasce com ar de Versalhes
Adorna a imensidão
A luz assentou o dormente
Fez incandescente a imigração
No baile de cristal, o tom foi redentor
Em noite imortal, floresceu um novo dia
Liberdade, enfim, raiou
Não vi a sorte voar ao sabor do cassino
Segundo o dom que teceu o destino
Meu sangue azul no branco desse pavilhão
O morro desce em prova de amor
Encontro da gratidão
Viva a princesa e o tambor que não se cala
É o canto do povo mais fiel
Ecoa meu samba no alto da serra
Na passarela, os herdeiros de Isabel

1) Os sambas apresentam diversas personalidades históricas. Se reúnam em grupos de 4 e pesquisem sobre 8 personalidades citadas nas letras, sendo obrigatoriamente 4 dos sambas 1 e 3 e outras 4 dos sambas 2 e 4.2) A partir de suas pesquisas analise e debata em grupo: quem são as personalidades pesquisadas? Quais são brancas, quais são negras ou indígenas? Quais as classes sociais? Em quais lutas sociais estiveram envolvidas?3) A partir destas reflexões divida as personalidades em 2 grupos, de acordo com suas semelhanças e diferenças. A partir dessa divisão monte dois cartazes com imagens e textos informativos, um sobre cada grupo de personalidades.

APRESENTAÇÃO

As figuras históricas envolvidas no processo da abolição são cercadas de controvérsias. Na historiografia há uma preocupação em retratar estas pessoas dentro de seus contextos de época, e mostrar como influenciaram e foram influenciadas pelo processos históricos dos quais fizeram parte. Em produtos culturais como livros, filmes, peças de teatro e músicas, estas pessoas ganham outras dimensões, sendo retratadas de maneira positiva ou negativa, com maior ou menor nível de fidelidade ao passado, de acordo com a forma como o autor decide conduzir sua narrativa. Embora estes produtos culturais não sejam trabalhos historiográficos, eles têm uma importância fundamental na produção da memória sobre fatos históricos e os personagens envolvidos neles. Um espaço importante para esta a construção de uma memória sobre a abolição tem sido o desfile das escolas de samba. Nos enredos e sambas, diversas figuras históricas da abolição foram retratadas ao longo de décadas de carnaval, muitas vezes de maneiras contraditórias. Analisaremos quatro sambas que abordam de maneira direta e indireta a abolição para analisar quais figuras foram mostradas e como se deu essa representação.

Samba 1Kizomba, a festa da raça (Vila Isabel 1988)
Autores: Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila
Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu!
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu
Vem menininha pra dançar o caxambuÔô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular
Sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa ConstituiçãoQue magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa cede é nossa sede
E que o apartheid se destrua

Samba 2Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós (Imperatriz 1989)
Autores: Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir
Vem, vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria, mãe querida
O império decadente, muito rico, incoerente
Era fidalguia
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu de cultura o Brasil
A música encanta e o povo canta assim
Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro, dançou, comemorou o fim da sina
Na noite quinze reluzente
Com a bravura, finalmente
O marechal que proclamou
Foi presidente
Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós (bis)
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz

Samba 3História de ninar gente grande (Mangueira 2019)
Autores: Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino, Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato
Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati
Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
São verde e rosa, as multidões

Samba 4Em nome do Pai, do Filho e dos Santos, a Vila canta a cidade de Pedro"
Autores: André Diniz, Evandro Bocão, Professor Wladimir, Júlio Alves, Marcelo Valêncio, Dedé Augusto e Ivan Ribeiro
Vila, te empresto meu nome
Fonte de tanta nobreza
Por Deus e todos os santos
Honre a tua grandeza
E subindo, pertinho do céu
A névoa formava um véu
Lembrei de meu pai, minha fortaleza
Esculpida em pedras, pedros e coroados
Os seus guardiões, protetores de raro esplendor
Luar do imperador
Meu olhar lacrimejou
Em águas tão cristalinas
Uma cidade divina
Bordada em nobre metal, a joia imperial
Petrópolis nasce com ar de Versalhes
Adorna a imensidão
A luz assentou o dormente
Fez incandescente a imigração
No baile de cristal, o tom foi redentor
Em noite imortal, floresceu um novo dia
Liberdade, enfim, raiou
Não vi a sorte voar ao sabor do cassino
Segundo o dom que teceu o destino
Meu sangue azul no branco desse pavilhão
O morro desce em prova de amor
Encontro da gratidão
Viva a princesa e o tambor que não se cala
É o canto do povo mais fiel
Ecoa meu samba no alto da serra
Na passarela, os herdeiros de Isabel

1) Os sambas apresentam diversas personalidades históricas. Se reúnam em grupos de 4 e pesquisem sobre 8 personalidades citadas nas letras, sendo obrigatoriamente 4 dos sambas 1 e 3 e outras 4 dos sambas 2 e 4.2) A partir de suas pesquisas analise e debata em grupo: quem são as personalidades pesquisadas? Quais são brancas, quais são negras ou indígenas? Quais as classes sociais? Em quais lutas sociais estiveram envolvidas?3) A partir destas reflexões divida as personalidades em 2 grupos, de acordo com suas semelhanças e diferenças. A partir dessa divisão monte dois cartazes com imagens e textos informativos, um sobre cada grupo de personalidades.

GUIA PROFESSOR

OBJETIVOSBuscar compreender com os alunos a dicotomia estabelecida entre as memórias construídas pelas duplas de samba (1/3 e 2/4). Como os grupos sociais representados e exaltados nas obras são diametralmente opostos no aspecto racial, social e nas trajetórias políticas. Como uma determinada construção da memória suprime os conflitos enquanto outra exalta a resistência de grupos sociais subalternos e oprimidos.CONCEITOSMemória, representatividade, raça, escravidão, classe, conflito

REFERÊNCIAS1) Podcast produzido pelo PET sobre memória e samba-enredo: https://soundcloud.com/user-84368783/petcast-historia-3-disputa-de-narrativas-sobre-a-abolicao-no-carnaval?fbclid=IwAR3s0VExtmxKt-qnoKFTNNo2irSvpMJIxNA7hKOmBqhQhceDFOXH-qlKQ2) Artigo sobre a representação do negro nos desfiles das escolas de samba: http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400173329ARQUIVOSeraquejaraioualiberdade.AbolicaoenegritudenasescolasdesambadoRiodeJaneiro-RenataBulcao.pdf3) Entrevista sobre abolição e pós abolição: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-440914744) Documentário sobre os 30 anos de “Kizomba, a festa da raça”:
https://www.youtube.com/watch?v=Ganl_fETbcE
5) As personalidades cantadas no desfile da Mangueira 2019:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47409435#:~:text=S%C3%A3o%20figuras%20como%20Cunhambebe%2C%20l%C3%ADder,que%20ficou%20conhecido%20como%20o

Apresentação

O objetivo desta atividade, dividida em duas etapas, é trazer reflexões sobre a Campanha de Canudos, a partir do intelectual e jornalista Euclides da Cunha. Essa campanha ocorreu entre os anos de 1896 e 1897, no sertão da Bahia, e repreendeu a revolta liderada por Antônio Conselheiro, destruindo o Arraial de Canudos. Além disso, pretende-se relacionar esses acontecimentos com o surgimento das favelas cariocas no final do século XIX.

ORIENTAÇÕES

  • Etapa 1: O sertanejo de Euclides da Cunha

1) Para começar, faça uma breve pesquisa junto com seu grupo sobre Euclides da Cunha e levante informações como: quais profissões ele tinha? Qual formação? Qual foi sua principal obra? O que ele foi fazer em Canudos? Não esqueça de anotar esses dados conforme for pesquisando.

Sites para pesquisa

2) Com a ajuda de seu/ sua professor(a) e seus colegas, estabeleça o contexto histórico nacional que Euclides escreve a obra Os Sertões. Pensem em relação as mudanças políticas, econômicas e sociais que a sociedade brasileira estava passando naquele período.3) Leia os trechos abaixo do livro Os Sertões. Após a leitura, debata com seus colegas como era a visão do autor sobre os sertanejos.
“O jagunço destemeroso, o tabaréu ingênuo e o caipira simplório serão em breve tipos relegados às tradições evanescentes, ou extintas.
Primeiros efeitos de variados cruzamentos, destinavam-se talvez à formação dos princípios imediatos de uma grande raça. Faltou-lhes, porém, uma situação de parada, o equilíbrio, que Ihes não permite mais a velocidade adquirida pela marcha dos povos neste século. Retardatários hoje, amanhã se extinguirão de todo.A civilização avançará nos sertões impelida por essa implacável ‘força motriz da História’ que Gumplowicz, maior do que Hobbes, lobrigou, num lance genial, no esmagamento inevitável das raças fracas pelas raças fortes.”

“Todas as crenças ingênuas, do fetichismo bárbaro às aberrações católicas, todas as tendências impulsivas das raças inferiores, livremente exercitadas na indisciplina da vida sertaneja, se condensaram no seu misticismo feroz e extravagante. Ele foi, simultaneamente, o elemento ativo e passivo da agitação de que surgiu. O temperamento mais impressionável apenas fê-lo absorver as crenças ambientes, a princípio numa quase passividade pela própria receptividade mórbida do espirito torturado de reveses, e elas refluíram, depois, mais fortemente, sobre o próprio meio de onde haviam partido, partindo da sua consciência delirante.É difícil traçar no fenômeno a linha divisória entre as tendências pessoais e as tendências coletivas: a vida resumida do homem é um capítulo instantâneo da vida de sua sociedade...”

Trecho de Os Sertões de Euclides da Cunha, em que o autor fala sobre Antônio Conselheiro, página 66.

4) Agora, assistam ao videoclipe da música “Súplica Cearense” na versão do grupo O Rappa, disponibilizado abaixo, analisando a letra da música com as imagens presentes no vídeo. Depois, procure estabelecer uma relação entre a música e o livro Os Sertões, refletindo sobre como o sertanejo aparece nas duas fontes.

Súplica Cearense - O RappaOh! Deus
Perdoe esse pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair
Cair sem parar
Oh! Deus
Será que o senhor se zangou
E é só por isso que o Sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Oh! Senhor
Pedi pro Sol se esconder um pouquinho
Pedi pra chover
Mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta
Uma planta no chão
Oh! Meu Deus
Se eu não rezei direito
A culpa é do sujeito
Desse pobre que nem sabe fazer a oração
Meu Deus
Perdoe encher meus olhos d'água
E ter-lhe pedido cheio de mágoa
Pro Sol inclemente
Se arretirar, retirar
Desculpe, pedir a toda hora
Pra chegar o inverno e agora
O inferno queima o meu humilde Ceará
Oh! Senhor
Pedi pro Sol se esconder um pouquinho
Pedi pra chover
Mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Planta no chão

  • Etapa 2: O surgimento das favelas cariocas

“A Favela, como sabe o leitor, é o lugar mais perigoso do Rio de Janeiro. Sua população é um complexo de castas de gente, predominando pelo número as casas ruins. Moram ali operários, mas muito poucos, sendo a parte maior composta de gente que só trabalha acidentalmente, quando a isso é compelida pela fome.Policiada o mais possível, é ainda assim a Favela ninho de valentões e de vadios, que não atacam para roubar, mas matam-se uns aos outros por qualquer dá cá aquela palha, dando assim muito mais provas da nossa civilização.” – Trecho destacado da reportagem acima.1) Leia o trecho destacado acima de uma reportagem do jornal Correio da Manhã (RJ) de 1908. Após a leitura, discuta com os colegas qual é a visão apresentada pelo jornal sobre os moradores do Morro da Favela (atual Morro da Providência). Agora, reflitam: é possível estabelecer alguma relação entre as características do sertanejo de Euclides da Cunha, vistas na etapa anterior, e do favelado, sob a perspectiva do jornal? Se sim, qual relação?2) Pesquise na internet, priorizando sites de jornais e revistas, notícias atuais sobre as favelas e os seus moradores no Estado do Rio de Janeiro. O grupo deve escolher no máximo 3 reportagens.3) Agora, o grupo deve produzir dois diferentes cartazes com imagens e textos curtos. O primeiro deve falar sobre como o sertanejo era visto, considerando a etapa anterior desta atividade e a visão de Euclides da Cunha. O segundo deve ser sobre como são vistos e tratados pelo Estado, imprensa e sociedade, os moradores das favelas na atualidade e suas comunidades. Os cartazes devem representar as reflexões feitas ao longo de toda a atividade, considerando a Etapa 1 e a Etapa 2.

Apresentação

O objetivo desta atividade, dividida em duas etapas, é trazer reflexões sobre a Campanha de Canudos, a partir do intelectual e jornalista Euclides da Cunha. Essa campanha ocorreu entre os anos de 1896 e 1897, no sertão da Bahia, e repreendeu a revolta liderada por Antônio Conselheiro, destruindo o Arraial de Canudos. Além disso, pretende-se relacionar esses acontecimentos com o surgimento das favelas cariocas no final do século XIX.

ORIENTAÇÕES

  • Etapa 1: O sertanejo de Euclides da Cunha

1) Para começar, faça uma breve pesquisa junto com seu grupo sobre Euclides da Cunha e levante informações como: quais profissões ele tinha? Qual formação? Qual foi sua principal obra? O que ele foi fazer em Canudos? Não esqueça de anotar esses dados conforme for pesquisando.

Sites para pesquisa

2) Com a ajuda de seu/ sua professor(a) e seus colegas, estabeleça o contexto histórico nacional que Euclides escreve a obra Os Sertões. Pensem em relação as mudanças políticas, econômicas e sociais que a sociedade brasileira estava passando naquele período.3) Leia os trechos abaixo do livro Os Sertões. Após a leitura, debata com seus colegas como era a visão do autor sobre os sertanejos.
“O jagunço destemeroso, o tabaréu ingênuo e o caipira simplório serão em breve tipos relegados às tradições evanescentes, ou extintas.
Primeiros efeitos de variados cruzamentos, destinavam-se talvez à formação dos princípios imediatos de uma grande raça. Faltou-lhes, porém, uma situação de parada, o equilíbrio, que Ihes não permite mais a velocidade adquirida pela marcha dos povos neste século. Retardatários hoje, amanhã se extinguirão de todo.A civilização avançará nos sertões impelida por essa implacável ‘força motriz da História’ que Gumplowicz, maior do que Hobbes, lobrigou, num lance genial, no esmagamento inevitável das raças fracas pelas raças fortes.”

“Todas as crenças ingênuas, do fetichismo bárbaro às aberrações católicas, todas as tendências impulsivas das raças inferiores, livremente exercitadas na indisciplina da vida sertaneja, se condensaram no seu misticismo feroz e extravagante. Ele foi, simultaneamente, o elemento ativo e passivo da agitação de que surgiu. O temperamento mais impressionável apenas fê-lo absorver as crenças ambientes, a princípio numa quase passividade pela própria receptividade mórbida do espirito torturado de reveses, e elas refluíram, depois, mais fortemente, sobre o próprio meio de onde haviam partido, partindo da sua consciência delirante.É difícil traçar no fenômeno a linha divisória entre as tendências pessoais e as tendências coletivas: a vida resumida do homem é um capítulo instantâneo da vida de sua sociedade...”

Trecho de Os Sertões de Euclides da Cunha, em que o autor fala sobre Antônio Conselheiro, página 66.

4) Agora, assistam ao videoclipe da música “Súplica Cearense” na versão do grupo O Rappa, disponibilizado abaixo, analisando a letra da música com as imagens presentes no vídeo. Depois, procure estabelecer uma relação entre a música e o livro Os Sertões, refletindo sobre como o sertanejo aparece nas duas fontes.

Súplica Cearense - O RappaOh! Deus
Perdoe esse pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair
Cair sem parar
Oh! Deus
Será que o senhor se zangou
E é só por isso que o Sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Oh! Senhor
Pedi pro Sol se esconder um pouquinho
Pedi pra chover
Mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta
Uma planta no chão
Oh! Meu Deus
Se eu não rezei direito
A culpa é do sujeito
Desse pobre que nem sabe fazer a oração
Meu Deus
Perdoe encher meus olhos d'água
E ter-lhe pedido cheio de mágoa
Pro Sol inclemente
Se arretirar, retirar
Desculpe, pedir a toda hora
Pra chegar o inverno e agora
O inferno queima o meu humilde Ceará
Oh! Senhor
Pedi pro Sol se esconder um pouquinho
Pedi pra chover
Mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Planta no chão

  • Etapa 2: O surgimento das favelas cariocas

“A Favela, como sabe o leitor, é o lugar mais perigoso do Rio de Janeiro. Sua população é um complexo de castas de gente, predominando pelo número as casas ruins. Moram ali operários, mas muito poucos, sendo a parte maior composta de gente que só trabalha acidentalmente, quando a isso é compelida pela fome.Policiada o mais possível, é ainda assim a Favela ninho de valentões e de vadios, que não atacam para roubar, mas matam-se uns aos outros por qualquer dá cá aquela palha, dando assim muito mais provas da nossa civilização.” – Trecho destacado da reportagem acima.1) Leia o trecho destacado acima de uma reportagem do jornal Correio da Manhã (RJ) de 1908. Após a leitura, discuta com os colegas qual é a visão apresentada pelo jornal sobre os moradores do Morro da Favela (atual Morro da Providência). Agora, reflitam: é possível estabelecer alguma relação entre as características do sertanejo de Euclides da Cunha, vistas na etapa anterior, e do favelado, sob a perspectiva do jornal? Se sim, qual relação?2) Pesquise na internet, priorizando sites de jornais e revistas, notícias atuais sobre as favelas e os seus moradores no Estado do Rio de Janeiro. O grupo deve escolher no máximo 3 reportagens.3) Agora, o grupo deve produzir dois diferentes cartazes com imagens e textos curtos. O primeiro deve falar sobre como o sertanejo era visto, considerando a etapa anterior desta atividade e a visão de Euclides da Cunha. O segundo deve ser sobre como são vistos e tratados pelo Estado, imprensa e sociedade, os moradores das favelas na atualidade e suas comunidades. Os cartazes devem representar as reflexões feitas ao longo de toda a atividade, considerando a Etapa 1 e a Etapa 2.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOS
O objetivo desta atividade, dividida em duas etapas, é trazer reflexões sobre a Campanha de Canudos, a partir do intelectual e jornalista Euclides da Cunha. Além disso, pretende-se relacionar esses acontecimentos com o surgimento das favelas cariocas no final do século XIX.
CONCEITOS
mestiçagem, favela, civilização.
REFLEXÕES
Pode-se estabelecer reflexões sobre a própria Campanha de Canudos, assim como a visão dos intelectuais do período em relação ao sertanejo/ mestiço e o futuro da sociedade brasileira. Nesse sentido, também pode-se refletir sobre esse período de transformações sociais e políticas, que foi o início da República. Além disso, pretende-se refletir sobre a relação entre Canudos e o surgimento das favelas cariocas, assim como uma continuidade dos estereótipos ligados aos sertanejos nos moradores das favelas, como grupos a margem da civilização.

ORIENTAÇÕES GERAIS

  • Sugerimos que todos os números e etapas desta atividade sejam feitos em grupo, este podendo se subdividir entre as tarefas.

  • É uma atividade que demanda pesquisa e debate entre os estudantes com auxílio do professor, então pode ter uma duração relativamente longa. Caso seja necessário, as tarefas podem ser realizadas em dias diferentes.

  • As questões que não tiverem indicações para anotar ou produzir algum material, devem ser realizadas de forma oral entre os estudantes.

Etapa 1: O sertanejo de Euclides da Cunha

1)Nesta primeira atividade, os estudantes deverão pesquisar informações do autor. Há uma sugestão de sites para a pesquisa.2)Neste número, os estudantes devem pensar no contexto de transformações que vivia o país, em relação as mudanças políticas, econômicas e sociais. Além disso, deve ser considerado que Euclides da Cunha fazia parte de uma geração de intelectuais que tinham como missão pensar o Brasil, tendo como temática principal o brasileiro e a miscigenação. Essa geração prevaleceu de 1870 a 1930, incluindo também pensadores como Silvio Romero e Nina Rodrigues. Influenciados pelo positivismo e darwinismo social, eles procuraram encontrar saídas para o destino desta nação. No caso de Cunha, o destino do sertanejo seria a extinção, na medida em que o brasileiro se modernizasse.3)A partir dos trechos é possível perceber superficialmente que Euclides considera o sertanejo uma subraça não civilizada, apesar de em outros trechos falar de sua força.

A música que deverá ser analisada neste número é originalmente de Luiz Gonzaga, famoso cantor, compositor e sanfonista nordestino, que tem diversas músicas sobre o sertão. É interessante compartilhar essa informação com os estudantes.

Etapa 2: O surgimento das favelas cariocas

Antes de iniciar essa etapa, o professor deve explicar sobre o surgimento das favelas cariocas, destacando a relação com a Campanha de Canudos. Apesar de não haver um consenso em relação a data do surgimento das favelas no Rio de Janeiro, a hipótese mais aceita e difundida entre os pesquisadores do tema é de que elas surgiram inicialmente após a Campanha de Canudos, no final do século XIX. Após a Proclamação da República em 1889, o país viveu um período de grande instabilidade política, com eclosão de revoltas e insurreições por todo território nacional. Uma dessas revoltas ocorreu entre os anos de 1896 e 1897, no sertão da Bahia, com repressão do governo republicano ao Arraial de Canudos e seu líder messiânico, Antônio Conselheiro. A partir da destruição de Canudos e o fim da revolta, os soldados que lutaram no conflito teriam voltado para o Rio de Janeiro e se instalado no Morro da Providência, que ficava próximo ao Ministério do Exército. Enquanto aguardavam seus pagamentos, construíram suas moradias e batizaram o morro de “Favela”, uma possível referência ao nome do monte situado próximo ao Arraial de Canudos (essa referência, inclusive aparece no livro Os Sertões). Favela também é o nome de uma planta muito comum na região do sertão nordestido. Além desses ex- combatentes, o Morro da Providência também começou a ser ocupado por ex-escravizados nesse período pós-abolição.

Com o conteúdo acima, o estudante vai ser capaz de estabelecer relações entre os estereótipos do sertanejo e do favelado, na medida em que os dois eram vistos como não civilizados, e historicamente essa aproximação se explica por esse processo de formação das favelas. A reportagem destacada é sobre um crime ocorrido no Morro da Favela. Destaca-se que o Os Sertões foi publicado em 1902, e a reportagem do Correio da Manhã é de 1908, o que demonstra a proximidade temporal destas ideias.

Além de reportagens sobre as favelas, os estudantes podem compartilhar suas próprias experiências caso tenha algum que seja um morador de alguma favela. A pesquisa pode ser feita a partir da lembrança de casos recentes sobre a temática, ou pesquisando palavras chaves em sites de busca, como favela, favelado, comunidade, etc.Os cartazes podem ser feitos da forma que o grupo achar viável e mais interessante, podendo usar a criatividade para elaboração. Logo, podem ser feitos virtualmente através de sites de edição ou powerpoint, em tecido, papel, com colagens, etc. O principal desta tarefa é que as reflexões feitas em cada etapa da atividade estejam representadas nas imagens, palavras e outros elementos escolhidos para compor este trabalho final.

APRESENTAÇÃO

Ao contrário do que muitos pensam, a memória sobre um acontecimento, um personagem, ou sobre um determinado período, não é um fenômeno individual. Ainda que tenhamos nossas próprias experiências e lembranças, é importante que entendamos essas como referentes a um só ponto de vista, que é influenciado por nosso meio e visão de mundo. Posto isso, quando falamos em memória social, estamos nos referindo a um produto coletivo, gerado e reproduzido por um determinado grupo.Também é importante entendermos a memória como um objeto moldado ideologicamente, podendo ser influenciada não só por seus agentes, como por grupos políticos dominantes, que podem manejar o que será lembrado, exaltado ou esquecido, de acordo com seus interesses. Alguns exemplos disso são monumentos, celebrações, acervos, que geralmente objetivam reativar a memória social sobre algo ou alguém. Mas essa influência também se expressa em apagamentos; em um cenário em que as autoridades e determinados setores da sociedade marginalizam dados grupos sociais, a violência que sofrem se expressa também no esquecimento, no apagamento e até na deturpação de sua história.Embora memória e História sejam frequentemente mencionadas juntas, ambas não podem ser confundidas. A memória de cada grupo social vai responder de forma diferente sobre diferentes questões, muitas vezes motivando a disputa de narrativa. Por tanto, um só fato pode ter diferentes memórias a seu respeito. Já a História, possui um compromisso com a verdade, e faz das memórias sociais seus objetos, sendo construída a partir disso, junto a diversas outras fontes. É uma relação de troca, pois a história também auxilia na construção da memória.Quando revisitamos uma memória sobre um fato histórico, também estamos exercendo influencia nela, pois ela responde pelas demandas do presente que a analisa. Um exemplo disso, é o que faremos nessa atividade; iremos revisitar locais de memória e questionar seus significados.

ORIENTAÇÕES

Para auxiliar na atividade, consulte os links abaixo:

ETAPA 1: O Panteão Duque de Caxias

Leia o texto abaixo para que as questões da etapa 1 possam ser realizadas:Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880), mais conhecido como Duque de Caxias, participou de muitos dos grandes eventos militares na história imperial. Condecorado como Barão de Caxias pela vitória em cima das milhares de mortes na rebelião dos Balaios, em que atuou como coronel, tem sua memória diretamente atrelada às “lutas de pacificação do Brasil”, que até hoje são referência para a retórica pacificadora em que se apoia a repressão institucionalizada no país. Segundo sua biografia, encerrou carreira militar na guerra do Paraguai, em que foi comandante chefe das forças do império. A partir de 1923, no dia de seu nascimento, 25 de agosto, passou-se a celebrar o “Dia do Soldado”, e em 1949, na mesma data, uma grande cerimônia inaugurou, na região central do Rio de Janeiro, um panteão em sua homenagem. 82 anos após sua morte, Luís Alves se tornou patrono do exército brasileiro. O líder militar também teve significante vida política, se tornando um forte influente do Partido Conservador na década de 1840. Posteriormente, foi eleito senador em 1846 e dez anos depois virou presidente do Conselho de Ministros.Segundo Adriana Barreto de Souza, historiadora e professora Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a biografia de Luís Alves escrita por Pinto de Campos em 1939, “A vida do Grande Cidadão Brasileiro”, silencia duas fases de sua vida; sua formação e posição social, consolidando a individualidade de uma figura convertida em herói, e a sua carreira política, reforçando a ideia de dever nacional moralizante. Através desses dois apagamentos, surge a imagem heroica do grande general brasileiro e símbolo militar. A historiadora ainda destaca que os princípios e valores particulares da época atribuídos às forças em que Duque de Caxias atuava, quase não se relacionam com as noções referentes ao que hoje entendemos como forças armadas brasileiras.

Praça Duque de Caxias, s/n - Centro, Rio de Janeiro – RJ

“O símbolo de uma república nacional conservadora que buscava na imagem do general um antídoto contra a indisciplina militar dos anos 20 e um exemplo de vida dedicada à unidade e integridade da pátria. Uma memória tão bem elaborada que se tornou para as novas gerações de brasileiros o próprio Luiz Alves de Lima e Silva.” (SOUZA, 2003. p. 1)

Citação do artigo de Adriana Barreto de Souza, “Decompondo um monumento: narrativa histórica e luta política na construção da memória do Duque de Caxias”, 2003.

  • 1) Com a ajuda de seus colegas, redija um breve texto relacionando a reflexão que fizemos no texto base da atividade, à construção da memória em torno de Duque de Caxias.

  • 2) Analise a imagem a seguir:

Manifestantes tomam o Panteão Duque de Caxias. 15/05/2019; Foto: Cristina Froment.

A pichação na imagem acima, que foi feita no mesmo local analisado na questão anterior, faz referência ao assassinato do músico Evaldo Rosa, morto enquanto ia com sua família de carro a um chá de bebê, e do catador de material reciclado Luciano Macedo, que também foi baleado ao tentar ajudar a família atingida. Doze militares em serviço foram denunciados pelos mais de 80 tiros que atingiram o carro.

Em conjunto com seus colegas, escreva uma reportagem noticiando o ato exposto na imagem. Explique a situação a qual a pichação faz referência e aponte o motivo pelo qual a escolha do Panteão de Caxias foi oportuna para o ato. Tente apontar e explicar também a existência de uma disputa de narrativa no caso.

ETAPA 2: Pesquisando e analisando locais de memória

Nessa etapa, considerando as reflexões que fizemos até então, o grupo deve pesquisar e escolher um monumento, um acervo, ou até mesmo uma rua, praça ou bairro, que seja intencionado a reativar a memória social sobre um fato, uma personalidade, ou sobre um grupo da sociedade. Feita a escolha, pesquisem o período em que o local foi inaugurado/nomeado, e o contexto histórico ao qual faz referência e então, preparem um trabalho que deverá ser apresentado para a turma em sala de aula, expondo as informações encontradas. Durante a apresentação, o grupo deve explicar à turma de que forma o local de memória escolhido contribui para a memória social sobre o grupo/fato/personagem em questão. Também deve ser abordado como a localização do espaço é relevante na construção dessa memória. É recomendado que utilizem recursos visuais (cartazes, slides, fotos, panfletos, etc.) para auxiliar na apresentação.

APRESENTAÇÃO

Ao contrário do que muitos pensam, a memória sobre um acontecimento, um personagem, ou sobre um determinado período, não é um fenômeno individual. Ainda que tenhamos nossas próprias experiências e lembranças, é importante que entendamos essas como referentes a um só ponto de vista, que é influenciado por nosso meio e visão de mundo. Posto isso, quando falamos em memória social, estamos nos referindo a um produto coletivo, gerado e reproduzido por um determinado grupo.Também é importante entendermos a memória como um objeto moldado ideologicamente, podendo ser influenciada não só por seus agentes, como por grupos políticos dominantes, que podem manejar o que será lembrado, exaltado ou esquecido, de acordo com seus interesses. Alguns exemplos disso são monumentos, celebrações, acervos, que geralmente objetivam reativar a memória social sobre algo ou alguém. Mas essa influência também se expressa em apagamentos; em um cenário em que as autoridades e determinados setores da sociedade marginalizam dados grupos sociais, a violência que sofrem se expressa também no esquecimento, no apagamento e até na deturpação de sua história.Embora memória e História sejam frequentemente mencionadas juntas, ambas não podem ser confundidas. A memória de cada grupo social vai responder de forma diferente sobre diferentes questões, muitas vezes motivando a disputa de narrativa. Por tanto, um só fato pode ter diferentes memórias a seu respeito. Já a História, possui um compromisso com a verdade, e faz das memórias sociais seus objetos, sendo construída a partir disso, junto a diversas outras fontes. É uma relação de troca, pois a história também auxilia na construção da memória.Quando revisitamos uma memória sobre um fato histórico, também estamos exercendo influencia nela, pois ela responde pelas demandas do presente que a analisa. Um exemplo disso, é o que faremos nessa atividade; iremos revisitar locais de memória e questionar seus significados.

ORIENTAÇÕES

Para auxiliar na atividade, consulte os links abaixo:

ETAPA 1: O Panteão Duque de Caxias

Leia o texto abaixo para que as questões da etapa 1 possam ser realizadas:Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880), mais conhecido como Duque de Caxias, participou de muitos dos grandes eventos militares na história imperial. Condecorado como Barão de Caxias pela vitória em cima das milhares de mortes na rebelião dos Balaios, em que atuou como coronel, tem sua memória diretamente atrelada às “lutas de pacificação do Brasil”, que até hoje são referência para a retórica pacificadora em que se apoia a repressão institucionalizada no país. Segundo sua biografia, encerrou carreira militar na guerra do Paraguai, em que foi comandante chefe das forças do império. A partir de 1923, no dia de seu nascimento, 25 de agosto, passou-se a celebrar o “Dia do Soldado”, e em 1949, na mesma data, uma grande cerimônia inaugurou, na região central do Rio de Janeiro, um panteão em sua homenagem. 82 anos após sua morte, Luís Alves se tornou patrono do exército brasileiro. O líder militar também teve significante vida política, se tornando um forte influente do Partido Conservador na década de 1840. Posteriormente, foi eleito senador em 1846 e dez anos depois virou presidente do Conselho de Ministros.Segundo Adriana Barreto de Souza, historiadora e professora Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a biografia de Luís Alves escrita por Pinto de Campos em 1939, “A vida do Grande Cidadão Brasileiro”, silencia duas fases de sua vida; sua formação e posição social, consolidando a individualidade de uma figura convertida em herói, e a sua carreira política, reforçando a ideia de dever nacional moralizante. Através desses dois apagamentos, surge a imagem heroica do grande general brasileiro e símbolo militar. A historiadora ainda destaca que os princípios e valores particulares da época atribuídos às forças em que Duque de Caxias atuava, quase não se relacionam com as noções referentes ao que hoje entendemos como forças armadas brasileiras.

Praça Duque de Caxias, s/n - Centro, Rio de Janeiro – RJ

“O símbolo de uma república nacional conservadora que buscava na imagem do general um antídoto contra a indisciplina militar dos anos 20 e um exemplo de vida dedicada à unidade e integridade da pátria. Uma memória tão bem elaborada que se tornou para as novas gerações de brasileiros o próprio Luiz Alves de Lima e Silva.” (SOUZA, 2003. p. 1)

Citação do artigo de Adriana Barreto de Souza, “Decompondo um monumento: narrativa histórica e luta política na construção da memória do Duque de Caxias”, 2003.

  • 1) Com a ajuda de seus colegas, redija um breve texto relacionando a reflexão que fizemos no texto base da atividade, à construção da memória em torno de Duque de Caxias.

  • 2) Analise a imagem a seguir:

Manifestantes tomam o Panteão Duque de Caxias. 15/05/2019; Foto: Cristina Froment.

A pichação na imagem acima, que foi feita no mesmo local analisado na questão anterior, faz referência ao assassinato do músico Evaldo Rosa, morto enquanto ia com sua família de carro a um chá de bebê, e do catador de material reciclado Luciano Macedo, que também foi baleado ao tentar ajudar a família atingida. Doze militares em serviço foram denunciados pelos mais de 80 tiros que atingiram o carro.

Em conjunto com seus colegas, escreva uma reportagem noticiando o ato exposto na imagem. Explique a situação a qual a pichação faz referência e aponte o motivo pelo qual a escolha do Panteão de Caxias foi oportuna para o ato. Tente apontar e explicar também a existência de uma disputa de narrativa no caso.

ETAPA 2: Pesquisando e analisando locais de memória

Nessa etapa, considerando as reflexões que fizemos até então, o grupo deve pesquisar e escolher um monumento, um acervo, ou até mesmo uma rua, praça ou bairro, que seja intencionado a reativar a memória social sobre um fato, uma personalidade, ou sobre um grupo da sociedade. Feita a escolha, pesquisem o período em que o local foi inaugurado/nomeado, e o contexto histórico ao qual faz referência e então, preparem um trabalho que deverá ser apresentado para a turma em sala de aula, expondo as informações encontradas. Durante a apresentação, o grupo deve explicar à turma de que forma o local de memória escolhido contribui para a memória social sobre o grupo/fato/personagem em questão. Também deve ser abordado como a localização do espaço é relevante na construção dessa memória. É recomendado que utilizem recursos visuais (cartazes, slides, fotos, panfletos, etc.) para auxiliar na apresentação.

GUIA DO PROFESSOR

O objetivo dessa atividade é trazer aos alunos uma reflexão sobre o que é memória e como se dá sua construção, através dos espaços que serão analisados. Na primeira etapa, será feito um questionamento sobre a imagem de Duque de Caxias promovida pelo Panteão em sua homenagem. Já na segunda etapa, os alunos ganharão liberdade para escolher e analisar um espaço intencionado a reativar a memória social sobre uma figura, fato ou grupo.Conceitos:Memória, locais de memória, a imagem de Duque de Caxias, militarismo brasileiro.Reflexões: Algumas das reflexões que podem ser alcançadas por esta atividade, além das questões acerca da construção da memória social e sua relação com a história, são o debate em torno da figura militar brasileira e o questionamento sobre seu papel na história do país. Os alunos podem ainda despertar uma nova percepção sobre o espaço, passando a enxergá-lo como como parte condicionante no processo histórico.

ORIENTAÇÕES GERAIS

  • Sugerimos que as etapas dessa atividade sejam feitas em grupo para que a troca e o debate entre os alunos auxiliem no objetivo.

  • As etapas e questões devem ser feitas na ordem apresentada, pois a proposta da atividade consiste na construção de uma reflexão, de forma gradual.

  • O auxílio do(a) professor(a) pode ser bastante necessário, visto que as respostas não devem ser objetivas, e podem necessitar de orientação.

  • A duração da atividade pode ser relativamente longa, ficando a critério do(a) professor(a) quando e como deve ser aplicada.

  • Antes da primeira etapa, os professores devem auxiliar os alunos no entendimento do texto base da atividade, pois essa compreensão será essencial para a execução das duas etapas.

PRIMEIRA ETAPA: O PANTEÃO DUQUE DE CAXIAS

  • Após a leitura do texto sobre Duque de Caxias e suas homenagens, os alunos terão uma breve noção de quem foi essa figura e por qual motivo é exaltada. Dessa forma, devem redigir um texto relacionando as reflexões sobre memória e história obtidas na leitura do texto base, com a problemática do Panteão de Caxias. Os seguintes pontos devem ser abordados com ênfase:

  • A contribuição do monumento no centro do Rio de Janeiro para os objetivos das autoridades em construir um ideal heroico em torno da figura militar pacificadora.

  • A forma como as demandas do presente influenciaram ideologicamente na construção da memória. Devem ser consideradas as datas de inauguração do monumento e de nomeação de Luís Alves como Patrono do exército, incentivando que os alunos cheguem aos interesses das autoridades no período das homenagens. Nessa questão, a principal reflexão que deve ser abordada, é sobre uma suposta disputa. O Panteão, que é uma homenagem ao patrono do exército brasileiro, é alvo de uma pichação que denuncia um ato de horror, cometido por membros da mesma instituição que é celebrada no local. Dessa forma, ao relatarem o ocorrido na reportagem, os alunos devem também mencionar os motivos pelos quais a escolha do local foi proposital, e quais ideias estão em conflito.

MATERIAL DE APOIO

SEGUNDA ETAPA: PESQUISANDO E ANALISANDO LOCAIS DE MEMÓRIA

Nessa etapa, a atividade se torna mais dinâmica, ao passo que os alunos poderão aplicar as reflexões feitas até então nos espaços que os cercam. Dessa forma, além das informações encontradas durante a pesquisa, a apresentação deve ser elaborada em torno das questões apontadas no enunciado:

  • De que forma o local de memória escolhido contribui para a memória social sobre o grupo/fato/personagem em questão?

  • Como a localização do espaço é relevante na construção dessa memória?

APRESENTAÇÃO

A obra "Quarto de Despejo- diário de uma favelada" de Carolina Maria de Jesus completa sessenta anos em 2020, porém, poucos brasileiros conhecem a sua história e importância. Carolina faleceu pobre e com pouco reconhecimento, apesar de terem sido vendidos 80 mil exemplares, traduzidos para 16 idiomas em 46 países. Sua obra recebeu ainda elogios dos escritores Ferreira Gullar, Manuel Bandeira e Clarice Lispector, que disse: "Você é a única que conta a realidade".Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914 na cidade de Sacramento em Minas Gerais. Ela era neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta. Desde criança queria aprender a ler, algo que foi concretizado quando uma das freguesas de sua mãe lhe deu a oportunidade de estudar apenas até a segunda série do primário, pois, Carolina precisou parar os estudos para ajudar a família. Com a morte de sua mãe em 1947, ela se mudou para São Paulo e lá acabou engravidando. Na época, ninguém empregava mães solteiras e Carolina foi morar na rua, tendo que virar catadora para sobreviver. Foi então que ela se mudou para a favela do Canindé: o governador paulista Ademar de Barros havia mandado recolher todos os mendigos pelas ruas e despejá-los num grande terreno à margem do rio Tietê.Esse processo de esquecimento da obra de Carolina de Jesus é marcado pelo racismo, e uma das formas de manifestação do racismo é o apagamento do conhecimento de pessoas negras, em diversas áreas do saber. Assim, impede-se que os negros ocupem o lugar de sujeitos produtores de conhecimento, desvalorizando e ocultando as contribuições das pessoas negras para a humanidade- seja na História do continente africano ou com a população negra que vive em outros continentes. Esse tema foi pensado pela filósofa Sueli Carneiro, ela chama esse processo de epistemicídio.Por conta disso, Carolina teve o seu local de escritora negado, sendo retratada apenas como mera porta-voz da miséria, o que desqualifica o seu conhecimento e rejeita a sua capacidade de produzir saberes. Sua obra recebeu atenção por pouco tempo, pois, de início ela servia como um "testemunho exótico de uma realidade distante", que matava a curiosidade dos intelectuais brancos sobre o que se vivenciava nas favelas.Contudo, com o fim dessa curiosidade e por conta de outras publicações de Carolina que teceram críticas a essa elite intelectual, pessoas brancas e ricas que humilham e marginalizam os favelados e negros, ocorreu esse progressivo processo de apagamento (epistemícidio) da obra da escritora, que passou a incomodar seja por sua escrita "pouco culta" ou pelas suas críticas ás elites.Além de apagar a figura de Carolina e o que ela representa, há também uma evidente tentativa de silenciar um Brasil que não queremos enxergar, um País composto por pessoas que passam fome, vivem em situações precárias. De acordo com o Professor Eduardo de Assis Duarte, coordenador do portal Literafro, de Literatura Afro-Brasileira, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais:* "Quarto de despejo'' se configura como documento histórico ao trazer a fome para o centro da narrativa. É a primeira vez que o processo de modernização excludente posto em prática no Brasil é narrado em detalhes por uma de suas vítimas. Quem faz a crítica não é o pesquisador, nem o estudioso, é uma mulher do povo, que tem que catar no lixo a própria sobrevivência. E isto no momento em que se inaugura Brasília, como símbolo do que seria o 'novo' Brasil''. *Sendo assim, pensar a obra de Carolina Maria de Jesus significa pensar o racismo no Brasil, a formação das favelas, o epistemicídio (apagamento), a exclusão de mulheres negras, a fome e a desigualdade social. Temas esses que são urgentes em 2020, posto que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) esse ano o Brasil retornou ao Mapa da Fome, depois de estar desde 2014 longe do mesmo.As Carolinas estão cada vez mais por aí e elas devem ter o direito de contar suas histórias e não serem esquecidas, pois, como afirma o provérbio africano, popularizado pelo escritor nigeriano Chinua Achebe: "Enquanto os leões não tiverem seus próprios historiadores, as histórias de caça continuarão glorificando o caçador".

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1: AS LEOAS CONTAM SUAS HISTÓRIAS

Considerando o que foi dito sobre o conceito de epistemicídio (apagamento), pesquise sobre mulheres negras e pobres que foram apagadas da História, independente da área do saber, seja as Ciências Humanas, Exatas, Ciências Naturais e Biológicas, Música, Cinema, Literatura, entre outras. Cada grupo deve escolher e pesquisar apenas uma, criando assim uma postagem no Instagram sobre ela, com sua biografia, importância histórica e/ou cultural, e explicar sobre as causas de seu apagamento histórico, de forma resumida. A postagem será feita em uma página no Instagram criada pelo Professor ou Professora da turma.

ETAPA 2: FAVELA VIVE

Tendo em vista a marginalização que ocorre com as produções que retratam o cotidiano das favelas do Brasil, escolham em grupo uma determinada obra, seja ela literária, uma música ou álbum musical de qualquer gênero (Hip-Hop, Funk, Samba, Reggae, Trap, entre outros), um filme e/ou série que retrata a vivência nas favelas brasileiras. Escolha a obra, explique o que ela aborda, analise criticamente e relacione o processo de marginalização dessa obra com a de Carolina Maria de Jesus. Faça isso em um vídeo, pode ser pelo Tik Tok ou outra plataforma, os grupos podem escolher se vão aparecer ou gravar apenas suas vozes, utilizando os recursos que quiserem.Para analisar de forma crítica a obra escolhida, pense:Quais são as críticas que ela faz? O que essas críticas têm a ver com temas estudados pela História? Quais recursos os autores utilizam para falar desses temas?

ETAPA 3: "Olhe pra sua nega véia e entenda que num é em blog de hippie boy que se aprende sobre ancestralidade"

Individualmente, pense nas mulheres negras ao seu redor, sejam elas de sua família, rua, bairro ou comunidade. Escolha uma delas que, para você, a trajetória lembre a de Carolina Maria de Jesus e seja uma inspiração. Conte a história dela em um texto. Ao final do texto, explique o porquê dela te remeter à figura da Carolina Maria de Jesus, demonstrando em que ponto a trajetória delas é parecida. Além disso, explique o motivo dela ser uma inspiração para você e quais saberes a História dela te transmitiu.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOSOs estudantes deverão compreender como o racismo e o elitismo geram a marginalização das pessoas negras e de favelas, o que provoca um apagamento da importância dessas pessoas para a sociedade, ocultando suas contribuições. Deverão entender também que a favela produz conhecimento o tempo todo, que mulheres negras e pobres também podem ser grandes intelectuais e escritoras, que não é preciso ser branco, com dinheiro e falar de forma "culta" para criar obras importantes. Sendo assim, os discentes sairão da aula questionando o mundo em que vivem, pensando quantas Carolinas foram e são apagadas, e quais outros exemplos temos.CONCEITOSApagamento da produção de conhecimento das pessoas negras (explicar de forma resumida e lúdica o conceito de epistemicídio, sem se ater ao conceito em si). Utilizar como exemplo outras figuras negras que foram apagadas ou embranquecidas, como: Machado de Assis, Lima Barreto, Dandara dos Palmares, Maria Firmina dos Reis, João Cândido, André Rebouças, Tereza de Benguela, Milton Santos, Luís Gama, Luiza Mahin, Tia Ciata, Maria Felipa, Mariana Crioula.
Conduzir a reflexão de como esse apagamento fruto do racismo também oculta as produções de saberes do continente africano. Dar exemplo sobre os egípcios e a construção das pirâmides e monumentos, como eles são retratados como pessoas brancas ou até "aliens" que realizaram tais obras. Além disso, citar como se apaga a importância dos países africanos para a medicina, filosofia, astronomia, matemática, literatura, artes marciais. Portanto, pensar o continente africano como subdesenvolvido ou exótico é uma consequência desse apagamento (epistemicídio) advindo do racismo.
Explicar como a discriminação contra pessoas de favelas, pobres, que não fazem parte da elite, gera marginalização das produções que falam sobre a realidade nas favelas. Usar como referência o funk, que não é visto como cultura por muitos, falar do hip-hop, de como o samba foi proibido ao longo da História. Utilizar como exemplo também filmes, séries, influenciadores sociais.
ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃOContextualizar a obra de Carolina Maria de Jesus e resumi-la, utilizando trechos que reforcem a temática principal.
Os professores deverão criar uma página no Instagram para que os alunos realizem as postagens da atividade. O nome da página pode ser pensado pelos docentes em conjunto com os discentes, de forma criativa.
A turma deverá ser dividida em grupos para a realização das atividades 1 e 2.
As atividades precisarão de um tempo maior para serem realizadas
REFERENCIASARRAES, Jarid. Heroínas Negras em 15 cordéis. São Paulo, Ed. Pólen, 2017.
GUILHERME, J. A. de S. O papel do racismo na construção do Egito branco. In: NEGROS, C. B. de P. (Ed.).
(Re) Existência Intelectual Negra e Ancestral. [S.l.: s.n.], 2018. OLIVA, A. R. Desafricanizar o Egito, embranquecer Cleópatra: silêncios epistêmicos nas leituras eurocêntricas sobre o Egito em manuais escolares de História no PNLD 2018. Romanitas – Revista de Estudos Grecolatinos, n. 10, p. 26 – 63, 2017. ISSN 2318-9304.
POSTALI, T. Música e identidade cultural: O rap como a ferramenta de comunicação dos territórios urbanos marginalizados. RIF, Ponta Grossa, v. 17, n. 38, p. 132 – 143, Janeiro/Junho 2019. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/ view/2358/563563674.
SILVA, V. S. da. FAVELA: NÃO SOMOS MARGINAIS, FOMOS MARGINALIZADOS. História, Natureza e Espaço, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, 2017. ISSN 2317-8361. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/niesbf/article/view/32004.
VIEIRA, F. S. da S. Descolonização dos saberes africanos: reflexões sobre história e cultura africana no contexto da lei 10.639/03. ; ponto-e-vírgula, v. 11, n. 2012, p. 98 – 115.
https://www.geledes.org.br/epistemicidio/
https://www.almapreta.com/editorias/realidade/epistemicidio-a-morte-comeca-antes-do-tiro
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2175-80262014000200051&script=sci_arttext
https://revistacult.uol.com.br/home/heroinas-negras-se-tornam-protagonistas-em-coletanea-de-cordeis/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42033622
https://www.geledes.org.br/foto-inedita-de-machado-de-assis-reaquece-polemica-sobre-embranquecimento-do-autor/
https://www.geledes.org.br/duas-cores-de-machado-de-assis/
https://www.geledes.org.br/autora-negra-antecipou-o-abolicionismo-na-literatura-brasileira-em-1859/
https://www.rfi.fr/br/brasil/20200625-le-monde-conta-como-o-brasil-embranqueceu-suas-personalidades-negras-como-machado-de-assis
https://www.vice.com/pt/article/qvg8qm/o-funk-e-a-criminalizacao-da-cultura-periferica-jovem-no-brasil

APRESENTAÇÃO

A obra "Quarto de Despejo- diário de uma favelada" de Carolina Maria de Jesus completa sessenta anos em 2020, porém, poucos brasileiros conhecem a sua história e importância. Carolina faleceu pobre e com pouco reconhecimento, apesar de terem sido vendidos 80 mil exemplares, traduzidos para 16 idiomas em 46 países. Sua obra recebeu ainda elogios dos escritores Ferreira Gullar, Manuel Bandeira e Clarice Lispector, que disse: "Você é a única que conta a realidade".Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914 na cidade de Sacramento em Minas Gerais. Ela era neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta. Desde criança queria aprender a ler, algo que foi concretizado quando uma das freguesas de sua mãe lhe deu a oportunidade de estudar apenas até a segunda série do primário, pois, Carolina precisou parar os estudos para ajudar a família. Com a morte de sua mãe em 1947, ela se mudou para São Paulo e lá acabou engravidando. Na época, ninguém empregava mães solteiras e Carolina foi morar na rua, tendo que virar catadora para sobreviver. Foi então que ela se mudou para a favela do Canindé: o governador paulista Ademar de Barros havia mandado recolher todos os mendigos pelas ruas e despejá-los num grande terreno à margem do rio Tietê.Esse processo de esquecimento da obra de Carolina de Jesus é marcado pelo racismo, e uma das formas de manifestação do racismo é o apagamento do conhecimento de pessoas negras, em diversas áreas do saber. Assim, impede-se que os negros ocupem o lugar de sujeitos produtores de conhecimento, desvalorizando e ocultando as contribuições das pessoas negras para a humanidade- seja na História do continente africano ou com a população negra que vive em outros continentes. Esse tema foi pensado pela filósofa Sueli Carneiro, ela chama esse processo de epistemicídio.Por conta disso, Carolina teve o seu local de escritora negado, sendo retratada apenas como mera porta-voz da miséria, o que desqualifica o seu conhecimento e rejeita a sua capacidade de produzir saberes. Sua obra recebeu atenção por pouco tempo, pois, de início ela servia como um "testemunho exótico de uma realidade distante", que matava a curiosidade dos intelectuais brancos sobre o que se vivenciava nas favelas.Contudo, com o fim dessa curiosidade e por conta de outras publicações de Carolina que teceram críticas a essa elite intelectual, pessoas brancas e ricas que humilham e marginalizam os favelados e negros, ocorreu esse progressivo processo de apagamento (epistemícidio) da obra da escritora, que passou a incomodar seja por sua escrita "pouco culta" ou pelas suas críticas ás elites.Além de apagar a figura de Carolina e o que ela representa, há também uma evidente tentativa de silenciar um Brasil que não queremos enxergar, um País composto por pessoas que passam fome, vivem em situações precárias. De acordo com o Professor Eduardo de Assis Duarte, coordenador do portal Literafro, de Literatura Afro-Brasileira, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais:* "Quarto de despejo'' se configura como documento histórico ao trazer a fome para o centro da narrativa. É a primeira vez que o processo de modernização excludente posto em prática no Brasil é narrado em detalhes por uma de suas vítimas. Quem faz a crítica não é o pesquisador, nem o estudioso, é uma mulher do povo, que tem que catar no lixo a própria sobrevivência. E isto no momento em que se inaugura Brasília, como símbolo do que seria o 'novo' Brasil''. *Sendo assim, pensar a obra de Carolina Maria de Jesus significa pensar o racismo no Brasil, a formação das favelas, o epistemicídio (apagamento), a exclusão de mulheres negras, a fome e a desigualdade social. Temas esses que são urgentes em 2020, posto que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) esse ano o Brasil retornou ao Mapa da Fome, depois de estar desde 2014 longe do mesmo.As Carolinas estão cada vez mais por aí e elas devem ter o direito de contar suas histórias e não serem esquecidas, pois, como afirma o provérbio africano, popularizado pelo escritor nigeriano Chinua Achebe: "Enquanto os leões não tiverem seus próprios historiadores, as histórias de caça continuarão glorificando o caçador".

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1: AS LEOAS CONTAM SUAS HISTÓRIAS

Considerando o que foi dito sobre o conceito de epistemicídio (apagamento), pesquise sobre mulheres negras e pobres que foram apagadas da História, independente da área do saber, seja as Ciências Humanas, Exatas, Ciências Naturais e Biológicas, Música, Cinema, Literatura, entre outras. Cada grupo deve escolher e pesquisar apenas uma, criando assim uma postagem no Instagram sobre ela, com sua biografia, importância histórica e/ou cultural, e explicar sobre as causas de seu apagamento histórico, de forma resumida. A postagem será feita em uma página no Instagram criada pelo Professor ou Professora da turma.

ETAPA 2: FAVELA VIVE

Tendo em vista a marginalização que ocorre com as produções que retratam o cotidiano das favelas do Brasil, escolham em grupo uma determinada obra, seja ela literária, uma música ou álbum musical de qualquer gênero (Hip-Hop, Funk, Samba, Reggae, Trap, entre outros), um filme e/ou série que retrata a vivência nas favelas brasileiras. Escolha a obra, explique o que ela aborda, analise criticamente e relacione o processo de marginalização dessa obra com a de Carolina Maria de Jesus. Faça isso em um vídeo, pode ser pelo Tik Tok ou outra plataforma, os grupos podem escolher se vão aparecer ou gravar apenas suas vozes, utilizando os recursos que quiserem.Para analisar de forma crítica a obra escolhida, pense:Quais são as críticas que ela faz? O que essas críticas têm a ver com temas estudados pela História? Quais recursos os autores utilizam para falar desses temas?

ETAPA 3: "Olhe pra sua nega véia e entenda que num é em blog de hippie boy que se aprende sobre ancestralidade"

Individualmente, pense nas mulheres negras ao seu redor, sejam elas de sua família, rua, bairro ou comunidade. Escolha uma delas que, para você, a trajetória lembre a de Carolina Maria de Jesus e seja uma inspiração. Conte a história dela em um texto. Ao final do texto, explique o porquê dela te remeter à figura da Carolina Maria de Jesus, demonstrando em que ponto a trajetória delas é parecida. Além disso, explique o motivo dela ser uma inspiração para você e quais saberes a História dela te transmitiu.

Apresentação

Após o golpe de 31 de março de 1964, o governo de João Goulart (Jango) é derrubado e instaura-se uma Ditadura Militar. Inicialmente apoiados por setores da sociedade, os militares pretendiam apenas reestabelecer a ordem e servir de ponte para a continuidade democrática, no entanto, eles permaneceram no poder endurecendo o regime, perseguindo e prendendo opositores políticos, dissolvendo o parlamento, cassando mandatos, censurando os meios de comunicação e torturando milhares de presos políticos ao longo de 21 anos.
O “milagre econômico” entre os anos 1968 e 1973 garantiu alguma legitimidade ao regime, mas findado esse ciclo iniciou-se uma crise econômica e uma série de insatisfações por conta da violência e repressão. Em 1974, sob o governo Geisel, iniciou-se um processo de abertura lenta, gradual e segura que vai se consolidar apenas no fim dos anos 80.
O ano de 1985 foi um marco do fim desse período ao representar o retorno do Poder Executivo aos civis, entretanto, essa transição democrática não foi simples, envolvendo rupturas e continuidades.Esse ano o presidente Jair Bolsonaro determinou que as Forças Armadas poderiam comemorar os 55 anos do golpe de 31 de março 1964, uma estratégia polêmica de mudar a narrativa sobre como se conta a história da Ditadura Militar brasileira que trouxe à tona um intenso debate.
O objetivo dessa atividade é refletir em torno de dois momentos do processo de redemocratização: A Anistia e o movimento das “Diretas Já”. A partir dessa reflexão, estimular um exercício de empatia que amplie a compreensão acerca do autoritarismo brasileiro ao entender de que forma o desenrolar dos acontecimentos contribuem para uma linha narrativa que nega ou relativiza a violência, a repressão, a tortura e a censura que caracterizaram a ditadura.

ORIENTAÇÕES

  • Questão 1: Anistia

(chargista Carlos Latuff, 2010)

O endurecimento do regime provocou uma fuga em massa de brasileiros para o exílio. Além de líderes políticos da oposição, também fugiram estudantes, intelectuais, artistas, militantes, nomes importantes do cenário musical como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros. As estimativas sobre o número de pessoas forçadas a partir durante a ditadura militar variam entre 5 mil e 10 mil.A Lei de Anistia, decretada em 1979, ao mesmo tempo em que autorizou o retorno ao cenário político nacional figuras políticas populares que estavam exiladas, libertando muitas pessoas da prisão e devolvendo direitos civis e políticos a tantas outras, ela também legitimou o discurso de “conciliação nacional” que marcou a redemocratização brasileira.Pesquise sobre uma pessoa que tenha sido exilada durante a ditadura militar (existem muitos exemplos famosos fáceis de encontrar) e busque entender o contexto vivido por ela, para qual país foi, quais foram suas dificuldades e angústias vivendo fora de seu país de origem.Agora é a hora de exercer a empatia! Imagine que você tenha sido exilado (a) por conta do seu posicionamento e tenha ido viver em outro país. Produza algum documento contando a sua experiência e os seus dilemas, pode ser uma carta, uma música, um texto, uma arte ou um poema. Você pode se inspirar na sua pesquisa anterior, mas também tem liberdade criativa para desenvolver uma história autêntica.

  • Questão 2: O movimento das “Diretas Já!”

(Fotografia: Angelo Perosa)

A partir de emenda constitucional apresentada pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB), iniciou-se uma campanha popular para pressionar a Câmara dos Deputados a aprovar a eleição direta para a presidência. Às vésperas da votação na Câmara, a campanha ganhou força, com a realização de gigantescos comícios, comandados pelos líderes dos partidos de oposição. Mesmo pressionada pelo regime, que recorreu a medidas de exceção, a emenda Dante de Oliveira obteve 298 votos na Câmara, ficando a apenas 22 do quórum necessário (2/3) para a sua aprovação.Apesar da rejeição da Emenda na Câmara dos Deputados, o movimento pelas "Diretas Já" teve grande importância, suas lideranças passaram a formar a nova elite política brasileira e o processo de redemocratização culminou com a volta do poder civil em 1985, na aprovação da nova Constituição Federal de 1988 e com a realização das eleições diretas para Presidente da República em 1989.Faça uma breve pesquisa sobre o que foi as “Diretas Já!” para compreender as dimensões do movimento e as demandas dos grupos envolvidosAs manifestações e movimentos populares sempre fizeram parte da história, representando demandas dos mais variados tipos em prol da melhoria das condições de vida da população e, muitas vezes, obtendo importantes conquistas. Agora é a sua vez de refletir sobre as atuais condições de vida e elaborar algum material expondo suas críticas e demandas. Pode ser um cartaz, um panfleto, uma matéria de jornal, uma arte ou um texto. Exerça sua criatividade e a sua cidadania!

Apresentação

Após o golpe de 31 de março de 1964, o governo de João Goulart (Jango) é derrubado e instaura-se uma Ditadura Militar. Inicialmente apoiados por setores da sociedade, os militares pretendiam apenas reestabelecer a ordem e servir de ponte para a continuidade democrática, no entanto, eles permaneceram no poder endurecendo o regime, perseguindo e prendendo opositores políticos, dissolvendo o parlamento, cassando mandatos, censurando os meios de comunicação e torturando milhares de presos políticos ao longo de 21 anos.
O “milagre econômico” entre os anos 1968 e 1973 garantiu alguma legitimidade ao regime, mas findado esse ciclo iniciou-se uma crise econômica e uma série de insatisfações por conta da violência e repressão. Em 1974, sob o governo Geisel, iniciou-se um processo de abertura lenta, gradual e segura que vai se consolidar apenas no fim dos anos 80.
O ano de 1985 foi um marco do fim desse período ao representar o retorno do Poder Executivo aos civis, entretanto, essa transição democrática não foi simples, envolvendo rupturas e continuidades.Esse ano o presidente Jair Bolsonaro determinou que as Forças Armadas poderiam comemorar os 55 anos do golpe de 31 de março 1964, uma estratégia polêmica de mudar a narrativa sobre como se conta a história da Ditadura Militar brasileira que trouxe à tona um intenso debate.
O objetivo dessa atividade é refletir em torno de dois momentos do processo de redemocratização: A Anistia e o movimento das “Diretas Já”. A partir dessa reflexão, estimular um exercício de empatia que amplie a compreensão acerca do autoritarismo brasileiro ao entender de que forma o desenrolar dos acontecimentos contribuem para uma linha narrativa que nega ou relativiza a violência, a repressão, a tortura e a censura que caracterizaram a ditadura.

ORIENTAÇÕES

  • Questão 1: Anistia

(chargista Carlos Latuff, 2010)

O endurecimento do regime provocou uma fuga em massa de brasileiros para o exílio. Além de líderes políticos da oposição, também fugiram estudantes, intelectuais, artistas, militantes, nomes importantes do cenário musical como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros. As estimativas sobre o número de pessoas forçadas a partir durante a ditadura militar variam entre 5 mil e 10 mil.A Lei de Anistia, decretada em 1979, ao mesmo tempo em que autorizou o retorno ao cenário político nacional figuras políticas populares que estavam exiladas, libertando muitas pessoas da prisão e devolvendo direitos civis e políticos a tantas outras, ela também legitimou o discurso de “conciliação nacional” que marcou a redemocratização brasileira.Pesquise sobre uma pessoa que tenha sido exilada durante a ditadura militar (existem muitos exemplos famosos fáceis de encontrar) e busque entender o contexto vivido por ela, para qual país foi, quais foram suas dificuldades e angústias vivendo fora de seu país de origem.Agora é a hora de exercer a empatia! Imagine que você tenha sido exilado (a) por conta do seu posicionamento e tenha ido viver em outro país. Produza algum documento contando a sua experiência e os seus dilemas, pode ser uma carta, uma música, um texto, uma arte ou um poema. Você pode se inspirar na sua pesquisa anterior, mas também tem liberdade criativa para desenvolver uma história autêntica.

  • Questão 2: O movimento das “Diretas Já!”

(Fotografia: Angelo Perosa)

A partir de emenda constitucional apresentada pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB), iniciou-se uma campanha popular para pressionar a Câmara dos Deputados a aprovar a eleição direta para a presidência. Às vésperas da votação na Câmara, a campanha ganhou força, com a realização de gigantescos comícios, comandados pelos líderes dos partidos de oposição. Mesmo pressionada pelo regime, que recorreu a medidas de exceção, a emenda Dante de Oliveira obteve 298 votos na Câmara, ficando a apenas 22 do quórum necessário (2/3) para a sua aprovação.Apesar da rejeição da Emenda na Câmara dos Deputados, o movimento pelas "Diretas Já" teve grande importância, suas lideranças passaram a formar a nova elite política brasileira e o processo de redemocratização culminou com a volta do poder civil em 1985, na aprovação da nova Constituição Federal de 1988 e com a realização das eleições diretas para Presidente da República em 1989.Faça uma breve pesquisa sobre o que foi as “Diretas Já!” para compreender as dimensões do movimento e as demandas dos grupos envolvidosAs manifestações e movimentos populares sempre fizeram parte da história, representando demandas dos mais variados tipos em prol da melhoria das condições de vida da população e, muitas vezes, obtendo importantes conquistas. Agora é a sua vez de refletir sobre as atuais condições de vida e elaborar algum material expondo suas críticas e demandas. Pode ser um cartaz, um panfleto, uma matéria de jornal, uma arte ou um texto. Exerça sua criatividade e a sua cidadania!

GUIA DO PROFESSOR

O objetivo geral das questões é gerar um sentimento de empatia que ajude a ampliar a compreensão da Redemocratização ao evidenciar a complexidade do longo processo de abertura lenta, gradual e segura, apontando as rupturas e continuidades do fim da ditadura militar em 1985.Entre as rupturas, pode-se apontar para:I) o fim da repressão do regime de exceção
II) a ampliação da participação política
III) o retorno do pluripartidarismo político-eleitoral
IV) fim da nomeação direta, pelo Executivo
Entre as continuidades, pode-se apontar para:I) o controle vertical do processo de transição democrática
II) a manutenção de políticos que apoiavam o regime militar no novo governo, tendo como principal exemplo a Aliança Democrática, com José Sarney como vice.
E entre os objetivos específicos, pretende-se estimular uma reflexão sobre a influência dessas continuidades na transição democrática pós-Ditadura e nos revisionismos negacionistas atuais que costumam relativizar e abrandar os lados negativos desse período.
Outro fato importante que pode ser levantado diz respeito a dimensão econômica, relacionando a grave crise econômica dos anos 80 com a política econômica dos anos do “milagre econômico” de aumento do endividamento externo. Essa crise minou o início da fase democrática impedindo um aprofundamento de transformações democráticas e de políticas econômicas capazes de garantir uma melhor distribuição de renda e melhoria das condições de vida da população como um todo.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1: A CLT como conquista dos trabalhadores

A Consolidação das Leis do Trabalho é conjunto de leis e regras que regularizam e atribuem direitos e deveres ao empregador e ao empregado. Determinando penalidades, dispositivos de fiscalização e requisitos para o exercício das atividades laborais.A CLT foi interpretada por propagandistas e estudiosos como uma concessão de Getúlio Vargas (presidente em exercício em 1943), que compreendia as demandas da massa trabalhadora e as atendia.
Com o passar dos tempos novos estudos sobre a construção de direitos trabalhistas revelaram lutas de trabalhadores antes ocultas.
É chegada a hora de experimentarmos um pouco dessa dinâmica de trabalho, onde tentaremos expor como as leis apresentadas na CLT já estavam em pauta na luta trabalhista anos, décadas antes de Getúlio as aprovar.Para isso escolha um dos artigos da CLT abaixo; em seguida vá até a hemeroteca da Biblioteca Nacional e busque por duas greves, que antecedem a CLT e tenham entre suas reivindicações o direito garantido no artigo da CLT escolhido.
Então crie uma linha do tempo com essas greves, a linha do tempo deve conter a classe profissional que a protagoniza o ano e mês em que ocorreu e seus principais objetivos.

Artigos da CLT:

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.Art. 157 - Todos os locais de trabalho deverão ter iluminação suficiente para que o trabalho possa ser executado sem perigo de acidente para o trabalhador e sem que haja prejuízo para o seu organismo.Art. 170 - Em todos os locais de trabalho, situados em regiões onde haja abastecimento de água, deverão ser fornecidas aos trabalhadores facilidades para a obtenção de água para beber, potável e higiênica, sempre que possível, por meio de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora, e proibidos em qualquer caso os copos coletivos ou torneiras sem proteção.Obs.: As causas envoltas nas reivindicações não precisam ser exatamente as mesmas, mas precisam esta em uma mesma lógica, por exemplo, os artigos 157 e 170 dizem respeito às condições estruturais de trabalho.Dica: A ferramenta de pesquisa da hemeroteca digital possui um local onde você pode selecionar o período de publicação, vale a pena se atentar a isso para poupar tempo e evitar periódicos fora do século XX e posterior a CLT.

**Indicação de materiais: **

ETAPA 2: A continuidade das lutas passadas no presente

É possível notar através da atividade anterior que as motivações e reivindicações nas manifestações de trabalhadoras se repetem, isso se deve a continuidades na estrutura de trabalho.Buscando um apontamento prático da afirmação anterior, selecione uma movimentação trabalhista do século XXI e uma das utilizadas por você(s) na atividade 01 e aponte as semelhanças entre elas.Não há mínimo ou máximo de linhas, mas sua exposição deve ser clara, por exemplo: se a greve tiver como protagonista motoristas e eles lutarem por uma melhor remuneração e redução da jornada de trabalho isso deve estar expresso no texto.

ORIENTAÇÕES

ETAPA 1: A CLT como conquista dos trabalhadores

A Consolidação das Leis do Trabalho é conjunto de leis e regras que regularizam e atribuem direitos e deveres ao empregador e ao empregado. Determinando penalidades, dispositivos de fiscalização e requisitos para o exercício das atividades laborais.A CLT foi interpretada por propagandistas e estudiosos como uma concessão de Getúlio Vargas (presidente em exercício em 1943), que compreendia as demandas da massa trabalhadora e as atendia.
Com o passar dos tempos novos estudos sobre a construção de direitos trabalhistas revelaram lutas de trabalhadores antes ocultas.
É chegada a hora de experimentarmos um pouco dessa dinâmica de trabalho, onde tentaremos expor como as leis apresentadas na CLT já estavam em pauta na luta trabalhista anos, décadas antes de Getúlio as aprovar.Para isso escolha um dos artigos da CLT abaixo; em seguida vá até a hemeroteca da Biblioteca Nacional e busque por duas greves, que antecedem a CLT e tenham entre suas reivindicações o direito garantido no artigo da CLT escolhido.
Então crie uma linha do tempo com essas greves, a linha do tempo deve conter a classe profissional que a protagoniza o ano e mês em que ocorreu e seus principais objetivos.

Artigos da CLT:

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.Art. 157 - Todos os locais de trabalho deverão ter iluminação suficiente para que o trabalho possa ser executado sem perigo de acidente para o trabalhador e sem que haja prejuízo para o seu organismo.Art. 170 - Em todos os locais de trabalho, situados em regiões onde haja abastecimento de água, deverão ser fornecidas aos trabalhadores facilidades para a obtenção de água para beber, potável e higiênica, sempre que possível, por meio de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora, e proibidos em qualquer caso os copos coletivos ou torneiras sem proteção.Obs.: As causas envoltas nas reivindicações não precisam ser exatamente as mesmas, mas precisam esta em uma mesma lógica, por exemplo, os artigos 157 e 170 dizem respeito às condições estruturais de trabalho.Dica: A ferramenta de pesquisa da hemeroteca digital possui um local onde você pode selecionar o período de publicação, vale a pena se atentar a isso para poupar tempo e evitar periódicos fora do século XX e posterior a CLT.

**Indicação de materiais: **

ETAPA 2: A continuidade das lutas passadas no presente

É possível notar através da atividade anterior que as motivações e reivindicações nas manifestações de trabalhadoras se repetem, isso se deve a continuidades na estrutura de trabalho.Buscando um apontamento prático da afirmação anterior, selecione uma movimentação trabalhista do século XXI e uma das utilizadas por você(s) na atividade 01 e aponte as semelhanças entre elas.Não há mínimo ou máximo de linhas, mas sua exposição deve ser clara, por exemplo: se a greve tiver como protagonista motoristas e eles lutarem por uma melhor remuneração e redução da jornada de trabalho isso deve estar expresso no texto.

GUIA DO PROFESSOR

OBJETIVOSEssas atividades buscam mostrar aos alunos como as conquistas dos trabalhadores se devem ao seu protagonismo na luta por estes direitos e como a precarização das condições de trabalho não é algo novo.Além desse primeiro objetivo, também busca exibir a continuidade da estrutura de exploração do trabalhador que os leva em diferentes períodos da história a lutar pela dignidade profissional.

**REFERÊNCIAS **LUCA, Tânia Regina. Direitos sociais no Brasil. In: Pinsky, Jaime e Pinsky, Carla Bassanezi (orgs.) História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003. (pp. 265-310)CAMPANA, Priscila. O mito da consolidação das Leis Trabalhistas como reprodução da Carta Del Lavoro. Revista Jurídica - CCJ/FURB. V. 12, n° 23, p. 44-62, jan./jun. 2008
http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/

APRESENTAÇÃO

O cangaço é um tema de muitas disputas na narrativa histórica e vamos tratar sobre elas nesta atividade.

I. Leia o material, disponível no link abaixo, elaborado pelo PET História UFF sobre o assunto.

II. O cangaço também foi um tema extremamente trabalhado pelo cinema. Assista abaixo o filme curta metragem “Lampião, rei do cangaço” (1936).

III. Considerando as reflexões sobre perspectivas da narrativa histórica contidas no texto e as imagens registradas no filme, escreva suas impressões sobre esse conflito de representações. O seu texto deve ser desenvolvido no formato de literatura de Cordel, um gênero literário que também explorou de formas diversas o movimento do Cangaço.

** Para se inspirar: **Trecho do cordel “Brasi Caboco” do poeta popular brasileiro Severino de Andrade Silva, mais conhecido como Zé da Luz

** Brasi Caboco **O que é Brasí Caboco?
É um brasi diferente
do Brasi da capitá.
É um brasi brasilêro
sem mistura de instrangero,
um Brasi nacioná! [...]

Clique no link abaixo para acessar o texto completo:

O Cangaceiro, filme realizado pelos alunos de Design da UFPE, conta a história de Lampião, personagem histórico da Região Nordeste. Baseado em literatura de cordel, os versos narram seus infortúnios e seus amores, seu triunfo e seu declínio, e até seus acordos com o capeta. A animação mostra um pouco dos mitos e da fantasia que envolve o imaginário acerca do personagem.

APRESENTAÇÃO

O cangaço é um tema de muitas disputas na narrativa histórica e vamos tratar sobre elas nesta atividade.

I. Leia o material, disponível no link abaixo, elaborado pelo PET História UFF sobre o assunto.

II. O cangaço também foi um tema extremamente trabalhado pelo cinema. Assista abaixo o filme curta metragem “Lampião, rei do cangaço” (1936).

III. Considerando as reflexões sobre perspectivas da narrativa histórica contidas no texto e as imagens registradas no filme, escreva suas impressões sobre esse conflito de representações. O seu texto deve ser desenvolvido no formato de literatura de Cordel, um gênero literário que também explorou de formas diversas o movimento do Cangaço.

** Para se inspirar: **Trecho do cordel “Brasi Caboco” do poeta popular brasileiro Severino de Andrade Silva, mais conhecido como Zé da Luz

** Brasi Caboco **O que é Brasí Caboco?
É um brasi diferente
do Brasi da capitá.
É um brasi brasilêro
sem mistura de instrangero,
um Brasi nacioná! [...]

Clique no link abaixo para acessar o texto completo:

O Cangaceiro, filme realizado pelos alunos de Design da UFPE, conta a história de Lampião, personagem histórico da Região Nordeste. Baseado em literatura de cordel, os versos narram seus infortúnios e seus amores, seu triunfo e seu declínio, e até seus acordos com o capeta. A animação mostra um pouco dos mitos e da fantasia que envolve o imaginário acerca do personagem.

APRESENTAÇÃO

O cangaço foi um tema retratado por muitos artistas brasileiros ao longo do tempo, como, por exemplo, as obras dispostas abaixo. Observe e faça uma análise comparativa sobre os elementos que as compõem, identifique os símbolos do cangaço, e como eles se relacionam com o contexto histórico, social e regional do movimento.

Cangaceiro (Cândido Portinari, 1958)

Cangaceiros (Hector Bernabó, 1980)

Casal de Cangaceiros (Antonio Rolim, 1977)

APRESENTAÇÃO

O cangaço foi um tema retratado por muitos artistas brasileiros ao longo do tempo, como, por exemplo, as obras dispostas abaixo. Observe e faça uma análise comparativa sobre os elementos que as compõem, identifique os símbolos do cangaço, e como eles se relacionam com o contexto histórico, social e regional do movimento.

Cangaceiro (Cândido Portinari, 1958)

Cangaceiros (Hector Bernabó, 1980)

Casal de Cangaceiros (Antonio Rolim, 1977)

GUIA DO PROFESSOR

O objetivo das atividades é trabalhar o tema do cangaço e como disputas de narrativa histórica que envolvem o tema e a imagem dos principais representantes do movimento, forma lúdica, através da arte.Atividade 1:
Sugestão: Se for possível, confeccione o livreto do cordel com os alunos, assim eles podem produzir também a arte da capa, o que envolve um processo de produção mais amplo que apenas o texto, tornando-se, assim, mais atrativo .
** Atividade 2:**
Sugestão: Pode ser realizada de forma interdisciplinar com o professor de arte.

**MATERIAL DE APOIO **

APRESENTAÇÃO

Leia o material produzido pelo Remorizando:

Escolha um destes famosos casos de assassinato na Ditadura Militar (1964-1985) para se aprofundar:A) O assassinato de Manoel Fiel Filho no Anexo 1
B) O assassinato de Vladimir Herzog no Anexo 2
Os casos selecionados são resultado do trabalho de pesquisa de comissões da verdade. A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi instituída em 2011 pelo Governo Federal para investigar violações de direitos humanos do Estado brasileiro entre 1946 e 1988, especialmente no período da Ditadura Militar (1964-1985). A partir do trabalho da CNV outras comissões surgiram nos governos estaduais, nas universidades e nos movimentos sociais.A partir das leituras nos anteriores você deve produzir:A) Uma seção de relatório de uma comissão da verdade sobre um dos casos citados no Rememorizando (Assassinato de Marielle Franco; Massacre de Eldorado dos Carajás; Massacre de Volta Redonda). As taxas devem ter um pequeno resumo do caso, assim como o que foi feito para garantir a justiça para as vítimas. (Entre umas e duas páginas)B) Um projeto de monumento para um dos casos relatados nas Comissões da Verdade (Assassinatos de Manoel Fiel Filho e de Vladimir Herzog). O projeto pode ter a característica que você desejar (estátua, placa, memorial ou outro). O projeto deve ter uma descrição (no máximo uma página) e um desenho mostrando como seria o monumento.

Como inspiração observe alguns momentos em homenagem aos mortos e desaparecidos na Ditadura Militar:

ANEXO 1

**Caso Manuel Fiel Filho **Operário metalúrgico, casado com Thereza de Lourdes Martins Fiel, teve duas filhas. Mudou-se para São Paulo nos anos 1950, onde experimentou como padeiro, cobrador de ônibus, até chegar a um metalúrgico prensista na Metal Arte, no bairro da Mooca.Foi preso em 16 de janeiro de 1976, às 12h, por dois homens que se diziam funcionários da prefeitura. Levado para a sede do DOI-CODI / SP, Fiel Filho foi torturado e, no dia seguinte, acareado com Sebastião de Almeida, preso sob uma acusação de pertencer ao PCB.Foi preso em 16 de janeiro de 1976, às 12h, por dois homens que se diziam funcionários da prefeitura. Levado para a sede do DOI-CODI / SP, Fiel Filho foi torturado e, no dia seguinte, acareado com Sebastião de Almeida, preso sob uma acusação de pertencer ao PCB. Posteriormente, os órgãos de segurança emitiram uma nota oficial afirmando que Manoel havia se enforcado em sua cela com as próprias meias, naquele mesmo dia 17, por volta das 13 horas. Contudo, segundo os depoimentos de seus companheiros da Metal Arte, onde ele foi preso, o calçado que usava eram chinelos, sem meias, contrariando a versão oficial.As circunstâncias da sua morte são idênticas às de José Ferreira de Almeida, Pedro Jerônimo de Souza e Vladimir Herzog, assassinados em 1975. O corpo apresentava sinais evidentes de torturas, hematomas generalizados, principalmente na região da testa, pulsos e pescoço.Um fato que demonstra a responsabilidade dos órgãos de segurança pela morte de Manoel Fiel é o afastamento do general Ednardo D'Ávila Mello da chefia do II Exército, ocorrido três dias após sua divulgação. O presidente da República, general Ernesto Geisel, também tirou da chefia do CIE o geral Confúcio Danton de Paula Avelino, acirrando uma crise com o ministro do Exército, Sylvio Frota, que foi demitido no ano seguinte. O exame necroscópico, solicitado pelo delegado de polícia Orlando D. Jerônimo, e assinado pelos médicos legistas José Antônio de Mello e José Henrique da Fonseca, confirma a versão oficial.Fiel Filho foi enterrado por seus familiares no Cemitério da IV Parada, em São Paulo.
Documento confidencial encontrado nos arquivos do antigo DOPS/SP registra que era acusado de receber o jornal Voz Operária de Sebastião de Almeida.
Texto retirado de: http://comissaodaverdade.al.sp.gov.br/mortos-desaparecidos/manoel-fiel-filho

ANEXO 2

Caso Vladimir HerzogNascido na antiga Iugoslávia, Vlado Herzog mudou-se com a família para o Brasil ainda criança, em 1942, quando os pais fugiam do nazismo na Europa. Desde a primeira infância, Vlado foi criado em São Paulo e, depois, se naturalizou brasileiro. Fez filosofia da Universidade de São Paulo (USP) em 1959 e no início da década de 60 casou-se com Clarice, com quem permaneceria o resto de sua vida.Vlado começou sua carreira de jornalista em 1959 como repórter de O Estado de S. Paulo, logo depois de se formar em Filosofia na Universidade de São Paulo. Ali ficou até 1965, tendo sido um dos repórteres destacados para uma equipe pioneira que foi instalar um sucursal do Estado em Brasília, nos primeiros meses de vida da nova Capital. Exerceu também as funções de redator e, interinamente, o chefe de reportagem do jornal.
(...)
Agentes do DOI-CODI / SP tentaram prender Herzog na noite de 24 de outubro de 1975 em sua casa, mas ele não estava lá. Foram então à sede da TV Cultura, onde estava trabalhando. Lá, após tensas ganhe entre jornalistas da redação e os agentes, foi acertado que Herzog se apresentaria no dia seguinte, às 8 horas da manhã, na rua Tómas Carvalhal, 1030, sede do DOI-CODI. Como combinado, Vladimir compareceu sem escolta policial, em 25 de outubro de 1975, no DOI-CODI do II Exército. Foi acusado de possíveis ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Sua prisão e morte foi consequência da “Operação Jacarta”, que “atingiu entidades influentes da opinião (Arquidiocese de São Paulo, Sindicato dos Jornalistas, OAB, movimento estudantil, MDB, de acordo com informações de Mário Sérgio de Moraes, no livro O Ocaso da Ditadura: o Caso Herzog). A “Operação Jacarta”, por sua vez, foi parte da “Operação Radar”, uma grande ofensiva do Exército, executada em 1973, para dizimar a direção do PCB. Segundo a versão oficial, Herzog teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário que vestia desde sua entrada no DOI-CODI / SP, no mesmo dia em que foi preso, por volta das 15 horas.A farsa foi desmascarada pelo testemunho de seus companheiros de prisão, Rodolfo Konder e Jorge Benigno Jathay Duque Estrada, jornalistas presos na mesma época no DOI-CODI, que foram acareados com Vlado. Logo após, permaneceram próximos à sala onde ele se encontrava sendo interrogado, de onde ouviam com nitidez seus gritos, o barulho de pancadas e as ordens do torturador para a aplicação de choques.Trechos retirados de: http://comissaodaverdade.al.sp.gov.br/mortos-desaparecidos/vladimir-herzog

APRESENTAÇÃO

Leia o material produzido pelo Remorizando:

Escolha um destes famosos casos de assassinato na Ditadura Militar (1964-1985) para se aprofundar:A) O assassinato de Manoel Fiel Filho no Anexo 1
B) O assassinato de Vladimir Herzog no Anexo 2
Os casos selecionados são resultado do trabalho de pesquisa de comissões da verdade. A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi instituída em 2011 pelo Governo Federal para investigar violações de direitos humanos do Estado brasileiro entre 1946 e 1988, especialmente no período da Ditadura Militar (1964-1985). A partir do trabalho da CNV outras comissões surgiram nos governos estaduais, nas universidades e nos movimentos sociais.A partir das leituras nos anteriores você deve produzir:A) Uma seção de relatório de uma comissão da verdade sobre um dos casos citados no Rememorizando (Assassinato de Marielle Franco; Massacre de Eldorado dos Carajás; Massacre de Volta Redonda). As taxas devem ter um pequeno resumo do caso, assim como o que foi feito para garantir a justiça para as vítimas. (Entre umas e duas páginas)B) Um projeto de monumento para um dos casos relatados nas Comissões da Verdade (Assassinatos de Manoel Fiel Filho e de Vladimir Herzog). O projeto pode ter a característica que você desejar (estátua, placa, memorial ou outro). O projeto deve ter uma descrição (no máximo uma página) e um desenho mostrando como seria o monumento.

Como inspiração observe alguns momentos em homenagem aos mortos e desaparecidos na Ditadura Militar:

ANEXO 1

**Caso Manuel Fiel Filho **Operário metalúrgico, casado com Thereza de Lourdes Martins Fiel, teve duas filhas. Mudou-se para São Paulo nos anos 1950, onde experimentou como padeiro, cobrador de ônibus, até chegar a um metalúrgico prensista na Metal Arte, no bairro da Mooca.Foi preso em 16 de janeiro de 1976, às 12h, por dois homens que se diziam funcionários da prefeitura. Levado para a sede do DOI-CODI / SP, Fiel Filho foi torturado e, no dia seguinte, acareado com Sebastião de Almeida, preso sob uma acusação de pertencer ao PCB.Foi preso em 16 de janeiro de 1976, às 12h, por dois homens que se diziam funcionários da prefeitura. Levado para a sede do DOI-CODI / SP, Fiel Filho foi torturado e, no dia seguinte, acareado com Sebastião de Almeida, preso sob uma acusação de pertencer ao PCB. Posteriormente, os órgãos de segurança emitiram uma nota oficial afirmando que Manoel havia se enforcado em sua cela com as próprias meias, naquele mesmo dia 17, por volta das 13 horas. Contudo, segundo os depoimentos de seus companheiros da Metal Arte, onde ele foi preso, o calçado que usava eram chinelos, sem meias, contrariando a versão oficial.As circunstâncias da sua morte são idênticas às de José Ferreira de Almeida, Pedro Jerônimo de Souza e Vladimir Herzog, assassinados em 1975. O corpo apresentava sinais evidentes de torturas, hematomas generalizados, principalmente na região da testa, pulsos e pescoço.Um fato que demonstra a responsabilidade dos órgãos de segurança pela morte de Manoel Fiel é o afastamento do general Ednardo D'Ávila Mello da chefia do II Exército, ocorrido três dias após sua divulgação. O presidente da República, general Ernesto Geisel, também tirou da chefia do CIE o geral Confúcio Danton de Paula Avelino, acirrando uma crise com o ministro do Exército, Sylvio Frota, que foi demitido no ano seguinte. O exame necroscópico, solicitado pelo delegado de polícia Orlando D. Jerônimo, e assinado pelos médicos legistas José Antônio de Mello e José Henrique da Fonseca, confirma a versão oficial.Fiel Filho foi enterrado por seus familiares no Cemitério da IV Parada, em São Paulo.
Documento confidencial encontrado nos arquivos do antigo DOPS/SP registra que era acusado de receber o jornal Voz Operária de Sebastião de Almeida.
Texto retirado de: http://comissaodaverdade.al.sp.gov.br/mortos-desaparecidos/manoel-fiel-filho

ANEXO 2

Caso Vladimir HerzogNascido na antiga Iugoslávia, Vlado Herzog mudou-se com a família para o Brasil ainda criança, em 1942, quando os pais fugiam do nazismo na Europa. Desde a primeira infância, Vlado foi criado em São Paulo e, depois, se naturalizou brasileiro. Fez filosofia da Universidade de São Paulo (USP) em 1959 e no início da década de 60 casou-se com Clarice, com quem permaneceria o resto de sua vida.Vlado começou sua carreira de jornalista em 1959 como repórter de O Estado de S. Paulo, logo depois de se formar em Filosofia na Universidade de São Paulo. Ali ficou até 1965, tendo sido um dos repórteres destacados para uma equipe pioneira que foi instalar um sucursal do Estado em Brasília, nos primeiros meses de vida da nova Capital. Exerceu também as funções de redator e, interinamente, o chefe de reportagem do jornal.
(...)
Agentes do DOI-CODI / SP tentaram prender Herzog na noite de 24 de outubro de 1975 em sua casa, mas ele não estava lá. Foram então à sede da TV Cultura, onde estava trabalhando. Lá, após tensas ganhe entre jornalistas da redação e os agentes, foi acertado que Herzog se apresentaria no dia seguinte, às 8 horas da manhã, na rua Tómas Carvalhal, 1030, sede do DOI-CODI. Como combinado, Vladimir compareceu sem escolta policial, em 25 de outubro de 1975, no DOI-CODI do II Exército. Foi acusado de possíveis ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Sua prisão e morte foi consequência da “Operação Jacarta”, que “atingiu entidades influentes da opinião (Arquidiocese de São Paulo, Sindicato dos Jornalistas, OAB, movimento estudantil, MDB, de acordo com informações de Mário Sérgio de Moraes, no livro O Ocaso da Ditadura: o Caso Herzog). A “Operação Jacarta”, por sua vez, foi parte da “Operação Radar”, uma grande ofensiva do Exército, executada em 1973, para dizimar a direção do PCB. Segundo a versão oficial, Herzog teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário que vestia desde sua entrada no DOI-CODI / SP, no mesmo dia em que foi preso, por volta das 15 horas.A farsa foi desmascarada pelo testemunho de seus companheiros de prisão, Rodolfo Konder e Jorge Benigno Jathay Duque Estrada, jornalistas presos na mesma época no DOI-CODI, que foram acareados com Vlado. Logo após, permaneceram próximos à sala onde ele se encontrava sendo interrogado, de onde ouviam com nitidez seus gritos, o barulho de pancadas e as ordens do torturador para a aplicação de choques.Trechos retirados de: http://comissaodaverdade.al.sp.gov.br/mortos-desaparecidos/vladimir-herzog

GUIA DO PROFESSOR

A atividade pretende instigar os alunos a compreender as relações entre memória e justiça na História do Brasil. O direito de relembrar a vida e militância de pessoas assassinadas por motivos políticos contribui para lutar por justiça e pela responsabilização autores dos crimes. Esta luta assume diferentes formas ao longo do tempo. Os casos do Rememorizando abordam monumentos construídos em homenagem a militantes assassinados, que posteriormente foram vandalizados. Nestes casos o direito a memória foi a princípio garantido com a construção dos monumentos e a violência simbólica contra estes é justamente uma tentativa de suprimir este direto. Nos casos dos assassinatos na Ditadura Militar o direito a memória foi negado através das versões falsas divulgadas pelos órgãos policiais, e a comissão da verdade foi um mecanismo importante de reparação e justiça para as famílias.É recomendado ao professor que oriente uma leitura mais direcionada, tanto dos textos do Rememorizando quanto dos trechos da Comissão da Verdade, para que o aluno se atenha aos elementos essenciais do debate sobre memória. Outro ponto importante é auxiliar o aluno a compreender a estrutura dos textos da comissão para que eles possam reproduzi-la na terceira parte da atividade.

APRESENTAÇÃO

Marighella foi um sujeito histórico capaz de despertar ao mesmo tempo nas pessoas amor e ódio, algumas pessoas o consideram Terroristas enquanto outras o proclamam como Revolucionário. Por conta desses motivos a memória do Marrighella é constantemente evocada se tornando algo de intensos debates ideológicos, nesse sentido o objetivo dessas questões se caracteriza em compreender as ações de Marighella no seu contexto e assim perceber o uso da sua figura no tempo presente.

1ª Etapa: conhecendo Marighela

Faça uma pesquisa nos links e preencha os dados solicitados:• Tempo de Vida:
• Contexto Político Do Brasil:
• Ocupações:
• Três Acontecimentos Importantes na sua vida:
Links para pesquisa:

** 2 ª Etapa: mosaico e memória **

Agora que já sabemos um pouco mais sobre Marighela chegou a hora de aprofundar as nossas discussões. Escolha em grupo 4 características apontadas na foto e as justifique:

** 3ª Etapa: Marighella no presente**

Após ao seu assassinato no lugar do seu assassinato foi produzido uma lápide em sua memória. Mesmo muitos anos depois desse ocorrido essa homenagem ao Marighella desperta reações heterogenias pois simultaneamente recebe homenagens e depredações. A partir disso da sua lápide vamos refletir o seu legado no presente.

A) Descreva as imagens:
B) Aponte as diferença:
C) Na sua opinião por que o mesmo monumento desperta reações distintas?

Links de apoio:

APRESENTAÇÃO

Marighella foi um sujeito histórico capaz de despertar ao mesmo tempo nas pessoas amor e ódio, algumas pessoas o consideram Terroristas enquanto outras o proclamam como Revolucionário. Por conta desses motivos a memória do Marrighella é constantemente evocada se tornando algo de intensos debates ideológicos, nesse sentido o objetivo dessas questões se caracteriza em compreender as ações de Marighella no seu contexto e assim perceber o uso da sua figura no tempo presente.

1ª Etapa: conhecendo Marighela

Faça uma pesquisa nos links e preencha os dados solicitados:• Tempo de Vida:
• Contexto Político Do Brasil:
• Ocupações:
• Três Acontecimentos Importantes na sua vida:
Links para pesquisa:

** 2 ª Etapa: mosaico e memória **

Agora que já sabemos um pouco mais sobre Marighela chegou a hora de aprofundar as nossas discussões. Escolha em grupo 4 características apontadas na foto e as justifique:

** 3ª Etapa: Marighella no presente**

Após ao seu assassinato no lugar do seu assassinato foi produzido uma lápide em sua memória. Mesmo muitos anos depois desse ocorrido essa homenagem ao Marighella desperta reações heterogenias pois simultaneamente recebe homenagens e depredações. A partir disso da sua lápide vamos refletir o seu legado no presente.

A) Descreva as imagens:
B) Aponte as diferença:
C) Na sua opinião por que o mesmo monumento desperta reações distintas?

Links de apoio:

GUIA DO PROFESSOR

** Base de Texto: **Como sabemos o passado não é algo sólido sendo assim se torna impossível resgata-lo em sua totalidade. Nesse sentido qualquer acontecimento quando é resgatado volta com lacunas e elas são preenchidas através de interpretações individuais. No caso de Marighella não foi diferente, sua memória foi forjada pelo Estado, como Marighella foi considerado inimigo, número da Ditadura-civil militar no Brasil, podemos entender a sua marginalização seja aquela temporalidade e até os dias de hoje. Porém a memória oficial não é a única, temos pessoas distantes da construção oficial que guardam a narrativa de Marighella como revolucionário, o elemento final foi contra o regime ditatorial no Brasil. Portanto na atualidade essas duas interpretações se chocam em busca de legitimidade, nesse sentido, por conta dessas empresas detemos a heterogeneidade do Carlos Marighela. Assim essas atividades tem como objetivo mostrar que o passado e presente coexistema em muitos momentos.** Explicando as atividades **** 1ª Etapa: ** Essa atividade além de tem como objetivo apresentar Marighella aos alunos, desta forma saber um pouco da sua trajetória de vida e sobretudo o impacto das suas ideias em sua contemporaneidade. Sendo assim, no tópico do contexto político no Brasil tem uma grande importância pois através da relação de Marighella com a ditadura é construída sua memória. Em segundo plano revela uma insatisfação social com o governo, fato que não cotidiano da sala de aulas se torna pouco explorado** 2ª Etapa: ** Após conhecer breve o Marighella os alunos receberão a oportunidade de construir a sua memória. O ponto principal aqui não consiste em dizer quem está certo ou errado, na verdade, e faze-los perceber na prática que a mesma pessoa, como ações podem ser interpretadas de maneiras diferentes.** 3ª Etapa: ** Nessa etapa o objetivo se destacar em descrição ao alunos o uso da figura do Marrighella no tempo presente, além disso, romper a perspectiva da História como sinônimo do passado e assim apontar que a todo tempo personagens históricos emergem do passado e fazem parte de debates do tempo presente, logo olhar criticamente os personagens históricos sejam marginalizados ou não se oferece para estudar melhor os debates de seu próprio ritmo.** Bibliografia de Apoio **WILTON, Carlos Lima da Silva: “Biografias: construção e reconstrução da memória”. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/626/421. Acesso em 20 de abril de 2021.BREPOH, Marion; GONÇALVES, Marcos; GABARDO, Emerson: “As violências do estado de exceção e a defesa da memória contra a invisibilidade dos grupos vulneráveis”. Disponível em: https://pos.direito.ufmg.br/rbep/index.php/rbep/article/view/622/500. Acesso em 20 de abril de 2021.MARQUES, Karina “Mea Culpa e a autopunição: o colaboracionista no Não falei de Beatriz Bracher e o desertor no Azul-corvo de Adriana Lisboa”. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/elbc/n60/2316-4018-elbc-60-e6008.pdf. Acesso em 20 de abril de 2021.

APRESENTAÇÃO

Na presente atividade, será tratado acerca da construção da memória da abolição em torno de edificações e monumentos, um fim de questionar não só tais obras nos locais em que estão inseridas, mas também o seu papel e relação na história e na memória social, expondo a complexidade da história e auxiliando no exercício do pensamento crítico entre alunos e professores. Esta atividade será dividida em duas etapas, versando respectivamente sobre os monumentos da Princesa Isabel e Luiz Gama. Como base para a realização das atividades, será utilizado o material do projeto “Re-memorizando” vinculado ao PET - História, disponível nos devidos links.

PRIMEIRA ETAPA

Atividade 1: “Inaugurada na dia 13 de maio de 2003 e localizada em uma avenida em Copacabana que também recebe o nome da princesa, a estátua tem como objetivo homenagear a monarca e celebrar a abolição da escravidão brasileira” (PET-História, 2020). Com base no material disponibilizado juntamente com as orientações do professor, organizem um debate questionando e abordando acerca das narrativas presentes no espaço urbano em torno da edificação, destacando como as questões relacionadas ao monumento podem impactar no imaginário sobre tal processo histórico, o qual acaba colocando a princesa como agente principal e apaga pontos e agentes fundamentais da luta pelo fim da escravidão que não devem ser esquecidos, tornando-se perceptível como a história é algo muito mais complexo.

Atividade 2:Com o fim do debate, os alunos deverão escrever os pontos mais importantes em torno de tais reflexões, a fim de expor a complexidade da história em seus múltiplos processos, evidenciando a existência de diversas revoltas, personalidades, dentre outros, que foram cruciais para o fim da escravidão.

**SEGUNDA PARTE **

A partir de tudo que foi visto, ficou claro como no processo de abolição existiram muitos atores e movimentos importantes para o seu fim, tornando-se perceptível que a Princesa foi uma das agentes em tal processo, não sendo a única, muito menos a mais importante. Entendido isso, agora será trabalhado sobre uma figura que contribuiu bastante para a abolição de múltiplas formas: Luiz Gama. Além de ter provado perante a lei que era livre, Gama por intermédio de arrecadações e luta jurídica conseguiu libertar mais de 500 escravizados. Abaixo podemos ver o busto de Luiz Gama no Largo do Arouche (SP) inaugurado no ano de 1931.

Atividade 3: Depois de analisar a trajetória de Luiz Gama, vamos trabalhar um pouco mais com a memória e história de forma específica. Para destacarmos outros agentes e movimentos na luta pelo fim da escravidão, enfatizando o protagonismo e agência do negro na história, escolha algum indivíduo, revolta ou movimento que evidencie tudo que tratamos na respectiva atividade. Podemos abordar, por exemplo, sobre a Teresa de Benguela, Zé Piolho, da revolta de Dragão do Mar, da Revolta dos Malês, dos Caifazes dentre tantos outros. Assim que for escolhido, o aluno irá fazer um cartaz, uma pintura ou qualquer outra atividade artística que consiga explicitar sua trajetória em torno da luta pela abolição e como são vistos na sociedade atual, apresentando para os colegas em sala de aula.

APRESENTAÇÃO

Na presente atividade, será tratado acerca da construção da memória da abolição em torno de edificações e monumentos, um fim de questionar não só tais obras nos locais em que estão inseridas, mas também o seu papel e relação na história e na memória social, expondo a complexidade da história e auxiliando no exercício do pensamento crítico entre alunos e professores. Esta atividade será dividida em duas etapas, versando respectivamente sobre os monumentos da Princesa Isabel e Luiz Gama. Como base para a realização das atividades, será utilizado o material do projeto “Re-memorizando” vinculado ao PET - História, disponível nos devidos links.

PRIMEIRA ETAPA

Atividade 1: “Inaugurada na dia 13 de maio de 2003 e localizada em uma avenida em Copacabana que também recebe o nome da princesa, a estátua tem como objetivo homenagear a monarca e celebrar a abolição da escravidão brasileira” (PET-História, 2020). Com base no material disponibilizado juntamente com as orientações do professor, organizem um debate questionando e abordando acerca das narrativas presentes no espaço urbano em torno da edificação, destacando como as questões relacionadas ao monumento podem impactar no imaginário sobre tal processo histórico, o qual acaba colocando a princesa como agente principal e apaga pontos e agentes fundamentais da luta pelo fim da escravidão que não devem ser esquecidos, tornando-se perceptível como a história é algo muito mais complexo.

Atividade 2:Com o fim do debate, os alunos deverão escrever os pontos mais importantes em torno de tais reflexões, a fim de expor a complexidade da história em seus múltiplos processos, evidenciando a existência de diversas revoltas, personalidades, dentre outros, que foram cruciais para o fim da escravidão.

**SEGUNDA PARTE **

A partir de tudo que foi visto, ficou claro como no processo de abolição existiram muitos atores e movimentos importantes para o seu fim, tornando-se perceptível que a Princesa foi uma das agentes em tal processo, não sendo a única, muito menos a mais importante. Entendido isso, agora será trabalhado sobre uma figura que contribuiu bastante para a abolição de múltiplas formas: Luiz Gama. Além de ter provado perante a lei que era livre, Gama por intermédio de arrecadações e luta jurídica conseguiu libertar mais de 500 escravizados. Abaixo podemos ver o busto de Luiz Gama no Largo do Arouche (SP) inaugurado no ano de 1931.

Atividade 3: Depois de analisar a trajetória de Luiz Gama, vamos trabalhar um pouco mais com a memória e história de forma específica. Para destacarmos outros agentes e movimentos na luta pelo fim da escravidão, enfatizando o protagonismo e agência do negro na história, escolha algum indivíduo, revolta ou movimento que evidencie tudo que tratamos na respectiva atividade. Podemos abordar, por exemplo, sobre a Teresa de Benguela, Zé Piolho, da revolta de Dragão do Mar, da Revolta dos Malês, dos Caifazes dentre tantos outros. Assim que for escolhido, o aluno irá fazer um cartaz, uma pintura ou qualquer outra atividade artística que consiga explicitar sua trajetória em torno da luta pela abolição e como são vistos na sociedade atual, apresentando para os colegas em sala de aula.

**GUIA DO PROFESSOR **

Na presente atividade, será tratado acerca da construção da memória da abolição em torno de edificações e monumentos, a fim de questionar não só tais obras nos locais em que estão inseridas, mas também o seu papel e relação na história e na memória social, expondo a complexidade da história e auxiliando no exercício do pensamento crítico entre alunos e professores. Esta atividade será dividida em duas etapas, versando respectivamente sobre os monumentos da princesa Isabel e Luiz Gama. Como base para a realização das atividades será utilizado o material do projeto “Re-memorizando” vinculado ao PET - História, disponível nos devidos links abaixo.

ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃO

É indicado ao professor que realize esta atividade em duas aulas diferentes, desenvolvendo cada etapa em uma aula, sobretudo, pelo fato de a segunda
demandar pesquisa, dedicação e criatividade; além de indicar sites para pesquisa.

Primeira Etapa: Esta primeira parte, com a ajuda dos materiais disponibilizados, é orientado ao professor que explicite sobre a existência de diversos agentes e movimentos sendo protagonizados pelos negros no processo de abolição, questionando a ideia de uma “Princesa salvadora”, expondo que os negros não foram passivos, pelo contrário, lutaram pelo fim da escravidão.

** Atividade 1: ** Diante do que foi dito, o debate seguiria à luz estas questões, partindo do monumento da Princesa Isabel junto com seus possíveis efeitos na construção e manutenção de uma memória que a coloca como agente principal do processo de abolição. O professor iria guiar o debate para a ideia de que a história é muito mais complexa, com uma multiplicidade de atores em cena.** Atividade 2: ** Serão feitas anotações pelos alunos sobre os pontos mais importantes da reflexão feita em conjunto com a classe, ressaltando o que está presente nos enunciados e nas orientações até aqui, assim como no material disponibilizado.** OBS: ** Caso os alunos não se mostrem aptos à participar do debate, o professor pode propor uma atividade onde os alunos escreveriam um post como se fosse encaminhado para um blog, versando os pontos que seriam realizados no debate.** Segunda Parte: ** Nesta última etapa, é indicado ao professor que explique de forma específica sobre um dos agentes, no caso, o Luiz Gama, abordando sobre sua história, analisando o monumento e a narrativa que traz ao espaço urbano, assim como suas atuações (informações disponíveis no material local). É de suma importância expor como atuações de negros e escravizados na luta pelo fim da escravidão, pois há um frequente apagamento de seus envolvimentos em tal processo.** Atividade 3:**Diante de tudo que foi tratado será a vez dos alunos de trabalhar de forma específica, escolhendo algum indivíduo, revolta ou movimento, enfatizando o protagonimos e agência do negro na história. O professor deve orientar os alunos em suas escolhas estimulando a pesquisa e a criatividade. É indicado que os trabalhos sejam expostos na sala a fim de que os alunos possam conhecer ainda mais sobre tudo que foi abordado e pesquisado.

APRESENTAÇÃO

O racismo repercute na História e na construção de seus agentes, nos livros didáticos percebemos que a maioria dos personagens tratados comrelevantes para os acontecimentos são brancos, enquanto que os negros e indígenas sãoapenas retratados como escravizados. Nesse sentido, quando uma figura histórica relevanteé negra ocorre um processo de embranquecimento de sua imagem.Ou seja, apagamento da etnia desse agente histórico, como seus traços, a
cor de sua pele, sua origem e até sua classificação étnica em documentos. Esse processo é fruto de uma ideologia nascida no século XIX, chamada de branqueamento racial. Ela fazparte de uma corrente de pensamento que defende que a humanidade é divida em raças,
façanha a raça branca acima das demais. Portanto, para uma nação ser considerada civilizada era necessário que seu povo fosse branco, assim, no Brasil ocorreu um incentivo à imigração de europeus.

“Políticas de incentivo a imigração de alemães, italianos e espanhóis foram intensas no decorrer do século XIX e XX. Com o branqueamento da nação pretendia? Se atingir uma higienização moral e cultural da sociedade brasileira. Clarear a população para progredir o país passou a ser um projeto de nação defendido no século XIX, mas que avançou pelo século XX. Projeto que envolvia eugenização e a higienização social enquanto políticas públicas ”(Antonio Carlos Lopes Petan, 2013).

Dessa forma, apagar a contribuição de personagens negros para a História da nação faz parte desse processo. Sendo assim, é importante resgatarmos a negritude dessas figuras históricas para compreendermos a importância dos seus legados para o Brasil e como o racismo impactou em suas trajetórias.

Atividade 1: Lima Barreto e Machado de Assis

Leia as seguintes postagens no Instagram:

A partir da leitura das informações presentes nas postagens sobre os escritores Lima Barreto e Machado de Assis, a turma deverá se dividir em grupos conforme orientação do professor ou professora responsável. Cada grupo pesquisará um aspecto desses dois personagens históricos.

Grupo 1- Origem, ancestralidade, onde nasceu e nascer:
Grupo 1- Origem, ancestralidade, onde nasceu e nasceu Grupo 2- Fase adulta, como se tornado escritor e como sofreu com o racismo e discriminação nesse processo:
Grupo 3- Sua obra literária, que tipo de crítica realizava e como a sociedade da época reagia:
Grupo 4- Sucesso e importância recebida durante a época em que vivia versus como é reconhecimento atualmente:

A apresentação dos grupos deverá ser feita por meio de um vídeo, que pode ser pelo Tik Tok, Youtube ou outra plataforma, os grupos podem escolher se vão aparecer ou gravar apenas suas vozes, utilizando os recursos que quiserem.

Atividade 2: “Peles negras, máscaras brancas”

Após conhecer o processo de embranquecimento de Lima Barreto e Machado de Assis, os estudantes devem pesquisar em grupo sobre outros personagens da História do Brasil que sofreram com o branqueamento de suas imagens. Cada grupo deve escolher e pesquisar apenas um personagem, criando assim uma postagem no Instagram sobre ele ou ela, contendo sua biografia (ancestralidade e origem), como foi embranquecido / a, sua importância histórica e legado, de forma resumida. A postagem será feita em uma página no Instagram criada pelo professor ou professora da turma.

• Atividade 3: “Abram alas para os reis e rainhas

Individualmente, analise as seguintes músicas:

Com isso, elabore um texto pensando como elas retratam esse processo de embranquecimento e quais críticas fazem. Em seguida, descreva o que você achou de ambas e o que entendeu de suas mensagens.

MATERIAIS DE APOIO

APRESENTAÇÃO

O racismo repercute na História e na construção de seus agentes, nos livros didáticos percebemos que a maioria dos personagens tratados comrelevantes para os acontecimentos são brancos, enquanto que os negros e indígenas sãoapenas retratados como escravizados. Nesse sentido, quando uma figura histórica relevanteé negra ocorre um processo de embranquecimento de sua imagem.Ou seja, apagamento da etnia desse agente histórico, como seus traços, a
cor de sua pele, sua origem e até sua classificação étnica em documentos. Esse processo é fruto de uma ideologia nascida no século XIX, chamada de branqueamento racial. Ela fazparte de uma corrente de pensamento que defende que a humanidade é divida em raças,
façanha a raça branca acima das demais. Portanto, para uma nação ser considerada civilizada era necessário que seu povo fosse branco, assim, no Brasil ocorreu um incentivo à imigração de europeus.

“Políticas de incentivo a imigração de alemães, italianos e espanhóis foram intensas no decorrer do século XIX e XX. Com o branqueamento da nação pretendia? Se atingir uma higienização moral e cultural da sociedade brasileira. Clarear a população para progredir o país passou a ser um projeto de nação defendido no século XIX, mas que avançou pelo século XX. Projeto que envolvia eugenização e a higienização social enquanto políticas públicas ”(Antonio Carlos Lopes Petan, 2013).

Dessa forma, apagar a contribuição de personagens negros para a História da nação faz parte desse processo. Sendo assim, é importante resgatarmos a negritude dessas figuras históricas para compreendermos a importância dos seus legados para o Brasil e como o racismo impactou em suas trajetórias.

Atividade 1: Lima Barreto e Machado de Assis

Leia as seguintes postagens no Instagram:

A partir da leitura das informações presentes nas postagens sobre os escritores Lima Barreto e Machado de Assis, a turma deverá se dividir em grupos conforme orientação do professor ou professora responsável. Cada grupo pesquisará um aspecto desses dois personagens históricos.

Grupo 1- Origem, ancestralidade, onde nasceu e nascer:
Grupo 1- Origem, ancestralidade, onde nasceu e nasceu Grupo 2- Fase adulta, como se tornado escritor e como sofreu com o racismo e discriminação nesse processo:
Grupo 3- Sua obra literária, que tipo de crítica realizava e como a sociedade da época reagia:
Grupo 4- Sucesso e importância recebida durante a época em que vivia versus como é reconhecimento atualmente:

A apresentação dos grupos deverá ser feita por meio de um vídeo, que pode ser pelo Tik Tok, Youtube ou outra plataforma, os grupos podem escolher se vão aparecer ou gravar apenas suas vozes, utilizando os recursos que quiserem.

Atividade 2: “Peles negras, máscaras brancas”

Após conhecer o processo de embranquecimento de Lima Barreto e Machado de Assis, os estudantes devem pesquisar em grupo sobre outros personagens da História do Brasil que sofreram com o branqueamento de suas imagens. Cada grupo deve escolher e pesquisar apenas um personagem, criando assim uma postagem no Instagram sobre ele ou ela, contendo sua biografia (ancestralidade e origem), como foi embranquecido / a, sua importância histórica e legado, de forma resumida. A postagem será feita em uma página no Instagram criada pelo professor ou professora da turma.

• Atividade 3: “Abram alas para os reis e rainhas

Individualmente, analise as seguintes músicas:

Com isso, elabore um texto pensando como elas retratam esse processo de embranquecimento e quais críticas fazem. Em seguida, descreva o que você achou de ambas e o que entendeu de suas mensagens.

MATERIAIS DE APOIO

GUIA DO PROFESSOR

Faça um rápido panorama sobre o final do século XIX no Brasil e o começo do século XX, explicando como era encarada a questão da população negra na sociedade, principalmente no pós-abolição. Se for possível, presente para a turma o conceito de Darwinismo Social e Eugenia. Caso exista a possibilidade, estabeleça uma parceria com o professor ou a professora de Literatura para introduzir a atividade 1. Para a atividade 1, a turma deve ser dividida em 4 grupos. Na atividade 2, o docente responsável deve estabelecer uma quantidade de grupos, considerando até quantos personagens brasileiros embranquecidos os alunos conseguirão encontrar. Ainda para essa atividade, os professores devem criar uma página no Instagram para que os alunos realizem as postagens da atividade. O nome da página pode ser pensado pelos docentes em conjunto com os discentes, de forma criativa. Peça para os alunos usarem como modelo a postagem do “Rememorizando” do PET História UFF. As atividades precisarão de um tempo maior para serem realizadas.

MATERIAIS DE APOIO

COLORISMO E EMBRANQUECIMENTO NA REDE: O RACISMO EA TENTATIVA HISTÓRICA DE APAGAR A ANCESTRALIDADE AFRICANA, Jéssica Thoaldo da Cruz e Patricia Martins.O Padre José Maurício Nunes Garcia e o mulatismo musical, Pedro Vaccari.
LITERATURA AFRO-BRASILEIRA EMPENHADA OU A RESISTÊNCIA À DISTOPIA EM DOIS MOMENTOS, Edson Ferreira Martins e Adélcio de Souza Cruz.
Uma história de branqueamento ou o negro em questão, Andreas Hofbauer.
SOBRE EMBRANQUECIMENTO, MISCIGENAÇÃO E APROPRIAÇÃO CULTURAL NO BRASIL, Uelber Barbosa Silva.

APRESENTAÇÃO

Antes de avançarmos diretamente para as atividades é importante definir a memória, uma vez que trabalharemos as memórias construídas sobre os bandeirantes.
Definido em poucas palavras, a memória se trata de uma construção social a respeito um fenômeno, sendo um objeto de união e distanciamento entre grupos.
Por esse poder unificador as memórias são perpassadas pelos interesses de setores da sociedade com poderes para agir na formação delas.
Para se aprofundar um pouco mais na definição de memória recomendo o texto a seguir:

Atividade 1:

Não tenho dúvidas que você já tenha escutado o nome “Bandeirantes”, seja como nome de emissora (a popular Band), avenida ou bairro (por exemplo o Recreio dos Bandeirantes). Esses nomes servem como um lembrete de como esse grupo é reconhecido como de grande importância na história do Brasil.
Todavia a memória construída sobre eles é de desbravadores, quase heróicos, do território brasileiro, uma memória no mínimo limitada

INSTRUÇÕES

Analise as imagens disponibilizadas no banco de imagens adiante.Descreva de que forma as figuras são os bandeirantes são retratados. (Obs.: Essa parte não tem um formato específico, mas é importante ser feita para
perceber como as duas memórias sobre os Bandeirantes são distantes uma da outra.)
Leia o material elaborado pelo PET História UFF sobre o assunto. Disponível em:

Agora que você foi apresentado a duas versões dos bandeirantes redija um texto caracterizando como você acha que uma obra artística deveria representar os bandeirantes. Esta obra pode ser de um tipo a sua escolha, pintura, audiovisual, musical, escultural...

Atividade 2:

É chegado o momento do trabalho de campo, faça 4 pequenas entrevistas a pessoas conhecidas perguntando “Quem foram os bandeirantes?”; “Qual a importância deles para a história do Brasil?”; e “Como você imagina um bandeirante?”.Tendo a resposta em mão, através da comparação com seus conhecimento sobre os bandeirantes, crie um cartaz dividido em duas partes, na região a direita coloque imagens que remetem aos principais elementos que surgiram nas entrevistas, e a esquerda elementos que remetem a uma imagem mais realista dos bandeirantes.

APRESENTAÇÃO

Antes de avançarmos diretamente para as atividades é importante definir a memória, uma vez que trabalharemos as memórias construídas sobre os bandeirantes.
Definido em poucas palavras, a memória se trata de uma construção social a respeito um fenômeno, sendo um objeto de união e distanciamento entre grupos.
Por esse poder unificador as memórias são perpassadas pelos interesses de setores da sociedade com poderes para agir na formação delas.
Para se aprofundar um pouco mais na definição de memória recomendo o texto a seguir:

Atividade 1:

Não tenho dúvidas que você já tenha escutado o nome “Bandeirantes”, seja como nome de emissora (a popular Band), avenida ou bairro (por exemplo o Recreio dos Bandeirantes). Esses nomes servem como um lembrete de como esse grupo é reconhecido como de grande importância na história do Brasil.
Todavia a memória construída sobre eles é de desbravadores, quase heróicos, do território brasileiro, uma memória no mínimo limitada

INSTRUÇÕES

Analise as imagens disponibilizadas no banco de imagens adiante.Descreva de que forma as figuras são os bandeirantes são retratados. (Obs.: Essa parte não tem um formato específico, mas é importante ser feita para
perceber como as duas memórias sobre os Bandeirantes são distantes uma da outra.)
Leia o material elaborado pelo PET História UFF sobre o assunto. Disponível em:

Agora que você foi apresentado a duas versões dos bandeirantes redija um texto caracterizando como você acha que uma obra artística deveria representar os bandeirantes. Esta obra pode ser de um tipo a sua escolha, pintura, audiovisual, musical, escultural...

Atividade 2:

É chegado o momento do trabalho de campo, faça 4 pequenas entrevistas a pessoas conhecidas perguntando “Quem foram os bandeirantes?”; “Qual a importância deles para a história do Brasil?”; e “Como você imagina um bandeirante?”.Tendo a resposta em mão, através da comparação com seus conhecimento sobre os bandeirantes, crie um cartaz dividido em duas partes, na região a direita coloque imagens que remetem aos principais elementos que surgiram nas entrevistas, e a esquerda elementos que remetem a uma imagem mais realista dos bandeirantes.

GUIA DO PROFESSOR

Bibliografia indicada:

MONTEIRO, John Manuel. Capítulo 2 – O sertanismo e a criação de uma força de trabalho. In: Negros da terra : índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

Observações:

Vai ser importante orientar os alunos quanto aos pontos a serem observados nasimagens, como a postura dos retratados,roupas e outros elementos presentes nas obras

MAIS
HISTÓRIA
GAMES

PET HISTÓRIA UFF

APRESENTAÇÃO

Este é um jogo desenvolvido para fins educativos pelo Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) e está vinculado ao projeto Mais História.Nosso objetivo é demonstrar que também é possível aprender História por vias não tradicionais. Acreditamos que existe muito potencial na internet e que ela pode ser uma excelente ferramenta didática para ampliar o engajamento dos alunos na produção de conhecimento.Lembrando que este jogo não substituirá as aulas nem excluirá o professor do processo de ensino, mas ele pode ser um complemento às atividades propostas.

SOBRE

A greve geral de 1917 foi a primeira e um dos maiores movimentos, articulado por setores diversos da classe trabalhadora, da história do Brasil. Na época não existiam leis trabalhistas em vigor, portanto, as reivindicações incluiam a diminuição da jornada de trabalho, aumento salarial e o fim do emprego da mão de obra infantil nas fábricas.
Neste jogo vamos reviver a greve de 1917 e transformar você, jogador, em agente dessa história. Sigamos juntos à luta!

PRONTO PARA O DESAFIO?

Para jogar basta clicar no botão abaixo